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Ciro responde a Lula sobre “Fernanda Montenegro”

Em entrevista recente ao UOL, Lula teceu vários comentários sobre Ciro Gomes. Num deles, Lula compara Ciro ao garoto protagonista do filme Central do Brasil. O ex-presidente disse que gostaria de ser a “Fernanda Montenegro” de Ciro, referindo-se à personagem do filme, que se relaciona com o menino. A resposta de Ciro, em entrevista a […]

38 comentários
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Em entrevista recente ao UOL, Lula teceu vários comentários sobre Ciro Gomes.

Num deles, Lula compara Ciro ao garoto protagonista do filme Central do Brasil. O ex-presidente disse que gostaria de ser a “Fernanda Montenegro” de Ciro, referindo-se à personagem do filme, que se relaciona com o menino.

A resposta de Ciro, em entrevista a um site catarinense, o NSC (a entrevista segue abaixo, na íntegra):

Repórter: O senhor aceitaria que o ex-presidente Lula fosse sua Fernanda Montenegro?

Ciro: O Lula não está nada bem. É claro que se deve ter bom humor, mas o Lula não está nada bem. O personagem da Fernanda Montenegro, para quem viu o filme Central do Brasil, é de uma pessoa muito desonesta, que recebe dinheiro de pessoas pobres e analfabetas para escrever cartas por elas. Joga as cartas fora e guarda o dinheiro. A criança, ela começa a negociar para vender os órgãos. É um ato falho (de Lula) que não quero comentar, porque não é feliz a metáfora.

Embora dali você tire que o Lula, depois de todo esse sofrimento, parece não ter aprendido nada. Ele se vê como o Pelé e vê as outras pessoas, mesmo as que conhece há mais de 30 anos, como crianças a serem protegidas.

Uma coisa que não guarda a menor coerência com a política. E revela muito o estado de coisas do Brasil, que é esse culto à personalidade, que ele estimula, e que está travando o debate nacional.

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No NSC Total

Ciro Gomes: “Lula parece não ter aprendido nada.”

Por Dagmara Spautz
19/10/2019 – 09h53 – Atualizada em: 19/10/2019 – 12h00

Em Santa Catarina para a convenção estadual do PDT, que ocorre neste sábado (19) em Florianópolis, Ciro Gomes, vice-presidente nacional da sigla, falou com exclusividade ao NSC Total. A entrevista ocorreu em Balneário Camboriú, na sexta-feira à noite, onde ele fez uma palestra sobre economia e rumos para o Brasil.

[Abaixo, o vídeo do evento mencionado acima. A entrevista continua em seguida.]

Ciro falou na chegada ao Hotel Marambaia, depois de ter experimentado uma mostra do trânsito atravancado na saída de Florianópolis em um fim de tarde de sexta-feira – o que atrasou em mais de uma hora a agenda de compromissos.

Na entrevista, falou sobre Bolsonaro, Sérgio Moro, sobre o PT e sobre Lula (a quem se referiu dizendo que “parece não ter aprendido nada”). A conversa inicia-se lembrando que, esta semana, o ex-presidente, em entrevista ao portal Uol, disse que gostaria de ser a “Fernanda Montenegro” de Ciro Gomes, em referência ao filme Central do Brasil – “Vi a Fernanda Montenegro tentando ajudar aquele menino nervoso, rebelde. Lembrei do Ciro (…) Gostaria que o Ciro permitisse que eu fosse a Fernanda Montenegro dele”, afirmou o ex-presidente.

Entrevista: Ciro Gomes

O senhor aceitaria que o ex-presidente Lula fosse sua Fernanda Montenegro?

O Lula não está nada bem. É claro que se deve ter bom humor, mas o Lula não está nada bem. O personagem da Fernanda Montenegro, para quem viu o filme Central do Brasil, é de uma pessoa muito desonesta, que recebe dinheiro de pessoas pobres e analfabetas para escrever cartas por elas. Joga as cartas fora e guarda o dinheiro. A criança, ela começa a negociar para vender os órgãos. É um ato falho (de Lula) que não quero comentar, porque não é feliz a metáfora.

