O relatório macroeconômico divulgado hoje pelo ministério da Economia traz gráficos com números e projeções para algumas das principais economias do mundo.
Vale a pena examiná-los, até para entendermos melhor a situação da nossa própria economia.
Faço alguns comentários após os gráficos.
As Bolsas de Valores tiveram um bom ano em 2019, de maneira geral, com destaque para Japão, EUA, Alemanha, Turquia e Brasil.
Números em bolsa não enchem a barriga do povo, porém é mais positivo que elas estejam no azul do que em queda livre.
A desvalorização cambial da moeda argentina é o fato que mais chamou atenção em 2019. No Brasil também houve desvalorização acima de muitos outros países (o que também, quando não afeta a inflação, não é ruim, pois dá fôlego à indústria).
A linha azul do gráfico abaixo, referente aos juros, mostra como o Brasil se manteve, durante quase todo o período de 2010 à primeira metade de 2017 como o país com as taxas de juro mais elevadas do mundo. Hoje as taxas estão bem próximas ao nível praticado na China, abaixo da Índia, mas ainda muito acima dos juros observados nas economias ocidentais mais desenvolvidas.
O resultado primário, em % do PIB, das principais economias mundiais, mostra que o Brasil não está tão mal assim. Nosso déficit estimado para 2020 é de 1,6% do PIB, percentual bastante abaixo do que se observa no Japão, EUA e China. A Alemanha, porém, mantém um vigoroso superávit primário desde 2011.
A China mantém a sua liderança como principal exportador mundial. Mas, aparentemente, houve uma recuperação expressiva generalizada, com destaque para o Japão.
As taxas de desemprego estão declinantes nas principais economias europeias. Especialistas tem apontado falhas na qualidade do emprego, em função da substituição de trabalho por humano por computadores, robôs e sistemas de inteligência artificial, mas considerando a quantidade de emprego, a situação ainda está sob controle e até melhor que antes.
Na tabela abaixo, clique para expandir e conferir as taxas de crescimento da produção industrial das principais economias, que registrou índices vigorosos nos Estados Unidos (2,1%) e na China (5,8%) em 2019.