Flavio Dino defende mudança de nome do PCdoB

No canal do SBT/Poder 360:

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), 51 anos, concedeu entrevista ao programa Poder em Foco. A gravação foi em 13 de fevereiro e o programa foi exibido em 1º de março de 2020.

Dino confirmou que o PC do B (Partido Comunista do Brasil), ao qual é filiado desde 2006, passará por reformulações em sua identidade visual, com alterações no nome e no símbolo da legenda. Para ele, os atuais símbolos, a foice e o martelo, são “do século 19”. “Nós temos outras formas do trabalho humano que têm de estar representadas. Então, é 1 processo em curso, não está decidido ainda, mas muito provavelmente haverá algum desfecho como outros países já fizeram no planeta, inclusive, no Brasil”, diz.

Flávio Dino afirma que a palavra “comunista” deve ser retirada do nome da sigla por causa do preconceito que se tem quanto ao seu significado ideológico político-social.

Na entrevista, o governador do Maranhão falou sobre sua atuação em busca de uma conciliação entre os partidos de esquerda, na tentativa de formar o que chama de “frente ampla” para disputar contra agremiações de direita ligadas ao presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Dino falou sobre a atuação do STF (Supremo Tribunal Federal) durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (“[O Supremo] permitiu [o golpe]. (…) Resolveu não intervir. Atuou como guardião das regras do jogo”). Também fez comentários sobre o governo Bolsonaro, reforma tributária e privatizações. Em relação ao Maranhão, explicou o aumento de salário dos professores (piso de R$ 2.800,00 para quem trabalha 40 horas semanais, que pode chegar a R$ 6.500,00 com as gratificações), modelo de escolas bilíngues e incentivo ao turismo.

Indagado sobre sua ideologia política, Dino afirma ser “comunista, graças a Deus”. A frase é uma alusão ao livro “Anarquistas, graças a Deus”, de Zélia Gattai (1916-2008). Mas Dino faz uma ressalva: “Anarquista eu não sou”. Durante a entrevista, houve uma pequena confusão a respeito da frase, que foi atribuída pelo entrevistador ao dramaturgo italiano Dario Fo (1926-2016). Na realidade, Fo foi autor de várias obras com conteúdo satírico sobre socialismo e escreveu, entre outras, a peça “Morte Acidental de 1 Anarquista”.

Redação:
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