No Ipea
Informais contribuíram para a redução da taxa de desocupados entre 2017 e 2018
21/10/2019 08:32
Queda no número de desempregados se deu pelo aumento de trabalhadores sem carteira assinada e por conta própria
O número de trabalhadores que saiu das estatísticas do desemprego aumentou entre os anos de 2017 e 2018, segundo dados do Boletim de Políticas Sociais: Acompanhamento e Análise, publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo revela que a taxa de desocupados no Brasil caiu de 11,8%, no quarto trimestre de 2017, para 11,59% no mesmo período de 2018.
A redução no número de desempregados deve ser creditada, principalmente, à mão de obra que migrou para postos de trabalho sem carteira assinada ou por conta própria. Em 2018, estavam na informalidade cerca de 47,88% do total de empregados. A taxa de informais foi avançando entre 2015 e 2017: nesse intervalo, passou de 45,24% para 47,25%.
Os setores da economia que registraram maior taxa de variação da população ocupada no quarto trimestre de 2018 foram transportes e correios (4,3%), saúde e educação (5,5%) e alojamento e alimentação (2,8%). Apesar desse aumento, a comparação com o mesmo período de 2017 mostra uma variação negativa para a maior parte dos setores analisados na pesquisa.
No entanto, o documento indica que houve aumento de três pontos percentuais entre 2017 (23%) e 2018 (26%) na quantidade de pessoas que já não procuram empregos há mais de dois anos – os chamados desalentados.
Outro ponto destacado pelo Boletim de Políticas Sociais é a quantidade de horas trabalhadas. Segundo análise feita com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, aqueles empregados por menos de 40 horas semanais têm o desejo de acumular mais horas de trabalho. Com isso, há uma indicação de “subutilização da mão de obra”.
O boletim também trata, no capítulo de Trabalho e Renda, das principais mudanças recentes na estrutura do mercado de trabalho e dos arranjos institucionais para as políticas de emprego no Brasil. E apresenta um balanço sobre a conjuntura do mercado de trabalho entre 2017 e 2018, sobre impactos da reforma trabalhista aprovada pelo Congresso Nacional e as principais políticas públicas de emprego desempenhadas pelo Ministério do Trabalho até 2017.
Acesse o capítulo de Trabalho e Renda
Paulo
22/10/2019 - 17h02
Que mal pergunte: não seria a informalidade uma forma de desemprego?
Wellington
22/10/2019 - 16h17
O saldo dos empregos formais aumentou por tanto o desemprego formal é menor.
Trabalhar por conta própria não é trabalhar ? Ganha bem mais que trabalhar pára os outros se souber.
Esquerdistas preferem ver todo mundo escravo das grandes empresas, são mais fáceis de controlar, mas isso não é novidade.