Discurso nazista de Alvim gera revolta e mal estar e força Bolsonaro a demiti-lo

Roberto Alvim,  secretário de Cultura do governo, função similar que era o de ministro de Cultura em governos anteriores, divulgou um discurso que provocou calafrios. Por várias razões: o cenário, o tom de voz, a musiquinha triste de fundo, e sobretudo o conteúdo do discurso, que é a menção a conceitos de cultura inteiramente ideologizados.

Segundo Alvim, o governo vai investir numa cultura dos “mitos fundantes” do Brasil: a pátria, a família, a coragem do povo, sua profunda ligação com Deus, virtudes da fé, do autosacrifício e da luta contra o mal..

“A arte brasileira da próxima década será heróica, e será nacional, será imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações do nosso povo. Ou então não será nada”.

Os calafrios foram ainda maiores quando se descobriu que um dos refrões que o secretário usou no vídeo: “ou então não será nada” foi extraído de um discurso de Goebbels, ministro de cultura e comunicação do governo nazista.

Confrontado pela comparação, Alvim respondeu que não sabia a origem da frase.

Os deputados, de todos os campos ideológicos, reagiram com muita indignação ao discurso de Alvim. Muitos exigem sua demissão.

A Confederação Nacional Israelita também se manifestou contra o ministro.

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Acuado pela repercussão negativa do discurso do secretário, o presidente Jair Bolsonaro acaba de tomar a decisão de demiti-lo.

Redação:
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