Embora dali você tire que o Lula, depois de todo esse sofrimento, parece não ter aprendido nada. Ele se vê como o Pelé e vê as outras pessoas, mesmo as que conhece há mais de 30 anos, como crianças a serem protegidas.

Uma coisa que não guarda a menor coerência com a política. E revela muito o estado de coisas do Brasil, que é esse culto à personalidade, que ele estimula, e que está travando o debate nacional.

Qual o caminho para a esquerda no Brasil? Há coalizão possível?

O Brasil precisa de um projeto muito mais amplo do que aquilo que se convenciona chamar esquerda. E se tivermos em conta que o adjetivo ‘esquerda’ também foi corrompido pelas práticas da burocracia do PT, você está estigmatizando o adjetivo e deixando a população vulnerável a essas mistificações de direita. O que nós precisamos, no Brasil, é proteger (o povo) dessas manipulações que nada mais são do que propaganda, porque ninguém é de esquerda porque se diz.

A economia política que o PT praticou é ultraconservadora. Nenhum país do mundo tem um sistema tributário mais regressivo do que o Brasil. Nós cobramos, depois de 14 anos de PT comandando, muito mais imposto dos pobres e muito menos dos ricos. Aí é que se define quem é progressista e quem é de direita. O lucro dos bancos no Brasil passa do razoável em qualquer padrão internacional pelo décuplo. São 10 vezes mais rentabilidade sobre o patrimônio, e nas mãos do PT o sistema financeiro concentrou em apenas cinco bancos 85% de todas as transações financeiras do país. O que precisamos discutir é um projeto nacional que cuide de proteger o povo brasileiro desses adjetivos, dessas manipulações, e ache um ponto de conciliação entre os interesses do mundo da produção, que está definhando – o Brasil fechou 613 mil empresas nos últimos quatro anos, e há quatro anos não era o Bolsonaro, era o PT que estava no governo – e o mundo do trabalho. Nós temos hoje o maior desemprego, com a maior informalidade da história do Brasil. E também não é uma tragédia que o Bolsonaro começou, ele está agravando. Precisamos tirar o Brasil desses ódios, dessas paixões, dessas simplificações grosseiras, e convidar o país para um grande dialogo em que nós possamos conciliar os interesses do mundo da produção com o mundo do trabalho.

Como se faz isso?

Proponho que o Brasil se imponha a tarefa de ser um país com os indicadores socioeconômicos da Espanha, que é um país de desenvolvimento bastante elevado em relação aos nossos padrões, mas de desenvolvimento moderado em relação aos países da Europa ocidental. Considero praticável que o Brasil estabeleça para si a tarefa de consertar indicadores socioeconômicos equivalentes aos da Espanha em 30 anos. A virada necessita a capacidade de consertar os quatro motores de desenvolvimento econômico que estão enguiçados no Brasil, e o Bolsonaro não está nem vendo o azul. Paulo Guedes sequer compreende que a economia está colapsada porque esses quatro motores estão colapsados, e nenhum deles tem saída a partir da premissa ideológica intoxicada que eles estão praticando, que é a crença de que o mercado sozinho tem capacidade de resolver. Primeiro, o consumo das famílias. 60% do crescimento é puxado pelo consumo das famílias, e está colapsado como nunca. Por desemprego aberto, informalidade que passou pela primeira vez a quantidade de trabalhadores com carteira assinada, e o fato de que hoje 63 milhões e 700 mil brasileiros estão com nome no SPC. Emprego e renda estão colapsados. O crédito pode ser consertado por iniciativa pública, que propus em campanha e levaram ao deboche. O segundo motor é o investimento empresarial. Estamos com a menor capacidade instalada ocupada da história brasileira. Só em São Paulo, nos 9 meses do governo Bolsonaro, foram fechadas 2.235 industrias. São Paulo fechou mil empregos industriais por mês, dados da Fiesp. O Brasil tem o maior endividamento empresarial da sua história, R$ 1,4 trilhão, caminhando aceleradamente para a inadimplência.

