Separamos algumas tabelas, gráficos e textos divulgados no balanço da Petrobras no terceiro trimestre do ano (jul/ago/set).
Eu chamaria atenção para os seguintes pontos:
- aumento de quase 40% na produção do pré-sal, em relação ao ano anterior, que já corresponde a 60% de toda a produção de petróleo no país.
- No total, a produção de óleo e gás da Petrobras avançou 9% no trimestre e 15% no ano, e totalizou 2,88 milhões de barris/dia no terceiro trimestre.
- queda no custo de extração do pré-sal para incríveis US$ 5 por barril.
- aumento de 70% na importação de diesel, que passou de 51 mil barris/dia no segundo trimestre para 87 mil barris/dia no terceiro trimestre.
- apesar do aumento na importação de diesel, o desempenho da balança comercial do petróleo melhorou, por causa do aumento das exportações tanto de petróleo bruto como de alguns derivados, sobretudo de gasolina e óleo combustível.
Quando se examina a receita de vendas por segmento de negócio, chama a atenção a importância do refino: enquanto a exploração do petróleo bruto rendeu R$ 48,8 bilhões no terceiro trimestre do ano, o refino movimentou R$ 67,9 bilhões.
Entretanto, a exploração de petróleo carrega menos custos, porque é primária (não tem de comprar os insumos). O refino gasta R$ 63 bilhões apenas com a compra de produtos, de maneira que o lucro bruto do segmento no terceiro trimestre ficou em R$ 4,9 bilhões, contra R$ 22,8 bilhões da exploração do petróleo.
Outro ponto que merece destaque é a força do diesel. A receita líquida obtida com a venda de diesel totalizou R$ 24 bilhões no terceiro trimestre, alta de 2,6% sobre o trimestre anterior.
Na Petrobras
Registramos lucro líquido recorrente de R$10 bilhões no terceiro trimestre de 2019
24.Out.2019
O lucro líquido no terceiro trimestre de 2019 atingiu R$ 9,1 bilhões – equivalente a R$ 0,70 por ação – contra R$ 18,9 bilhões do segundo trimestre. O menor resultado em relação ao trimestre anterior se deveu à venda da TAG no segundo trimestre e às despesas com imposto de renda e contribuição social no terceiro trimestre decorrente da baixa de ativos fiscais diferidos no exterior, parcialmente compensadas pelo ganho com a venda das ações da BR Distribuidora no período. Nos 9 meses de 2019, o lucro líquido foi de R$ 32,0 bilhões, frente a R$ 23,7 bilhões no mesmo período do ano anterior.
Destaques do resultado do 3T19:
• O lucro líquido e o EBITDA ajustado recorrentes da Companhia foram de R$ 10,0 bilhões e R$ 35,1 bilhões, respectivamente, desconsiderando-se os efeitos dos itens especiais.
• Considerando os itens especiais, o lucro líquido atingiu R$ 9,1 bilhões, refletindo principalmente o aumento da produção de óleo e gás e o ganho de capital com a venda da BR Distribuidora.
• O EBITDA ajustado foi de R$ 32,6 bilhões, estável em relação ao 2T19 apesar da queda do preço do Brent, como resultado do sólido desempenho operacional, com a captura de maiores margens no diesel e no GLP, os maiores volumes de exportação de óleo e de venda de diesel no mercado interno.
• No 3T19, o índice dívida líquida/LTM EBITDA ajustado caiu para 2,58x versus 2,69x no 2T19, aplicando os efeitos do IFRS 16 em todo período do LTM EBITDA ajustado. Uma vez expurgados tais efeitos, o índice teria sido 1,96x no 3T19.
• O Conselho de Administração aprovou a antecipação de distribuição de remuneração aos acionistas sob a forma de juros sobre o capital próprio (JCP) no valor de R$ 2,6 bilhões, equivalente a R$ 0,20 por ação ordinária e preferencial em circulação.