Trechos da matéria do El País, que reproduzo aqui porque traz algumas informações que não estão nos gráficos:
(…) A libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve um efeito positivo para sua imagem. A rejeição à sua prisão subiu, segundo pesquisa da consultoria Atlas, feita na Internet entre os dias 10 e 11 de novembro – dois dias após sua soltura — com 2.000 pessoas de todas as regiões do Brasil. Na comparação com o levantamento feito em julho, houve uma alta de sete pontos percentuais no índice de rejeição ao cárcere do ex-presidente, que passou de 37,4%% para 44,4%, respectivamente. Ao mesmo tempo, a percepção da imagem de Lula melhorou. Na pergunta “Você tem uma imagem positiva ou negativa de Lula”, 40,7% pontuaram como positiva. Em agosto, eram só 34%. Ainda assim, ainda há uma maioria que vê o líder petista com maus olhos. A pesquisa mostra que 53% têm uma imagem negativa dele.
Ainda sobre a condenação que levou Lula à cadeia por 580 dias, (…) 52,2% dizem que ela foi justa, ao passo que 42,3% acreditam que foi injusta.
(…) Apoio a ditadura: A Atlas também mediu a opinião do eleitorado em outros assuntos. Por exemplo, 74,7% se dizem contrários a uma ditadura, enquanto que 14% são favoráveis e 11,3% não souberam opinar. Além disso, 52,1% acreditam que a corrupção está aumentando. Nesta mesma linha, 56,6% sentem que a criminalidade também está subindo, apesar de os dados de 2018 e deste ano indicarem o contrário.
Abaixo, alguns gráficos da pesquisa. Clique neles para ampliar.
Eu destacaria os seguintes pontos:
- A imagem de Bolsonaro e Sergio Moro continuam se deteriorando.
- Moro tem imagem de 48% positiva, contra 46% positiva.
- A rejeição a Lula caiu de 57% para 53%; e sua imagem positiva passou de 34% para 40%, aproximando-se de Bolsonaro, que tem 43% de imagem positiva.
- A imagem de Haddad apresentou melhora: tinha 58% de negativo em setembro, que caiu para 56% em novembro; sua imagem positiva, por sua vez, cresceu de 27% para 31%.
- A imagem de Ciro também melhorou: sua rejeição caiu de 56% em setembro para 50% em novembro, e seu positivo oscilou suavemente para cima, de 25% para 26%.
Análise: a pesquisa Atlas Política tem um problema grave, que é não trazer à público a segmentação por região, renda, escolaridade, sexo, o que nos ajudaria muito a entender os números apresentados.
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!