Neste momento, 5 milhões e 500 mil pequenas empresas estão inadimplentes, registradas no Serasa. Não vão sair sem uma política pública. Porque o governo brasileiro, dito de esquerda, permitiu que cinco bancos concentrassem 85% das transações financeiras do país. Resultado: os bancos, em momento de risco, com inadimplência gigante, se retraem. Só que no Brasil os excedentes de caixa criminosamente são remunerados pelo governo com dinheiro público. Por que um banco vai emprestar e correr risco de uma inadimplência como essa? Você pode não só reformar o sistema bancário para que haja mais concorrência, mas você tem hoje US$ 368 bilhões no estrangeiro de uma reserva cambial que não é necessário ser desse tamanho e é muito cara para o Brasil. O terceiro motor é investimento público. Um país com 24 mil obras paradas, 14 milhões de famílias sem moradia, metade dos domicílios sem saneamento básico, infraestrutura por fazer, é um país que tem uma oportunidade que a Europa não tem mais, os Estados Unidos não têm mais. Isso é como os EUA reagiram à crise de 2008, é como a China toca sua extraordinária experiência, a Coreia do Sul. O Brasil pode resolver com reforma fiscal progressiva. Qual é o déficit público hoje, o pretexto de que não temos dinheiro pra nada? R$ 130 bilhões. Se o Brasil cobrar imposto sobre lucros e dividendos das grandes corporações em linha com a prática de todos os países do mundo, menos nós e a Estônia, podemos arrecadar, dependendo das alíquotas, até R$ 70 bilhões em 12 meses.

O Brasil está dispensando R$ 350 bilhões de tributos com renúncias fiscais. Numa hora de crise, de sacrifício, perseguição de aposentados, não seria razoável pedir um sacrifício transitório de 20% dessas isenções?

E o quarto motor é uma política industrial de comércio exterior, porque o Brasil, todas as vezes que cresce, é pelo consumo. E com a produção em queda, cria-se um buraco, compensado com importação. Quando explode a importação o brasil quebra sua conta com o estrangeiro e o efeito disso é a desvalorização do câmbio, que nós já estamos vendo acontecer. A gente tem que ter uma política industrial de comércio exterior para que o Brasil compense as importações do que a gente não aprendeu, nem vai ser capaz de aprender tão cedo a fazer, com alguns setores que têm potencialidade global. (Como) Petróleo, gás e bioenergia, por isso é um grande crime esquartejar a Petrobras e entregá-la ao estrangeiro; o complexo industrial da defesa, por isso é um crime de lesa pátria e transcendental gravidade a entrega da Embraer à Boing, porque é o único setor de alta tecnologia onde o Brasil tem superávit e um potencial monstruoso. O terceiro é o complexo industrial da saúde pública, o Brasil está importando este ano 17 bilhões de dólares. E por fim o complexo industrial do agronegócio. A agricultura mais poderosa do mundo, maior produtora de proteínas animais do mundo, importa do estrangeiro metade dos seus insumos. Aqui em Xanxerê, capital brasileira do milho, um cidadão agricultor compra um saco de sementes de milho por unidade, por 300 reais. E depois produz uma saca de 60 quilos e vende por R$ 50.

O senhor costuma dizer que acredita em renúncia de Bolsonaro. O que vai levá-lo a isso?

Sempre digo que isso é um mero palpite.

Mas o que o leva a crer que ele vai renunciar?

Duas coisas, a história do Brasil e a psicologia do Bolsonaro, que eu conheço relativamente de perto. Só três presidentes na história moderna terminaram o mandato. Juscelino Kubitschek, Fernando Henrique e Lula. Fernando Henrique nunca mais conseguiu ganhar uma eleição, o PSDB nacional, e o Lula está na cadeia. A história do Brasil é muito cruel, a probabilidade de não se terminar o mandato é a regra. A segunda razão, que casa com essa de forma muito ameaçadora, é que o Bolsonaro não tem nenhum treinamento na contradição.

Bolsonaro é uma alma autoritária. Viveu a vida inteira de carguinho, de mamatinha, de família. Era um solitário, nunca trabalhou em equipe, nunca administrou uma pequena mercearia para compreender as tensões.

