Até poucos anos atrás, o PT obtinha a maior parte de seus votos nas regiões pobres do Rio, em especial na zona oeste, principal reduto lulista.
A zona sul do Rio de Janeiro, onde ficam os bairros ricos, por sua vez, ficou conhecida, pelo menos desde 2006, como uma área fortemente antipetista.
Segundo o relatório do Datafolha divulgado hoje, a situação mudou bastante.
Lula agora tem mais rejeição na depauperada zona oeste do que na sofisticada zona sul.
Quem tem um problema sério agora nos bairros nobres é o presidente Jair Bolsonaro.
A pesquisa pergunta aos entrevistados se eles votariam ou não votariam num candidato apoiado por Lula, Bolsonaro, Witzel ou Edir Macedo. Separamos apenas as colunas referentes a Lula e a Bolsonaro, e, para efeito de simplificação, deixamos apenas a resposta negativa.
Bolsonaro e Lula aparecem com forte rejeição junto ao eleitorado carioca: 60% dos cariocas responderam que “não votariam” num candidato apoiado pelo atual presidente, ao passo que 61% afirmaram que igualmente não votariam num candidato apoiado por Lula.
As maiores rejeições a Lula se encontram entre eleitores com mais de 35 anos (65%), ensino médio (63%), cor parda ou branca (62% e 65%), renda familiar entre 2 e 5 salários (65%) e evangélicos neopentecostais (78%).
Já Bolsonaro enfrenta repúdio sobretudo na zona sul da cidade, onde 79% responderam não votar num candidato apoiado por ele.
No primeiro turno das eleições presidenciais de 2018, Bolsonaro obteve 1,9 milhão de votos (58%) no município do Rio de Janeiro, seguido de Ciro Gomes, com 656 mil votos (19,5%) e Haddad, que recebeu 398 mil votos (12%). Os outros candidatos tiveram 2% para baixo na capital. Boulos, candidato do PSOL, recebeu apenas 27,8 mil votos no Rio, ou 0,8% do total.
No segundo turno, Bolsonaro recebeu 2,18 milhões de votos na capital carioca, equivalente a 66% do total; Haddad recebeu 1,10 milhão de votos, ou 33,6%.
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O Datafolha também traz cenários de intenção de voto, com números estratificados.
Há vários candidatos no páreo:
- o prefeito Marcelo Crivella pontua bem entre evangélicos, entre os quais ele tem 17% dos votos (28% entre neopentecostais);
- o ex-prefeito Eduardo Paes ainda tem bastante voto nas zonas norte e oeste, com 24% e 22% de intenções de votos, respectivamente;
- o deputado federal Marcelo Freixo tem performances extraordinárias na zona sul (34%) e junto ao eleitorado com mais renda e escolaridade.
- Martha Rocha tem desempenho melhor entre eleitores com mais de 45 anos, entre os quais teve 9%.
- Benedita da Silva (PT) pontuou respeitáveis 4%, chegando a 7% entre eleitores com instrução até o ensino fundamental.
- Alessandro Molon (PSB), apesar dos modestos 2% no total, apresentou desempenho razoável entre eleitores com renda acima de 5 salários, entre os quais obteve 6%, e na zona sul, onde ficou com 8% das intenções de votos.
- Eduardo Bandeira de Mello, da Rede, ex-presidente do Flamengo, ficou em terceiro lugar entre os homens, com 13%, e volta a pontuar 13% entre eleitores com 25 a 34 anos.
Gilmar Tranquilão
17/12/2019 - 08h55
Duas merdas só podiam ter rejeição alta mesmo né bino?! kkkkkkkkkkk
maria do carmo
17/12/2019 - 08h31
bolsonarto desvairado, xucro, mentiroso, invejoso, sem qualidade alguma, ousa insultar Paulo Freire educador brasileiro reconhecido pelo Brasil e mundo, energumeno e bolsonaro sem pudor abominado pelos brasilleiros e pelo mundo, infelizmente presidente do Brasil, todos que o apoiam sao igualmente sem carater, oportunistas e irracionais , bolsonaro o pior presidente que o Brasil ja teve, idiota, despreparado, destruidor da nacao, passou da hora de derruba-lo, o mundo esta indignado, brasileiros esta e a hora vamos as ruas!!!
Paulo
16/12/2019 - 17h47
Mas será que tem tanta “esquerda caviar” assim na ZS do RJ?
Luiz
18/12/2019 - 16h41
Imagino que exista muito mais classe média vernissage, mas o que importa é a cooptação.
Luiz
16/12/2019 - 17h13
Perdoem-me, mas é exatamente esta “elite” cultural carioca que tem servido de fiel da balança no palco da política nacional. Se bem que venha se prestando mais como lenha para a fogueira da lava jato, e, por isso mesmo, começa a padecer na pretensão de se afirmar como solução carioca para a desigualdade nacional. Dos três focos de reação da direita: a ambição do agronegócio, a tentativa de consolidar uma inteligência executiva internacional em São Paulo e a industria cultural carioca, esta última é por certo a mais sensível.
Paulo
18/12/2019 - 23h01
Entendo, mas e o conservadorismo político, como fica no meio de uma “elite” deformada pelo uso de drogas entorpecentes e seduzida pelo marxismo cultural de Gramsci?
Andressa
16/12/2019 - 14h36
79% de rejeição Bolsonaro na Zona Sul do Rio… Kkkk
Wellington
16/12/2019 - 18h45
…nem quem fez essa “pesquisa” acredita nisso.
Wellington
16/12/2019 - 14h33
Bolsonaro teve quase 70% de votos no Rio o ano passado, agora tem 60% de rejeição e eu sou Batman…
Paulo Cesar Cabelo
16/12/2019 - 15h33
Nem todo mundo fecha os olhos ao ver que o presidente é próximo de assassinos.
O datafolha acertou todos os resultados de eleições desde 89.
Mas debater lógica com um seguidor de Olavo de Carvalho é perda de tempo.
Continuem achando que a Terra é plana e que o povo está amando o governo Bolsonaro , sigam nesse rumo , é tudo que nós queremos.
Façam mais queimadas , matem mais crianças pobres , deixem o povo sem carne , isso vai leva-los a uma vitória com 90% nas próximas eleições.
Marcos Videira
16/12/2019 - 14h22
Essa é a verdadeira Polarização Lula-Bolsonaro: quem tem maior rejeição !