A Polícia Federal divulgou hoje que um tio do auditor federal Marco Aurélio Canal, o responsável da Lava Jato junto à Receita Federal, guardava em casa um total de R$ 866 mil em espécie. Parte do dinheiro era do próprio Marco Aurélio, segundo confessou o tio, João Batista da Silva.
Segundo João, R$ 230 mil pertenceria ao sobrinho. O resto seria dinheiro de pagamentos de clientes do próprio tio, que tem uma empresa de contabilidade e assessoria jurídica.
Entretanto, o dinheiro estava condicionado todo junto, em embalagens plásticas de papel escondidas atrás de livros, lançando a suspeita de que pertenceria inteiramente ao sobrinho, que era supervisor nacional da Equipe Especial de Programação da Lava Jato, grupo responsável por aplicar multas aos acusados da operação por sonegação fiscal.
Canal foi acusado por empresários de extorsão. Em troca de propina, ele aliviaria as multas aplicadas às empresas.
A denúncia contra Canal confirma uma velha máxima do Direito, extraída de versos de um satírico de Roma Antiga, ” sed quis custodiet ipsos custodes?”, que se traduz para “mas quem guardará os guardiões?”, ou “quem vigia os vigias?”.
É uma triste ironia que a Lava Jato, vendida à população como a “maior operação contra a corrupção da história do Brasil” vá encerrando seus dias acusada, com provas materiais, palpáveis, de todo o tipo de abuso judicial, extorsão e… corrupção.
É também uma lição: se o Brasil quiser combater a corrupção com eficiência, os agentes do Estado precisam se manter dentro da legalidade, sem cometer excessos, e respeitando, o tempo inteiro, os ritos, procedimentos e garantias do código do processo penal e da Constituição.
Thiago
22/10/2019 - 18h20
FORA DE PAUTA
SUPREMA ZONA!
CAMINHONEIRO BOLSONARISTA DIZ QUE VAI BOTAR CAMINHÃO POR CIMA DOS ministros DO STF.
E o caminhoneiro terrorista, que mostrou a cara e vestia uma camisa com a imagem de Bolsonaro, continua solto. Ele não quer Lula solto, porque senão…
https://youtu.be/NnpMQxoNWs8
E agora, Barroso? Depois dessa tu insiste em ouvir as vozes das ruas, ou melhor, dos caminhões?
Que putaria do caralho!
Paulo
22/10/2019 - 17h05
“É também uma lição: se o Brasil quiser combater a corrupção com eficiência, os agentes do Estado precisam se manter dentro da legalidade, sem cometer excessos, e respeitando, o tempo inteiro, os ritos, procedimentos e garantias do código do processo penal e da Constituição”. Eles só não o fazem por exceção. Já os políticos como deveriam agir para melhorar sua “perfomance”, nesse quesito?