E o Brasil está no olho do furacão da pior crise, nós estamos terminando a pior década dos últimos 120 anos. Nenhum presidente da república deteriorou seu capital político tão velozmente quanto ele. Acompanho essas coisas, pretendo ser presidente do Brasil e tenho que me treinar. Pelo menos na minha cabeça, ninguém deveria ser estagiário na presidência da república, que é o que tem acontecido com nosso país. A pessoa se elege e ganha a boa vontade, os parabéns, o wishful thinking, as pessoas querem que dê certo, salvo um grupinho de ranhetas radicais odientos. Fica até mal fazer oposição. A Dilma tinha 11% de rejeição nesse período, Fernando Henrique 15% e o Lula 10%. O Bolsonaro tem 38%. E você olha – quais são ao problemas que o Brasil apresentou para o Bolsonaro que já não estivessem visualizáveis antes? Todos (os problemas) foi ele que criou. É muito difícil, esse conjunto de energias, levá-las até três anos e pouco. Não consigo ver.

Qual a leitura que faz da crise no PSL?

É uma briga de doido com bandido, de foice, armada, no escuro. Não existe PSL, essas maluquices do partidarismo brasileiro, e o Bolsonaro criou esse monstro com a eleição dele, com essa onda fascistóide, com essa onda de mistificação moralista, de explorar a religiosidade do povo, foi misturando esse caldo todo em cima da derrocada econômica e do escândalo de generalizada corrupção que o PT produziu, que predispôs a sociedade brasileira a essa aventura radical. O povo brasileiro nisto é vítima, não é culpado. E vítima de um processo de enganação muito grave. Você tem um partido que não tem organicidade, nem teologia, nem comprometimento de nada. E de repente as leis brasileiras, de costas voltadas para a miséria do nosso povo, criam um fundo eleitoral, que junta com fundo partidário, e vai dar R$ 728 milhões para esse bando de maluco e de bandido que se reuniram ao redor do Bolsonaro. Essa é a razão da briga. E o Bolsonaro acendeu o estopim, porque ele já tem a informação antecipada dessa esculhambação no dinheiro e ele sabe que o Ministério Público, que a Justiça, que Polícia Federal está com os inquéritos abertos e tudo meio que demonstrado.

O que ele está fazendo, ao modo maluco de ser do Bolsonaro, sem nenhuma habilidade, ele está procurando se distanciar, para a opinião pública, desse escândalo que vem por aí.

E, nisso, ele agrava o escândalo. O que me preocupa é como isso explode na cabeça dos milhões de desempregados, dos milhões de brasileiros empurrados para a informalidade, com o nome sujo no SPC. Ninguém está cuidando deles, de discutir a solução para o problema deles. E agora a vida do presidente da república agarrada nessa confusão. Isso é uma tragédia.

O senhor usou o termo fascistóide. Mas tem dito que é contra chamar de fascista o eleitorado bolsonarista, como usa parte da esquerda. Por que?

Porque eu conheço o povo brasileiro. Este Estado aqui já deu vitória ao Brizola. Já deu vitórias importantes ao Lula.

Como vou achar que 70% do povo do Sul brasileiro é fascista? Não é.

É conservador, tem uma vinculação à agenda moral, neopentecostal, evangélica, tem o novo rico do campo, que vê comunismo atrás da porta, tudo isso eu compreendo. Mas daí a não reconhecer a generosidade do nosso povo, a boa-fé, a decência do nosso povo, há uma distância muito grande. Para o PT, que teve tantas vitórias, 70% do eleitorado é fascista. 68% do eleitorado de São Paulo é fascista. 70% do eleitorado de Minas Gerais é fascista, estados que deram vitorias importantes ao PT. O que o PT não quer é reconhecer que ele, que deu ao povo brasileiro a oportunidade de ascender socialmente nos primeiros momentos, traiu esse povo fazendo com que houvesse um retrocesso violento na sequência do mesmo partido no governo. Eles querem passar um Bombril para que o povo se lembre só da hora boa e não lembre da tragédia que foi, a grande enganação, na sequência, no governo da Dilma.

