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Pesquisa XP: Bolsonaro perde apoio na classe média, e congresso agora é melhor avaliado que o governo federal

A crise do coronavírus está fazendo o que parecia quase impossível: a aprovação do congresso nacional, visto como um contraponto de bom senso aos delírios crescentes do presidente Jair Bolsonaro, registra uma vigorosa recuperação. Vamos publicando os gráficos e comentando em seguida. É melhor olhar pelo lado da rejeição: segundo a pesquisa XP, divulgada hoje, […]

26 comentários
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A crise do coronavírus está fazendo o que parecia quase impossível: a aprovação do congresso nacional, visto como um contraponto de bom senso aos delírios crescentes do presidente Jair Bolsonaro, registra uma vigorosa recuperação.

Vamos publicando os gráficos e comentando em seguida.

É melhor olhar pelo lado da rejeição: segundo a pesquisa XP, divulgada hoje, o governo é a instituição pior avaliada na atuação para enfrentar o coronavírus.

44% dos entrevistados deram nota “ruim e péssima” ao governo, enquanto apenas 25% deram a mesma nota ao congresso.

30% dos entrevistados responderam que a atuação do congresso, na atuação contra o coronavírus, é “ótima e boa”. Há muito tempo que o congresso não era tão bem avaliado assim. Já o governo federal, tem 29% de “ótimo e bom”.

A avaliação dos governadores, por sua vez, é muito superior: 59% acham que sua atuação é “ótima e boa”, e apenas 14%, “ruim e péssima”.

Pelo jeito, instinto pela sobrevivência está mudando rapidamente alguns paradigmas.

Agora vamos olhar a avaliação geral de governo, congresso e governadores.

Enquanto a avaliação de governadores registrou um desempenho impressionante, com a nota “ótimo e bom” saltando de 26% para 44%, e a “ruim e péssimo” caindo de 27% para 15%, a opinião sobre o governo Bolsonaro seguiu no caminho oposto.

A avaliação negativa do governo Bolsonaro (ruim e péssimo) atingiu seu maior nível desde o início da nova administração (42%), ao passo que a positiva caiu a seu menor nível.

Em crises tão dramáticas como a que estamos experimentando, há uma tendência natural da população de aumentar o seu apoio às autoridades. É o que se vê em outros países. No Brasil, também se vê isso, mas em relação ao congresso e aos governadores, vistos como lideranças responsáveis. Bolsonaro está sendo visto como um irresponsável no assunto que mais toca a população: a saúde pública.

A avaliação do congresso experimentou uma alta considerável, com as notas de “ótimo e bom” saltando de 13% para 18%. Entretanto, o mais incrível é olhar para a avaliação negativa, que caiu a seu menor nível na história, apenas 32% de “ruim e péssimo”. Lembrando que o governo hoje tem 42% de “ruim e péssimo”.

Os gráficos acima, mostrando o firme apoio da esmagadora maioria da população às medidas de isolamento social, mostram a situação irônica: o povo pode estar cumprindo, com impressionante disciplina e rigor, as exigências de isolamento social, mas quem está ficando realmente isolado é o presidente Bolsonaro.

Existe uma grande preocupação com a crise econômica, mas a maioria da população está mais preocupada com o risco de se contaminar.

Os dois gráfico acima são muito interessantes, para se constatar que a população está ficando cada vez mais consciente dos riscos do vírus, até porque está cada vez mais vendo gente a seu lado se contaminar.

A preocupação com o aumento do endividamento explodiu. O governo Bolsonaro e o congresso terão que dar muita atenção a esse ponto.

Esse gráfico mostra, todavia, que a rejeição aos governos petistas ainda é muito alta: 38% dos entrevistados ainda responsabilizam Lula e Dilma pela situação econômica atual. É impressionante o papel de Lula, com 26%. Mas a responsabilidade de Bolsonaro tem crescido; hoje já é de 19%, maior percentual desde o início da administração. É maior já do que a a responsabilidade de Dilma, que caiu para 12%.

O gráfico acima mostra que a avaliação de governadores de todas as regiões subiram muito.

As expectativas futuras da população com o governo Bolsonaro estão se deteriorando, e agora há mais gente pessimista do que otimista: 37% acham que o restante do governo será “ruim e péssimo”, e 34%, que será “ótimo e bom”.

Por último, a XP trouxe dessa vez os dados estratificados. Clique nas tabelas para ampliar.

Eu preparei um gráfico com os dados referentes às faixas de renda mais altas da pesquisa, as famílias com renda familiar mensal superior a 5 salários, que tem sido, até aqui, o principal bastião de apoio do governo Bolsonaro.

E o que vemos é uma deterioração muito acentuada da aprovação do governo federal justamente nessas faixas.

Os dois gráfico abaixo referem-se aos mesmos números, apenas apresenta-os em duas formas distintas.

A íntegra da pesquisa pode ser baixada aqui.

