A divergência de informações entre Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e a Petrobrás sobre o abastecimento de petróleo e seus derivados é um caso que merece atenção.
Tanto na mídia e quanto na justiça, diferentes argumentos aparecem sobre os impactos da greve dos petroleiros.
Não tem nem dois anos que o Brasil viveu um grande impacto no PIB, justamente pela questão do desabastecimento de combustíveis. Gasolina, Diesel e gás de cozinha são insumos cruciais para economia e o bem estar do povo.
Sendo assim, é natural imaginar que o país não pode deixar pairar a dúvida sobre o futuro de uma fonte de energia tão crucial.
Enquanto Castello Branco deixa entender na Globo News não ter sequer perspectiva de perda de produção, Décio Oddone da Agência Nacional de Petróleo alerta para os problemas de abastecimento e fiscais que a greve dos petroleiros pode gerar.
Oras, se não há problema de produção e tratamento de Petróleo, não há necessidade de preocupação por parte da petroleira. Tão logo começou o movimento a gestão Castello Branco provocou o TST e conseguiu uma liminar monocrática e relâmpago de um Ministro do tribunal.
A Justiça que não consegue ter uma resposta satisfatória para grandes tragédias como o acidente da Vale em Brumadinho ou Mariana, foi bem veloz contra os petroleiros. Essa conta não fecha.
Se a Petrobrás está trabalhando na sua totalidade com tanta tranquilidade, sem perder um barril de petróleo sequer, não faz muito sentido a preocupação. Portanto, soa estranha a empresa tenha tomado tempo inclusive o Supremo Tribunal Federal, que poderia estar cuidando da morte do principal suspeito do caso Marielle Franco, por exemplo.
Penso que as principais instituições do país deveriam se debruçar sobre essa questão e demonstrar para a população o que de fato acontece. Não é difícil ter acesso a produção de gás, óleo e derivados aqui no Brasil.
Posso dizer como grevista que tenho noção da resposta. Pelas notícias que recebo das unidades da Petrobrás, a ANP parece está bem mais próxima da verdade que a gestão de Roberto Castello Branco. Isso justificaria todo emprenho da justiça em terminar com a greve.
Se é verdade ou não, o tempo dirá.