Qual vai ser o futuro do PT?

E [tem] o escândalo de corrupção. Não é possível, por mais que o Lula tenha tido deformações no processo que o julgou, não é razoável dizer que o Palocci, sendo um réu confesso, um delator, braço direito do Lula, a quem o Lula deu o comando da economia brasileira… As escolhas do Lula… quem foi que botou o Michel Temer na linha de sucessão? Eu protestei na época, eles me acusaram de estar magoado. É sempre assim, eles não erram. Quem foi que impôs ao Brasil Eduardo Cunha? Quem botou o Geddel dos R$ 51 milhões das malas de dinheiro do apartamento de Salvador no Ministério da Integração, que eu ocupei? Foi o Lula. A Dilma botou esse cidadão na vice-presidência da Caixa Econômica Federal. Vem para cima de mim agora, para cima do povo brasileiro, que são inocentes? Não tem nenhuma autocrítica para fazer, nenhum gesto de humildade? Eu acho que o povo brasileiro foi vítima dessa bandalheira toda. Tenho muito respeito e quero que o povo aprenda que o céu não é perto, porque o ódio e o amor, a paixão, nunca foram bons conselheiros. Se votamos, corretamente, com ódio à contradição do PT, vamos pagar muito amargamente por votar num despreparado, numa pessoa que não tinha experiência nenhuma, valores morais nenhum, e que fez um discurso mentiroso.

Pelo amor de Deus, o Bolsonaro é 28 anos deputado federal, gente querida de Santa Catarina. Não é deputado federal do Ceará nem de Santa Catarina, que são dois estados que cultivam a decência. Ele é da política do Rio de Janeiro.

Bolsonaro é ligado ao Sérgio Cabral, a Eduardo Cunha, ao Pezão, ao Picciani, e todos estão presos. Bolsonaro tinha cinco ou seis funcionários que não existiam, que assinavam recibo para ele botar o dinheiro no bolso. Ensinou essa roubalheira para os filhinhos dele, todos. É tudo picareta. E de repente se apresenta de nova política?

Temos oposição hoje no Brasil?

Tem. A oposição se sustenta no mérito e no meio. Hoje, o mérito da oposição tradicional brasileira está deformado, porque qualquer coisa que o PT fala, não tem autoridade. O PT vai falar da crise econômica? Qualquer pessoa vai dizer – mas a Dilma pegou o país com 4% de desempregados e entregou com 14%. O juro está muito alto, é uma aberração? Eu acho. Mas o Bolsonaro está pagando a menor Selic da história, e o PT pagou o maior juro da história. A reforma tributária que o Bolsonaro está estudando é injusta, é perversa? O PT teve 14 anos, por que não fez? Essa é a grande trava da discussão brasileira. Por isso eu, que ajudei a vida inteira, considero uma obrigação minha, por mais doído que seja, falar. Para que a população saiba que ser oposição ao Bolsonaro não é voltar ao PT, como eles adorariam. Um não sustenta o outro. E essa é a grande tarefa histórica. Todos os brasileiros que trabalham, que produzem, que têm preocupação com o país, temos que nos reunir e fundar uma nova república.

O que vai ser da Justiça no Brasil pós Lava Jato?

A Lava Jato foi uma operação que começou em cima de uma grande demanda do povo brasileiro, que é o fim da impunidade como prêmio para a corrupção nos altos escalões da república. E virou um elemento a mais da corrupção dos altos escalões da república. De novo, o brasileiro foi enganado. E temos clareza disso na medida em que o Sérgio Moro, sendo um juiz que teve apoio imenso, e ainda tem, de muita gente de boa-fé no Brasil, que viu nele um juiz jovem, severo, com coragem de enfrentar os poderosos, meter na cadeia gente grande, que é uma tradição lamentável de não acontecer no Brasil, de repente encantou-se e aceitou ser ministro de um governo que se elegeu porque o cara que ele condenou não pode ser candidato a presidente. Isto no mundo é uma lesão ética irreparável. Como fica mais irreparável ainda a promessa de uma vantagem.