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Comentários

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dcruz

06/04/2020 - 09h52

Aclasse média sempre ávida de ter seus heróis por isso está endeusando o Mandetta, ele está fazendo o mínimo que tem que fazer como ministro da saúde, seguindo o protocolo mundial, portanto, não é nenhum herói, é que em comparação ao seu chefe um inescrupuloso, miliciano que só faz o que os empresários e banqueiros querem para se manter no poder, ele se sobressai, mas no fundo não passa de um crápula como todos os que estão no poder, quando tudo voltar a normalidade ( o que todos esperam) ele vai tirar sua máscara e pedir perdão ao chefe para se manter no cargo. .

John Done

06/04/2020 - 08h32

Quem diria, o projeto de ditadorzinho inepto, Bolsonaro, conseguiu a façanha de alçar o congresso, que tem um bando de parasitas, ao posto de mais confiável. Elegeram um desequilíbrado e o resultado está aí, o caos político em meio a uma pandemia.

Mandetta Vaidoso

05/04/2020 - 19h16

Resolvì me meter a vedete de novela para ter meus 2 meses de fama e agora estou com as horas contadas.

dcruz

05/04/2020 - 11h23

Os que votaram no bozo são aqueles influenciados pelas fake news injetando ódio a Lula e ao PT, votaram pelo ódio e como se sabe o ódio é cego, são pessoas, muitas das quais foram beneficiadas por Lula e que agora têm até computador para cuspirem no prato que comeram. É aquela ambição mesquinha de um dia chegarem à classe média mesmo que no muque, e eles vão atrás de quem ofereça tal chance, e o pior de tudo é que os que ficaram não esperem ajuda dos recém galgados, pelo contrário, vão receber o mesmo tratamento dos que ora lá estão. Conclusão: classe média é sinônimo de oportunismo, é a tal história da cenoura na ponta do cordão que faz o burro andar.

NeoTupi

04/04/2020 - 20h36

Na boa, como existem 28% que acham Bozo bom ou ótimo? O que está bom de fato no governo dele?
Se o cara quer dar uma força por ser governo de direita e dizer regular, vá lá. Mas bom ou ótimo não dá. É atestado de burrice ou de estar completamente desinformado ou fanático passando pano.
Além disso, pra quem é de direita não tem problema nenhum achar o governo péssimo como está de fato, pois o vice é Mourão. Para mim os dois são a mesma porcaria de projeto anti-povo, mas pelo menos Mourão seria mais competente, seria só ruim e não péssimo como o Bozo.

    Wellington

    05/04/2020 - 10h01

    1º – Pesquisa XP (mercado financeiro) é pra ser analisada com cuidado.

    2º – Não é 28% do eleitorado, muitos desses 28% sequer vota.

    3º – Mesmo que fosse 28% de eleitores, é insuficiente pra ganhar eleição.

    4º – 41 milhões de eleitores ou se abstiveram, ou votaram branco/nulo, são outros 28% que ninguém sabe como votariam, mas obviamente não são bolsominions.

Elvis

04/04/2020 - 17h14

E olha que a midia comercial liberal passa pano pro bolsonaro. Se fosse o governo do PT passando por esta pandemia a midia comercial estaria gritando sem parar.

    Caito

    04/04/2020 - 18h51

    Com Boulos no Ministerio da Economia e Jojò Todinho no da Saude eu também estaria gritando.

      Família Buraco

      04/04/2020 - 21h21

      Enquanto isso vamos de:

      Nazismo de esquerda no ministério das “relações exteriores”;

      Jesus na goiabeira no ministério da Mulher;

      Gobbels no ministério da Cultura;

      Beatles eram uma banda socialista para as mulheres abortarem na Funarte;

      Um CONJE no ministério da “Justiça”;

      “insitar”, “paralização” e “imprecionante” no ministério da (des)educação, e…

      UMA MULA NA PRESIDÊNCIA

      =))

Evandro Garcia

04/04/2020 - 15h56

Mandeta sabe muito bem que tá fazendo horas extra.

Bateu de cara com o Presidente mas não pediu demissão pois sabe que não há condições que o Presidente o demita nesse momento delicado e porque entendeu que terà seu próprio mês de protagonismo que até hoje não teve ao contrário de Guedes, Moro, Tarcisio e outros…

    Ugo

    04/04/2020 - 18h59

    Cadé os sindicatos, de repente sumiram. Nao podem trabalhar por medo da gripe ?

    Fizeram uma palhaçada inutil para 400 operarios da Farfen e agora que estào sendo demitidos milhares de pessoas Brasil afora sumiram…?

    Cadé o barbudinho que escrevia aquì no site, tà em casa de boa ?

