Varejo interrompe sete meses de alta em dezembro, mas vendas crescem 1,8% em 2019
Cristiane Crelier
12/02/2020 09h00 | Última Atualização: 12/02/2020 09h00
Agência IBGE — O varejo nacional teve leve retração de 0,1% em dezembro, na comparação com novembro do ano passado, interrompendo sete meses seguidos de avanço nas vendas.
No acumulado em 2019, o setor cresceu 1,8% e fechou o terceiro ano consecutivo de taxas positivas, embora tenha havido uma desaceleração em relação a 2017 (2,1%) e 2018 (2,3%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada hoje (12) pelo IBGE.
Na comparação com dezembro de 2018, houve avanço de 2,6% nas vendas, sendo que o varejo mostrou maior dinamismo no segundo semestre de 2019 (3,3%) do que no primeiro (0,6%), em relação ao mesmo período do ano anterior.
“A presença de recurso livre adicional devido a liberação dos saques nas contas do FGTS a partir do mês de setembro e a melhoria na concessão de crédito à pessoa física são alguns fatores que podem ter influenciado esse resultado no segundo semestre. O comércio ainda não se recuperou totalmente da crise de 2015 e 2016, mas está em seu momento mais elevado desde outubro de 2014”, explica a gerente da pesquisa, Isabella Nunes.
Seis das oito atividades pesquisadas no comércio varejista tiveram taxas negativas de novembro para dezembro, sendo que o que mais pesou no índice geral foi o recuo em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,2%).
“Essa atividade, que tem peso de 44% no total do varejo, foi particularmente afetada pelo comportamento dos preços das carnes”, ressalta Isabella Nunes.
Também tiveram resultado negativo nessa comparação: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-2,0%); Tecidos, vestuário e calçados (-1,0%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-10,9%); Combustíveis e lubrificantes (-0,4%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,1%). Em contrapartida, dois setores mostraram avanço, suavizando a queda no indicador geral estão os Móveis e eletrodomésticos (3,4%) e os Livros, jornais, revistas e papelaria (11,6%).
“A Black Friday em 2019 caiu na última sexta-feira do mês de novembro, o que levou o comércio a expandir as promoções para o fim de semana e, assim, muitas das vendas desse evento ocorreram já em dezembro, no domingo do dia 1o. Isso pode ter influenciado nos resultados positivos para o setor de móveis e eletrodomésticos”, comenta Isabella.
Varejo ampliado recua 0,8% em dezembro
Considerando o comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, o volume de vendas em dezembro teve decréscimo de 0,8% em comparação a novembro. O resultado foi impactado, principalmente, pelo recuo de 4,0% em Veículos, motos, partes e peças e de 1,1% em Material de construção ambos, após recuo de 1,6% e 0,1%, respectivamente, registrados no mês anterior.
Já em relação a dezembro do ano anterior, os resultados positivos prevalecem em cinco das oito atividades. O segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos etc, exerceu a maior contribuição ao resultado geral do varejo, com avanço de 12,9%, fechando o ano de 2019 com avanço de 6,0% frente a 2018. O setor de Móveis e eletrodomésticos, com aumento de 18,6% no volume de vendas, a melhor taxa desde março de 2012 (20,9%), exerceu o segundo maior impacto positivo, acumulando um índice de 3,6% no ano.
Já o setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com recuo 2,9% no volume de vendas frente a dezembro de 2018, exerceu o maior impacto negativo na formação da taxa global do varejo. A análise pelo indicador acumulado no ano mostrou perda de ritmo ao passar de 0,8% em novembro para 0,4% em dezembro. Também houve recuo no volume de vendas de Combustíveis e lubrificantes (-1,0%), que exerceram a segunda maior contribuição negativa para o resultado total do varejo.
Robert
12/02/2020 - 15h15
A expectativa do mercado golpista era de uma alta de 3,5%, mas ele vai se contentar com os 1,8% porque esse é um país que vai pra frente, ô, ô, ô, ô ,ô.
Alan C
12/02/2020 - 10h39
Sugiro rever o título da matéria, pois só tem notícia ruim no texto.
Redação
12/02/2020 - 11h28
Alan, mais uma vez: não adianta criar “narrativas”. O ano de 2019 fechou o alta de 1,8% em 12 meses. E a alta de dezembro foi de 2,6% sobre mesmo mês do ano anterior. O aumento da Receita foi de 5% no acumulado do ano, e 6,6% em dezembro, sobre igual mês de 2018. A única baixa foi em dezembro, de 0,1%, em relação ao mês anterior. O IBGE explica que a Black Friday no último dia de novembro puxou para novembro demanda que viria em dezembro. Sei que as pessoas estão ansiosas para pintar um quadro apocalíptico, achando que isso vai ajudar a derrubar o governo, mas eu acho essa tática infantil e contraproducente.
Andressa
12/02/2020 - 11h49
Sò observando….rsrs
Alan C
12/02/2020 - 12h10
Não mude o itinerário da conversa Miguel, até O Globo faz melhor que isso, e tá tudo no teu texto, vc pode argumentar o que quiser pra dizer que 1+1=3, não vai adiantar nada, vc tem feito isso diversas vezes, não acho errado, só não se assuma como blog progressista.
Evandro Garcia
12/02/2020 - 12h18
Vixe…se nào é progressista é fascista, bem vindo Camerata Miguel !!
Alan C, se ajeita, larga de ser ridiculo.
Sebastião
12/02/2020 - 12h59
Não, Miguel. Acredito que ele falou isso, devido o marketing que o governo Bolsonaro fez, depois da Associação ter divulgado a alta no Natal. E esse resultado, faz cair por terra a comemoração do governo.
Evandro Garcia
12/02/2020 - 11h51
Calma Guilherme que hoje é sò quarta…até sabado tem muito chào ainda…Kkkkkkkkkkkkk