A saída de ministro da Justiça, Sergio Moro, do ministério da Justiça, anunciada pelo próprio, é uma bomba, e não apenas pela demissão em si, mas pelas revelação, feitas pelo ministro, de que Bolsonaro tentou interferir em investigações em curso, exigindo acesso a relatórios confidenciais de inteligência.
Mais um crime de responsabilidade.
Moro também acusou Bolsonaro de mentir, porque o texto do Diário Oficial da União traz a exoneração “a pedido” do diretor da Polícia Federal.
Outro crime.
Moro afirmou que não houve esse “pedido”, e que a presença de seu nome no texto do DOU foi colocado sem sua autorização.
O lado irônico da fala de Moro é seu elogio aos governos do PT, pela autonomia dada à Polícia Federal, autonomia essa que agora estaria ameaçada pelo presidente Bolsonaro.
“Não são aceitáveis indicações políticas”, declarou o ministro.
Alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) enxergaram crimes nas denúncias de Moro.
O primeiro seria crime de advocacia administrativa, presente no artigo 321 do Código Penal, em função das denúncias de Moro, de que o presidente queria acessar relatórios confidenciais de inteligência de investigações em curso da Polícia Federal.
A Polícia Federal – explicou um ministro do STF à Folha – investiga sob supervisão do Ministério Público Federal e do Judiciário. Jamais do Executivo, como quer o presidente Bolsonaro.
Outro crime corresponde à violação do artigo 299 do Código Penal, de falsidade ideológica. O presidente da república teria assinado um documento fraudulento, que mencionava uma exoneração “a pedido”, e traz uma assinatura eletrônica de Sergio Moro, sem autorização deste. O artigo indica como crime “omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante”.
O próprio Bolsonaro declarou, em suas redes, que irá dar uma entrevista coletiva às 17 horas:
– Hoje às 17h, em coletiva, restabelecerei a verdade sobre a demissão a pedido do Sr. Valeixo, bem como do Sr. Sérgio Moro.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 24, 2020
Abaixo, o vídeo de Moro:
Hudson
24/04/2020 - 17h38
Aras existe?
https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2020/04/24/pgr-pede-inquerito-ao-supremo-para-investigar-acusacao-de-moro-a-bolsonaro.htm
Nadir
24/04/2020 - 17h09
Que panelaço é esse que estou ouvindo? o coiso esta falando?
Alan C
24/04/2020 - 16h56
Só tá faltando o povo entrar na jogada de maneira mais forte, o resto já tá aí.
Alcantara
24/04/2020 - 16h25
P
L
U
T
O
C
R
A
C
I
A
Hudson
24/04/2020 - 16h20
Quem vai investigar? Um delegado escolhido a dedo pelo Bozo, segundo os critérios que Moro diz não ter aceitado?
Francisco
24/04/2020 - 14h30
O desmanche – fase dois: O rato marreco faz delação ao ser despremiado pela ratazana armada.
Em tempos de pandemia, não tem preço apreciar em confinamento, ‘o desmanche’ (ou seria ‘o escancarar?’) do pandemônio das quadrilhas associadas para criminalizar e tirar o PT do poder, dado-lhe pelo povo, no correr da partilha do Brasil por eles ‘recuperado’ através do golpe.
Nada como à luz do sol, o strip-tease das damas de fino trato ou no popular, o guinchar das ratazanas fétidas, a do gabinete do ódio, representando a força das armas, e a do gabinete do globo marinho, representando a classe dominante e a força da grana, que teve que engolir a do gabinete do ódio e elege-la em 2018, para que o PT não fosse pela quinta vez colocado pelo povo no poder, interrompendo o golpe, conseguido a duras penas através do consórcio jurídico-midiático, via operação lavajateira.
Não tem mega sena que pague o prazer de ver o rato marreco confessando a lisura dos governos do PT ao fazer delação despremiada (ao perder o prêmio dado-lhe pela ratazana armada, pelos serviços prestados para elege-la) contra a ratazana armada ao despremiá-lo.
E é apenas o começo, pois se a ratazana armada nunca escondeu o que sempre foi e seria, o rato marreco certamente ainda nos proporcionará, ao correr do tempo, sua nudez nojenta e nauseabunda, desnudada a luz dos fatos, restaurada a democracia, sem mais ‘justiceiria lavajateira’ e monopólio da mídia da desinformação, para desespero da quadrilha da classe dominante, ameaçada, e de seus patos adestrados ao descobrirem finalmente ‘a pólvora’.
dcruz
24/04/2020 - 13h50
E o bozo, hein? Demitindo todo mundo e chupando descaradamente o PAC do Lula, colocando o Estado para administrar grandes obras e assim criar empregos. O Guedes e outros ultraliberais vão ser defenestrados. O bozo virou comunista?