Promessa de vantagem, no setor público, o nome disso é corrupção passiva. Se ele tivesse recebido a promessa de receber um saco de dinheiro para fazer o que fez, todo mundo ia entender.

Não consta que ele tenha recebido promessa de um saco de dinheiro, mas ele recebeu a promessa de um cargo vitalício de ministro do Supremo Tribunal Federal. Isso em qualquer país no mundo sério, eu vivo circulando pelas universidade, dando palestras por aí afora, e ninguém compreende. É uma lesão absolutamente indesculpável. Sérgio Moro deixou de ser juiz para ser politiqueiro usando a ferramentaria da Justiça e a boa-fé do nosso povo. A justa vontade do nosso povo de ver a Justiça funcionando, contra bandido grande e não só contra ladrão de galinha, para sua vantagem pessoal e para sua ambição de ser inclusive candidato, como todo mundo está vendo que ele é.

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Comentários

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Gustavo Zottich Pereira

23/10/2019 - 09h58

Ciro é um Bolsonaro com congnições melhoradas, dicção aperfeiçoada e base de dados ampliada.

    Miramar

    23/10/2019 - 12h51

    E ideias totalmente diferentes.

Marcus Vinicius Machado Padilha

23/10/2019 - 09h12

Quem é Ciro para falar em “não aprender nada”? Acho que ele não consegue é aceitar que, no filme, a personagem principal é a da Fernanda. Não adianta o menino querer brilhar mais que a estrela.

    Miramar

    23/10/2019 - 13h00

    Como não vivemos em uma ditadura qualquer pode dizer o que lhe der na telha. Quanto a sua baixa capacidade cinéfila, lamento mas o Josué aparece tanto quanto. Nem precisava. No Crime e castigo a Sônia e a responsável pela redenção de Raskolnikov mesmo aparecendo menos. E a personagem de Dora é uma canalha que se redime graças a esse menino que você despreza. Mas todo mudo sabe que o que vocês gostariam era de vender o Ciro para uma gangue de tráfico de órgãos. No exemplo citado a Dora (safada que vive de enganar pobres) retroalimenta a gangue (Bolsonaro ou PT?)

Miramar

21/10/2019 - 17h01

Havendo repetição de cenário na segundo turno em 2022, meu voto será nulo.
Não quero ter responsabilidade nem na eleição da gentalha petista nem na gentalha bolsonarista.
Aliás, a julgar pelas últimas entrevista o Lula está ficando caduco. Algumas pessoas que foram presas injustamente saíram da cadeia melhores. Lula sairá pior. O consolo é que a gentinha petista cada vez mais só fala para a sua própria bolha de PT e agregados. Ou alguém conhece algum não esquerdista interessado nas besteiras que os petistas falam nos dias atuais.
Enquanto isso Ciro permanece sendo o único político brasileiro a ter um projeto nacional de desenvolvimento.

Patrice L

21/10/2019 - 15h26

O Ciro já entendeu que, para passar ao 2o. turno, ele tem que performar e estar entre os dois mais votados?

Que não pode, nem deve cumprimentar, chamando de ‘meu presidente’, quem performou e se qualificou para seguir na corrida presidencial, e a seguir instruir os seus pra ir na imprensa exigir a renúncia do cumprimentado? Feio, né!

Que a luta ali para opor-se à ascensão do fascismo não era só questão de aritmética, mas de simbolismo e sinalização, o que, assim entendido, poderia ter agregado mais votos à candidatura de esquerda?

Que candidaturas de terceira via tendem ao fracasso, expondo a esperteza de ter um discurso para cada lado? E que, se isso fosse vitorioso, seria preocupante como o foi sob o nazi-fascismo?

Que finalmente ele não é um candidato de esquerda, muito embora se esforce para dar esta impressão?

