Parte da esquerda aposta em Fake News contra o PCdoB

Divulgação

“O PCdoB vai mudar de nome, de cor e de símbolo”. Essa foi a Fake News que alguns ativistas ligados ao campo da esquerda divulgaram nas redes sociais na tarde deste sábado (28/12/2019).

A falsa notícia surgiu em um site chamado Metrópoles, mas foi repercutida até mesmo em sites mais conhecidos da esquerda como o Diário do Centro do Mundo e o Conversa Afiada.

De acordo com a Fake News, o PCdoB trocaria seu nome para “Movimento 65” a partir de 2020. Para quem conhece o PCdoB, a notícia não foi levada a sério. Mas alguns novos ativistas que ainda conhecem pouco a história da esquerda brasileira acreditaram no boato.

Dirigente do PCdoB no Rio de Janeiro, Theófilo Rodrigues explica que isso não faz o menor sentido para quem conhece bem o partido.

“Toda a militância do PCdoB está empolgada com a proximidade de 2022, ano que o partido comemorará seu centenário, junto com o centenário da Semana de Arte Moderna. Será um momento de reafirmar a foice e o martelo como símbolos, a cor vermelha da bandeira tão bem cantada por Jorge Mautner, o comunismo como projeto político, e o marxismo-leninismo como referencial teórico”, diz Theófilo.

Além do centenário, em 2022 o PCdoB pretende lançar a candidatura de Flávio Dino para a presidência do Brasil. Governador bem avaliado no Maranhão, Dino pode ser o principal nome da oposição contra Bolsonaro em 2022.

O “Movimento 65”

Na verdade, o PCdoB pretende apenas lançar uma campanha chamada “Movimento 65” para discutir o direito à cidade no processo eleitoral de 2020. Mas isso nada tem a ver com mudar o nome do partido.

Dirigente do PCdoB em São Paulo, Carina Vitral explica que “o movimento 65 é a tática eleitoral do PCdoB pra enfrentar esse período de ofensiva do conservadorismo. Convidamos liderança sociais comprometidas com a luta contra Bolsonaro pra se filiarem e serem candidatos pelo partido e nos ajudarem a crescer o partido”.

Pelo visto, a divulgação de Fake News não é um privilégio da direita.

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