Sebastião

04/04/2020 - 15h26

Daí, na classe mais baixa ele pode ter uma espécie de diminuição de rejeição, por conta do CORONAVOUCHER. A classe mais baixa quem elege, mas quem normalmente puxam um impeacheament e fazem manifestações, é a classe média, criando desgaste ao presidente. E a classe média, pelo fato de não serem beneficiadas, e também porque, Bolsonaro minimizou a pandemia, não voltarão a apoiar Bolsonaro.

dcruz

04/04/2020 - 10h28

Infelizmente esse pretenso repúdio da classe média é fugaz, basta o bozo acenar com alguma coisa mais atraente e ela, a classe média, muda logo de opinião, essa maldita elite não passa de uma metáfora do burrico que vai caminhando com o camponês montado levado uma cenoura pendurada à frente, se quiserem aprofundar: o burrico é o povo, e o camponês…precisa explicar?

Lentilha

04/04/2020 - 09h50

As pessoas sao tomadas pelo medo e acabam seguindo o pensamento unico bombardeado o dia inteiro pelos meios de comunicaçào, “especialistas”, Governadores e Congresso (em plena fase de oportunismo eleitoral tereçeiromundista), etc…

Desse jeito ninguem assume responsabilidade de nada, aconteça ou que aconteça agora ou mais pra frénte, quem vai pagar a conta sao os brasileiros mesmo, governadores e cia estào nem aì é sò chegar em Brasilia e bater a porta para pedir dinheiro que nao tem.

Se o Presidente da Republica tivesse interesse em popularidade seria suficiente seguir a onda, Lula, Temer, Dilma, o Doria da vida ou qualquer outra cara de pau que infestou e infesta o scenario politico brasileiro faria isso.

O problema abrange muitos setores hoje como daqui pra frémte e obviamente os medicos puxam somente pro lado da saude e nada mais como se estivessem trabalhando em hopsital.

Até eu resolvo os problemas dessa forma.

Mandeta Vaidoso

04/04/2020 - 07h41

Já esqueceram do Mano Brown ?
O povão tá aí e passado esse vendaval de terror transmitido pela mídia dia e noite (no Mundo parece existir só a Itália e Espanha hoje, os outros Países sumiram do mapa) volta tudo como era antes.

dcruz

03/04/2020 - 20h19

O curioso é que o coronavírus conseguiu uma greve geral mundial que nenhuma organização trabalhista conseguiu, além do que provocar nos donos do poder, grandes banqueiros e os megas empresários um momento de reflexão profunda, pode estar aí começando uma revolução social ainda imperceptível, mas que no futuro pode aparecer em toda sua plenitude. Talvez os governos tenham que pensar em novos meios de redistribuição de renda para os desamparados, assim como os donos de grandes fortunas terão que pensar melhor se vale a a pena ficar estocando seus imensos tesouros, são alguns exemplos a pensar. O trabalhador poderá sair conscientizado de sua grande valor para o perfeito funcionamento da sociedade.

Paulo

03/04/2020 - 18h50

Dou um conselho: é cedo para comemorar qualquer decréscimo de popularidade do Capetão. Notem que 29% ainda acham que o comportamento dele, diante da crise, é ótimo. Depois de todo o despreparo demonstrado por ele, como Chefe de Governo e de Estado, chega a ser um assombro. Ele joga, perigosamente, com a crise que sobrevirá à pandemia…Ainda é candidato forte. E ganha se não acharem um candidato de centro para enfrentá-lo. A esquerda não leva e a própria pesquisa demonstra isso…

medeiros de toniko

03/04/2020 - 16h43

Já era biroliro, entrou naquele limbo que a Dilma entrou em 2016, caminho sem volta.

Ricardo

03/04/2020 - 15h07

bolsonaro é um louco protofascita

Civas Pontes

03/04/2020 - 14h37

Bolsonaro se reelege fácil no primeiro turno hoje assim como em 2026.
O problema não é esse o problema é que o Brasil com esse golpe na cabeça que levou está descendo pro ralo da pia.

tonico de medeiros

03/04/2020 - 13h39

Os Suecos entenderam que o virus farà o caminho dele de qualquer jeito e nao declararam a quarentena (mesmo tendo dinheiro sobrando para ficar tudo parado por meses) e seguiram vivendo quase normalmente, adotando somente algumas medidas basicas para evitar aglomeraçoes e nada mais.

    ari couto

    04/04/2020 - 11h21

    Vc talvez devesse olhar com cuidado os dados. A Suécia tem 6443 casos, com 373 mortes, contra 9216 e 365 do Brasil. População sueca: 10 milhões e pouco. Taxa de mortalidade sueca: 5,79% (acima da média mundial). Brasil 3,96%. Eu não diria está em boa situação, pelo contrário

      tonico de medeiros

      04/04/2020 - 15h22

      “Os Suecos entenderam que o virus farà o caminho dele de qualquer jeito.”

      Precisa desenhar ?

Tchutchuca do bozo

03/04/2020 - 12h57

Acho é pouco.

chichano goncalvez

03/04/2020 - 12h54

Pòxa vida ! Custou para essa classe media idiota, pensa que é rica, se dar conta da maior besteira que fez, alias vai fazer de novo, pois são de direita, e sempre votarão no pior.


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