EUA matam segundo homem mais poderoso do governo do Irã

Segundo informações já confirmadas pelo próprio Departamento de Defesa do governo americano, os EUA fizeram um ataque ao aeroporto de Bagdá, e mataram Qasem Soleimani, o principal chefe militar do Irã.

Por mais de 20 anos, Soleimani esteve à frente do Quds, o serviço de inteligência da Guarda Revolucionária do Irã.

A imprensa especializada considerava Soleimani a segunda autoridade mais poderosa do país, à frente do presidente eleito Hassan Rowhani, e atrás apenas do aiatolá Ali Khamenei, líder supremo.

As principais lideranças de oposição do presidente Donald Trump, como Joe Biden, Elizabeth Warren e Bernie Sanders manifestaram-se nas redes sociais contra a ação do governo americano, denunciando-a como um ato irresponsável e temerário, que irá gerar uma nova escalada de tensão e agressões no oriente médio.

O chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, afirmou que o país que irá usar todas suas competências políticas, legais e diplomáticas para responsabilizar os EUA por seu crime.

Com uma população de 82 milhões, o Irã tem o maior exército da região.

Para Donald Trump, que enfrentará uma reeleição ao final deste ano, a ação pode ainda cumprir a função de desviar as atenções do processo de impeachment em curso, e mobilizar o “patriotismo” dos americanos.

Não se pode esquecer, contudo, que, à diferença de outros momentos de guerra no oriente médio, desta vez os EUA podem auferir lucros diretos, por causa de sua produção de petróleo, que passou a ser, desde 2018, a maior do mundo.

Como que antevendo este movimento, os preços do petróleo já vem subindo fortemente há três meses, e dispararam assim que as notícias do ataque a Bagdá e da morte do general foram divulgadas.

Redação:
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