    Miramar

    21/10/2019 - 17h11

    Ciro não se diz de esquerda. Se diz de centro-esquerda. A esquerda brasileira é lixo puro.
    Isso está fadado ao fracasso? Puxa, que pena. Que bom que não somos petistas senão sofreriamos muito.
    E Bolsonaro tem um caráter fascista? Tem mesmo. Mas o Brasil ainda não é uma ditadura. Basta olhar os “esquerdistas” brasileiros digitando besteiras continuamente no conforto de suas casas.
    Que bom que nas décadas de 30 e 40, não existia o PT, não é mesmo? se existisse a união antifascista seria impossível.

      Patrice L

      22/10/2019 - 17h13

      Miramar digitando besteiras continuamente no conforto de sua casa

        Miramar

        22/10/2019 - 19h14

        Com cafezinho e tudo!

Jota One

21/10/2019 - 08h53

Defender o Ciro, hoje em dia, deve ser uma tarefa muito difícil. O Homem está trilhando o caminho da Marina, só que destemperado e fora do controle.

    Miramar

    21/10/2019 - 17h14

    Na verdade é fácil demais. Ciro está cada vez mais sereno, patriota e didático nas suas proposições.
    E obrigado por compará-lo com a Marina. É uma pessoa decente e honesta. E olha que ela foi petista!

      Alexandre Neres

      22/10/2019 - 14h04

      Ciro sereno? Faça-me rir. Ciro patriota, este termo diz muito. Haja patriotada! A pátria é o último refúgio dos canalhas. Não acho Ciro um canalha, estou apenas comentando sobre o que foi dito.Ciro didático? Discordo. Ciro é sabe-tudo, seu tom é professoral, arrogante. Agradecer o fato de ser comparado com Marina é hilário, quanto mais por ser decente e honesto. Ciro marinando? Primeiramente, Marina, por incrível que possa parecer, adotou postura mais firme e combativa, declarando voto em Haddad. Vê-se que boa parte dos eleitores do Ciro, cujo teto é baixo, é adepta da terceira via, lavajateira, composta de cidadãos de bem, que defendem uma gestão competente, porém despolitizada. Basta que os homens decentes se unam (desconfio de qual seja o papel das mulheres nesse mister), aglutinem-se em torno de um ideal, sem classes e seus antagonismos, afinal de contas todos nós queremos o melhor para o Brasil, não é verdade?, que tudo irá se resolver como que num passe de mágica.

      Espanta-me também uma leitura recorrente de uma parcela do neotrabalhismo, que vejo somente neste blogue, de que Ciro estaria à esquerda do PT. Apesar de ser fácil constatar o oposto, não consigo entender qual é o lastro de tal afirmação, embora seja repetida até a exaustão. Será que a terceira via está à esquerda do PT? Será que os elogios e afagos ao Rodrigo Maia colocam o Ciro à esquerda? Há pouco li o livro Sintomas Mórbidos: a encruzilhada da esquerda brasileira, da Sabrina Fernandes. Para dizer a verdade, o neotrabalhismo nem está no escopo do livro. Ela trata da esquerda radical, com a qual a autora se identifica, formada por PSTU, PSOL, PCB, e a esquerda moderada, da qual fazem parte o PT e o PC do B, por exemplo. Ela tece duras críticas ao PT, mas não é ingênua a ponto de não perceber que o antipetismo prejudica o campo da esquerda, tampouco iria considerar o PT como o maior rival, o inimigo a ser batido, como uns e outros por aí que se aproveitam da narrativa construída pela Globo e pela juristocracia para desconstruir e demonizar o PT, quanto mais no desgoverno do bozo. Para ela não resta a menor dúvida de que o PT está à esquerda do PDT, inclusive leu ambos os programas de governo em 2018, constatando o que era cediço, por óbvio, isto é, o programa do PT estava à esquerda do PDT. Sei que os ciristas à esquerda, que são bem pouco representativos, irão discordar e repetir suas platitudes ad nauseam. Mas, enfim…

        Miramar

        22/10/2019 - 19h12

        Ciro é tão patriota quanto Samuel Johnson, o autor da frase citada por você. A associação do patriotismo como fachada para esconder a própria canalhice a meu ver cabe mais adequadamente a Bolsonaro( que nada tem de patriota).se você preferir posso usar a expressão “amor genuíno ao pais” embora reconheço que pode soar igualmente brega. Mas nem por isso deixa de ser verdadeira.

