O ministro da Saúde, Nelson Teich, acaba de pedir demissão.
No meio da maior crise de saúde da história do país, o governo Bolsonaro não consegue segurar um ministro da Saúde, em virtude de seus ataques insanos à ciência e ao bom senso.
A demissão de Teich estava anunciada desde o momento em que Bolsonaro o submeteu à humilhação de receber a notícia, pela imprensa, sobre um decreto que liberava academias de ginástica e salões de beleza.
Os ataques sucessivos, diários, de Bolsonaro às políticas de distanciamento e isolamento social, que são recomendadas pelo próprio ministério da Saúde, tornam virtualmente impossível para qualquer membro com um mínimo de decência e honestidade da comunidade médica participar do governo.
Para complicar mais ainda, Bolsonaro tem pressionando o ministro da Saúde a “liberar” a cloroquina, produto sem nenhuma comprovação provada contra a Covid-19.
Alias, segundo a CNN Brasil, a insistência anticientífica de Bolsonaro em liberar a cloroquina parece ter sido a gota d’água:
Agora sobrou apenas uma opção para Bolsonaro.
Osmar Terra, o terraplanista da saúde.
Enquanto o terraplanista não chega, o Brasil, está, mais uma vez, sem ministro da Saúde no momento mais difícil da história da saúde pública nacional.
É estarrecedor.
Atualização: aparentemente, Bolsonaro escolherá um “general” para cuidar do ministério da Saúde. Mais um.
E a reputação das Forças Armadas vai pro beleléu.