Despesas com juros caem 31% no 3º trimestre e ficam em 6% do PIB

Um relatório divulgado hoje pela Secretaria do Tesouro Nacional informa que as despesas com juros no terceiro trimestre de 2019 caíram para R$ 116 bilhões, R$ 51,4 bilhões a menos que a despesa registrada no trimestre anterior, ou uma queda de 31%.

Essa despesa correspondeu a 6% do PIB, o menor índice em alguns anos.

Infelizmente, o governo ultraliberal de Bolsonaro não aproveita a queda nas despesas com juros para elevar o nível de investimentos, os quais, ao contrário, estão caindo.

Somando o segundo e o terceiro trimestre, as despesas com juros ficaram em R$ 284 bilhões.

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Na Secretaria do Tesouro Nacional

Resultados trimestrais do Governo Geral

Sumário Executivo

O Boletim de Estatísticas Fiscais Trimestrais do Governo Geral traz estatísticas das três esferas de governo – Governo Central, Estados e Municípios –, consolidadas no setor Governo Geral, apuradas pelo regime de competência. A publicação faz parte do esforço do Tesouro Nacional de convergência às melhores práticas internacionais de transparência fiscal e antecipa o cumprimento de recomendação do G-20 acerca da disseminação de dados fiscais.

No 3º trimestre de 2019, o total da receita do Governo Geral apresentou crescimento nominal de 1,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, decrescendo, em porcentagem do PIB, de 39,4% para 37,9%. As principais variações foram em contribuições sociais, que cresceu 8,0%, e outras receitas, que apresentou queda de 6,7%, em termos nominais. As despesas tiveram decréscimo nominal de 2,0% alcançando 45,5% do PIB. Apesar de algumas despesas terem apresentado elevação, estas foram mais que compensadas por uma queda de R$ 51,4 bilhões nos juros (30,7%).

A aquisição de ativos não financeiros (investimento) do Governo Geral registrou decréscimo de 7,3% no 3º trimestre de 2019 em relação ao 3º trimestre de 2018. Adicionalmente, houve aumento nas alienações de ativos não financeiros (430,3%) em virtude dos contratos de concessões de aeroportos e aumento do consumo de capital fixo (6,8%), tendo como consequência “investimento líquido em ativos não financeiros” negativo de 0,6% do PIB.

Como resultado desses fluxos a necessidade líquida de financiamento do Governo Geral registrou decréscimo nominal de 22,9%, passando de
9,6% do PIB para 7,0% do PIB.

Os resultados das Estatísticas Fiscais Trimestrais não substituem outras estatísticas relacionadas às finanças públicas, como as estatísticas fiscais do Resultado do Tesouro Nacional e do Banco Central do Brasil, que observam aspectos metodológicos específicos.

 

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