A exposição de Jair Bolsonaro ao vírus está mais que provada pela enorme quantidade de pessoas (já são mais de 10), que estiveram com ele em viagem aos EUA, no mesmo avião, que testaram positivo.
Por isso mesmo, sua iniciativa de ir até os manifestantes, e trocar apertos de mão, celulares, e outras formas de contato, com quase 300 pessoas, é positivamente criminosa.
Bolsonaro errou ao viajar aos EUA contra as advertências da pandemina. Sua viagem introduziu novos focos do Covid-19 no país.
E agora, ao interagir com pessoas, Bolsonaro pode ter ajudado a disseminar mais ainda o vírus.
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No Extra
Seguranças que acompanharam Bolsonaro em viagem aos EUA testam positivo para coronavírus
Publicado em 15/03/20 21:29
Atualizado em 16/03/20 08:44
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) informou neste domingo que quatro integrantes da equipe de apoio que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro na viagem aos EUA foram infectados pelo novo coronavírus.
Dos casos confirmados, a maioria — ou três deles — são seguranças de Bolsonaro, segundo informações do GSI. Mais cedo, o GLOBO divulgou que um integrante da tripulação havia contraído a Covid-19.
De acordo com o GSI, todos os quatro não apresentaram sintomas da Covid-19. Por isso, vão cumprir isolamento domiciliar por 14 dias.
A pasta informou ainda que os demais integrantes, cujos testes deram negativo, permanecerão em auto-isolamento, “cumprindo o protocolo determinado pelas autoridades sanitárias”.
Bolsonaro esteve em Miami entre os dias 7 e 10 de março, onde se reuniu com o presidente dos EUA, Donald Trump. Os dois presidentes testaram negativo para o novo vírus.
Com a confirmação dos novos casos, subiu para dez o número de pessoas que participaram da viagem de Bolsonaro aos EUA.
Além deles, seis pessoas que acompanharam a comitiva presidencial ou se juntaram ao grupo já nos EUA contraíram o vírus. São eles:
– o secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten;
– o secretário-adjunto de Comunicação, Samy Liberman;
– o senador Nelsino Trad (PSD-MS);
– o diplomata Nestor Forster, encarregado de negócios na Embaixada do Brasil em Washington;
– a advogada Karina Kuffa;
– o publicitário do futuro partido Aliança pelo Brasil, Sérgio Lima.