Segundo o Valor, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), alertou para os riscos de milicianização das polícias estaduais.
É positivo que os governadores, e não apenas os de oposição, estejam ficando mais atentos ao que está acontecendo no Ceará.
O que mais chama atenção na matéria, no entanto, é a informação de que um dos principais apoiadores dos motins terroristas da polícia militar cearense, o deputado estadual André Fernandes (PSL-CE), almoçou com o presidente Jair Bolsonaro “momentos antes de policiais amotinados (…) balearem o senador Cid Gomes (PDT)”.
Trecho da matéria:
O apoio tácito do presidente e seu entorno mais próximo aos motins policiais é o maior risco que o país enfrenta hoje, por razões óbvias. São mais de 400 mil policiais militares, com poder de intimidar e chantagear outros poderes, além de aterrorizar a população.
Diante desse risco, iminente e urgente, as histórias de que Flavio Bolsonaro “visitou Adriano Nóbrega na prisão” soam triviais, quase fofocas. Não estamos falando aqui de supostas ligações da família Bolsonaro com a milícia no passado, e sim de ligações atuais do próprio presidente com lideranças de motins policiais que podem se alastrar por todo o país.