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PDT e PSB estudam aliança em São Paulo e cogitam Marta para se contrapor ao PT
O Partido dos Trabalhadores já sinalizou que pode reatar com a ex-filiada, que chegou a votar a favor do impeachment de Dilma Rousseff, mas o PDT já fez o convite para que ela seja candidata à prefeitura da capital.
POR VICTORIA ABEL (victoria.abel@cbn.com.br)
A ex-senadora Marta Suplicy é tratada como um possível elo para formação de uma frente de centro-esquerda para a Prefeitura de São Paulo, isolando um futuro candidato do PT. Apesar de o ex-presidente Lula e de líderes petistas terem admitido reatar com Marta, o PDT convidou a ex-prefeita para ser candidata. No entanto, ela condiciona a entrada na disputa à construção dessa frente de centro-esquerda.
Os pedetistas negociam uma chapa única com o PSB, também ao lado de PV e Rede. O presidente do PDT, Carlos Lupi, afirma que Marta decidirá sobre o futuro apenas após a construção dessa aliança.
Lupi ainda diz que a boa avaliação de Marta como gestora pode trazer força à possível chapa: ‘ela está tentando construir uma frente e que essa frente apresente um candidato. Ela só definirá seu futuro se conseguir essa frente’, garante. ‘Com certeza seria uma chapa muito forte. A Marta foi uma boa gestora. Gostando ou não gostando dela, isso é um reconhecimento quase unânime.’
O PSB, no entanto, não abre mão da candidatura do ex-governador paulista Márcio França, o que abre a possibilidade de Marta Suplicy entrar como candidata a vice-prefeita. A chapa França-Marta é vista por integrantes do PSB com força suficiente para se contrapor ao PT.
O partido do ex-presidente Lula já informou que não vai abrir mão de candidato próprio em São Paulo, o que dificulta uma aliança com partidos de centro-esquerda.