É o grande assunto desta tarde.
Segundo diversos órgãos de imprensa, Bolsonaro deverá publicar, nas próximas horas, o ato de demissão do ministro da Saúde, Luiz Mandetta.
Em seu lugar, deverá entrar Osmar Terra, médico, que tem apoiado as posições do presidente contra as medidas de isolamento social.
Uma população de 210 milhões de pessoas está à mercê de um psicopata que ignora as recomendações de todas as instituições médicas do país, e que decide demitir um ministro bem avaliado na hora mais dramática, apenas porque este não demonstrou subserviência suficiente perante os delírios do presidente da república.
Em se tratando do presidente da república, porém, é melhor aguardar uma decisão publicada no Diário Oficial da União.
Pode ser mais uma armadilha de Bolsonaro para depois acusar a imprensa de “fake news’.
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No Globo
Bolsonaro decide demitir Mandetta ainda nesta segunda-feira
Ex-ministro da Cidadania Osmar Terra é o mais cotado para assumir o cargo
Gustavo Maia
06/04/2020 – 15:21 / Atualizado em 06/04/2020 – 15:50
BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro decidiu demitir ainda nesta segunda-feira o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em meio à crise do novo coronavírus. O ato oficial de exoneração de Mandetta está sendo preparado nesta tarde no Palácio do Planalto. A expectativa é que a decisão seja publicada em edição extra do Diário Oficial da União após reunião do presidente com todos os ministros, entre eles Mandetta, convocada para as 17h. A informação sobre a exoneração de Mandetta foi confirmada ao GLOBO por dois auxiliares do presidente da República.
O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro da Cidadania, é o mais cotado para substituí-lo. Ele almoçou com Bolsonaro e os quatro ministros que despacham do Palácio do Planalto nesta segunda, Walter Braga Netto (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
O diagnóstico entre auxiliares do presidente é que a permanência de Mandetta no cargo se tornou insustentável após uma série de críticas do presidente à sua atuação no enfrentamento à Covid-19. Ele foi acusado por Bolsonaro de falta de humildade, em entrevista na última quinta-feira, e contrariou o presidente ao defender o isolamento e o distanciamento social para combater a disseminação da Covid-19.
No domingo, Bolsonaro havia dito, sem citar nomes, que “algumas pessoas” do seu governo “de repente viraram estrelas e falam pelos cotovelos” e que ele não teria medo nem “pavor” de usar a caneta contra eles.
Mandetta vem negando que pediria demissão e disse que só sairia do governo por decisão do presidente. Na sexta-feira, após as críticas de Bolsonaro, afirmou que não iria “abandonar o paciente”.
Terra, que é médico, manteve sua posição de apoio ao governo e pela flexibilização do isolamento, o que agradou Bolsonaro.
Na última quarta-feira, o presidente teve três audiências com a participação de Terra no Palácio do Planalto, a primeira com o ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, e as outras duas com dez médicos, para discutir o uso da hidroxicloriquina no tratamento de infectados com a Covid-19. Mandetta, por sua vez, não foi convidado para as reuniões com os médicos.
Também na semana passada, o ministro da Saúde chamou Terra de “Osmar Trevas” em um grupo de WhatsApp do DEM, seu partido, após o compartilhamento de uma notícia sobre a reunião com os médicos. Foi a única vez que ele se pronunciou no grupo da sigla em toda a crise.
Abdel Romenia
06/04/2020 - 21h52
Vi a coletiva de imprensa do Maietta e estava visivelmente avermelhado e sem voz, típico de quem levou uma surra, moído mesmo. Está de aviso prévio ate o mês que vem.
Poderá tentar a carreira de Presidente da Câmara, tem todas as cartas em regras.
Zé Carlos
06/04/2020 - 20h53
Mandetta já era, só não pode ser demitido agora por motivos óbvios.
Marcio
06/04/2020 - 16h17
Agora ficou melhor.
Marcio
06/04/2020 - 16h12
Acho que isso não aconteceu ainda.
EDSON LIMA
06/04/2020 - 16h08
Ninguém vai botar o bridão nesse maluco?