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Medida é mais um resultado do acordo de leniência firmado na Lava Jato com a empresa
O ex-presidente da Braskem, José Carlos Grubisich, foi preso nos Estados Unidos nesta quarta-feira (20), em um desdobramento de investigações decorrentes da leniência firmada pela empresa com autoridades brasileiras, suíças e norte-americanas. O acordo global teve por propósito principal obter informações e documentos sobre práticas ilícitas, além de garantir a devolução de R$ 2,3 bilhões aos cofres públicos brasileiros. Desde então, diversas linhas de investigação foram desenvolvidas ou reforçadas por tais informações e provas, no Brasil e em diferentes países.
Com a repercussão em solo norte-americano do acordo, foi noticiada a prisão do ex-presidente da companhia por envolvimento em atos de corrupção e lavagem de dinheiro. Do mesmo modo, no Brasil, recentemente, a força-tarefa da Operação Lava Jato ofereceu denúncia contra ex-agentes públicos e executivos ligados à empresa, pela influência indevida na edição de medidas provisórias que favoreciam a concessão de benefícios tributários à Braskem. (autos 5033771-51.2018.404.7000).
Para o procurador regional da República Antônio Carlos Welter, integrante da força-tarefa da Lava Jato, “a notícia evidencia a importância dos acordos de leniência celebrados pelo Ministério Público Federal e que a Justiça, cada vez mais, é global. Há fatos ainda sob investigação em diferentes países, em diferentes níveis de maturidade, para que os responsáveis pelos graves crimes revelados pelo acordo possam ser responsabilizados nos países que cooperam intensamente com as apurações da força-tarefa”.
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