A evolução da dívida pública brasileira, até janeiro de 2020

Fiz alguns gráficos diversos com o mesmo tema. É impressionante, de fato, a deterioração vista a partir do início de 2014.

 

No BC

Estatísticas fiscais

1. Resultados fiscais
O setor público consolidado registrou superávit primário de R$56,3 bilhões em janeiro. O Governo Central, os governos regionais e as empresas estatais registraram superávits de R$45,5 bilhões, R$10,1 bilhões e R$664 milhões, respectivamente. Nos doze meses encerrados em janeiro de 2020, o resultado primário do setor público consolidado foi deficitário em R$52,5 bilhões, equivalente a 0,72% do PIB, composto por déficit primário de R$79,0 bilhões do Governo Central e superávits primários de R$14,6 bilhões e de R$12,0 bilhões dos governos regionais e das estatais, nessa ordem.

Os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, alcançaram R$37,2 bilhões em janeiro, comparativamente a R$20,9 bilhões no mesmo mês de 2019. Esse aumento foi influenciado pelo resultado desfavorável das operações de swap cambial em janeiro de 2020 (perda de R$7,6 bilhões), ante resultado favorável em janeiro de 2019 (ganho de R$11,6 bilhões). No acumulado em doze meses, os juros nominais alcançaram R$383,6 bilhões (5,26% do PIB), comparativamente a R$371,7 bilhões (5,38% do PIB) no acumulado até janeiro do ano anterior.

O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi superavitário em R$19,1 bilhões em janeiro. No acumulado em 12 meses, o déficit nominal alcançou R$436,1 bilhões (5,98% do PIB), elevando-se 0,06 p.p. do PIB em relação ao déficit acumulado em 2019.

2. Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) e Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG)

A DLSP alcançou R$3.949,0 bilhões (54,2% do PIB) em janeiro, redução de 1,6 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. Esse resultado refletiu, em especial, o impacto da desvalorização cambial de 5,9% no mês (redução de 0,9 p.p. do PIB), o superávit primário (redução de 0,8 p.p.), o efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 0,3 p.p.) e os juros nominais apropriados (aumento de 0,5 p.p.).

A DBGG – que compreende o Governo Federal, o INSS e os governos estaduais e municipais – alcançou R$5.550,5 bilhões em janeiro, equivalente a 76,1% do PIB, aumentando 0,3 p.p. do PIB em relação a dezembro de 2019. Contribuíram para essa evolução a incorporação de juros nominais (aumento de 0,5 p.p.), o impacto da desvalorização cambial (aumento de 0,3 p.p.), o efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 0,4 p.p.), e os resgates líquidos de dívida (redução de 0,1 p.p.).

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