Desde junho, governo Bolsonaro praticamente paralisou novas concessões do Bolsa Família

Reportagem publicada há pouco no Estadão denuncia que a rede de assistência social dos municípios está vivendo um princípio de colapso, em função do aumento explosivo de famílias de baixa renda em busca de comida e outros auxílios básicos.

Já são 3,5 milhões de pessoas na fila de espera do Bolsa Família, ou 1,5 milhão de famílias.

Todo o problema do Bolsa Família pode ser resumido da seguinte maneira: o governo fez uma manobra oportunista para pagar o décimo terceiro do programa: desde junho, o governo praticamente interrompeu a entrada de novos beneficiários, bem no meio de uma crise econômica, o que produziu um acúmulo de pedidos.

Entretanto, o principal agravante é que está havendo, segundo o próprio sistema de Cadastro Único do governo, um aumento constante do número de famílias registradas em situação de extrema pobreza.

No Cecad, do Ministério de Desenvolvimento Social, que monitora o banco de dados do Cadastro Único, o sistema de governo responsável por distribuir o Bolsa Família às famílias que atendam os critérios do programa, há um total de 29,08 milhões de famílias cadastradas.

O Bolsa Família, segundo o último número disponibilizado, para dezembro de 2019, é recebido por 13,228 milhões de famílias.

Em dezembro de 2019, havia 2,4 milhões de famílias em situação de extrema pobreza que não estavam recebendo o Bolsa Família.

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