Segundo o Boletim Focus, publicação semanal do Banco Central, com base em entrevistas junto a agentes privados, o crescimento do PIB deste ano será de 1,17%, e o de 2020, de 2,3%.
Entretanto, o Focus prevê queda de 0,73% da produção industrial brasileira este ano.
Um número que está piorando muito, semana a semana, é a previsão do Focus para a Conta Corrente, que mede tudo que entra e sai do país. É um dos números que compõem a balança de pagamentos.
Segundo o boletim, a Conta Corrente deste ano ficará negativa em US$ 51 bilhões, e a de 2020, em US$ 54,2 bilhões. Para 2021, o Focus prevê Conta Corrente negativa de US$ 60 bilhões (era US$ 52 bilhões); e para 2022, déficit de US$ 54,2 bilhões.
Somando o déficit dos 4 anos do governo Bolsonaro, teremos uma Conta Corrente negativa de US$ 221,4 bilhões de 2019 a 2022.
Importante pontuar, contudo, que o déficit das transações correntes do Brasil aumenta sempre que a economia se recupera um pouco, como se pode observar pelo primeiro gráfico abaixo, que não é “projeção do mercado”, e sim a Conta Corrente consolidada de 1995 até hoje. De meados de 2007 até 2015, a Conta Corrente veio caindo de maneira persistente, chegando a ficar US$ 100 bilhões negativa em seu pior momento.
O segundo gráfico traz o mesmo número, mas com um recorte temporal de dezembro de 2004 a dezembro de 2019.