No O Dia
Lula solto, mas sem esquerda unida à Prefeitura do Rio em 2020
Após liberdade de ex-presidente, PT ensaia lançar Benedita da Silva à sucessão de Crivella. PDT, PCdoB e PSB mantêm candidaturas próprias
POR CÁSSIO BRUNO
PUBLICADO ÀS 12/11/2019 04:30:00
ATUALIZADO ÀS 11/11/2019 21:45:20
A liberdade de Lula não será a garantia da união de partidos de esquerda à Prefeitura do Rio. Mesmo após o ex-presidente sinalizar apoio público ao deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) em seu discurso no Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, no fim de semana, a cúpula do PT se reuniu ontem no Rio e defendeu a candidatura da ex-governadora Benedita da Silva. Na avaliação dos petistas presentes, entre eles a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, Benedita seria a que mais representa o lulismo. Gilberto Carvalho, ex-ministro do governo Lula, também participou do encontro.
No sábado, Lula citou Freixo seis vezes no microfone. O parlamentar, que deverá disputar as prévias do PSOL com o vereador Renato Cinco, fez questão de ficar ao lado do ex-presidente. Nas redes sociais, Freixo publicou fotos com Lula. Antes de o petista ser solto, o acordo era que o PT faria aliança com Freixo na cabeça de chapa e pretendia indicar Benedita como vice. Agora, o acerto pode sofrer revés à sucessão de Crivella.
PARTIDOS MANTERÃO AS CANDIDATURAS
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse ontem à coluna que a pré-candidata à Prefeitura do Rio ainda é a deputada estadual Martha Rocha mesmo depois da soltura de Lula (na foto ao lado com Freixo, em São Bernardo do Campo). “Lula apoia quem quiser. O Ciro Gomes apoiará a Martha”, ressaltou Lupi. O PSB diz que nada muda e o nome do partido continuará sendo o do deputado federal Alessandro Molon. O ex-ministro de Dilma, Brizola Neto, também reafirmou que disputará pelo PCdoB.
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