        Passando para o outro assunto, discordo da Marina em algumas coisas, mas tenho profundo respeito por ela. Já foi minha opção eleitoral em duas ocasiões. Acho ela decente e honesta. Para mim, isso não é nenhum puritanismo. Reafirmo que criticar o Ciro comparando com A Marina pra mim é uma honra.
        A meu ver, Ciro errou ao assinar a nota do PDT no segundo turno eleitoral recomendando o vir o crítico em Haddad. Deveria ter declarado neutralidade. Eu da minha parte, pretendo votar nulo no segundo turno em 2022, se o mesmo cenário se repetir.
        Não entendo essa necessidade de rótulos, mas esse de neotrabalhista me parece bem simpático. O termo terceira via me parece excessivamente datado. Embora reconheça que minhas ideias podem ser qualificadas dessa forma por adeptos da esquerda tradicional brasileira. Aliás o fato de uma pessoa respeitável como a Sabrina Fernandes não ver o Ciro como parte da esquerda só aumenta minha falta de identificação com a esquerda brasileira.
        A meu ver Ciro é um político moderado de centro-esquerda. O que não o impede de ser o político com as mais ousadas e factíveis ideias económicas para o Brasil, consequência do seu profundo conhecimento sobre a problemática nacional, sempre expostas com profundo didatismo. Talvez por eu também ser professor, eu goste do tom professoral dele, muito superior ao da maioria da intelectualidade uspiana.

        Não me lembro de já ter elogiado a lava jato. Pelo contrário.

        Qual o problema de elogiar o Rodrigo Maia. Só porque ele é de direita. Mas o Renan também é…

        O teto do Ciro é baixo? Lamento.
        Por fim, reafirmo que como acompanho o Ciro mais de vinte anos, nunca o vi mais sereno, exceto quando alguém pergunta sobre o PT. Aí a irritação dele fica como a minha. Nada que uns minutos de zazen não resolva.

joao barbosa

21/10/2019 - 00h08

coitado do PDT.QUE COISA EM ,ESTÁ CORRENDO UM SÉRIO RISCO DE SE ACABAR

QUANTO AO CIRO,ELE TÁ NA DELE ,ELE QUER O LUGAR DOS DESILUDIDOS COM O BOZO,

AGORA TUDO QUE ELE FALA NÃO É NOVIDADE PARA NIMGUÉM QUE O CONHECE

Marcos Videira

20/10/2019 - 13h36

O Lula não entendeu nada do filme Central do Brasil. Foi o menino Josué quem resgatou a professora Dora que estava adaptada ao mundo da corrupção, sobrevivendo de enganar os analfabetos. Além de vender o menino Josué para o tráfico de órgãos para consumir uma TV modernosa.
Talvez Lula identificou o menino com Ciro, porque o menino tinha a coragem de dizer na cara de Dora que ela era uma mentirosa. As mesmas verdades que Ciro tem a coragem de dizer sobre o PT.
Lula deveria restringir suas metáforas apenas ao futebol…

Benoit

20/10/2019 - 10h07

Admiravel, capaz de identificar as questoes decisivas do país com toda a lucidez. As pessoas que críticam o Ciro, pelo contrário, não parecem ter lido a entrevista e não parecem poder dizer nada de relevante sobre as questoes discutidas. Elas se detem na polêmica. Nao estamos no meio de um concurso de beleza, não se trata de eleger a próxima miss Brasil. A obsecao da direita é o comunismo em Cuba, a dos petistas é o Lula.

Ivan Lima

20/10/2019 - 08h03

Ciro nunca representou a esquerda, é candidato de si mesmo e não tem tamanho para se opor a Lula. Ex-presidente faz bem em ironizar os ataques. É o máximo que Ciro merece.

Franco Sued

19/10/2019 - 23h35

Faltou Ciro Gomes dizer que Bolsonaro deveria dar a ele um Ministério em agradecimento pela grande ajuda que prestou na sua eleição depois de dar um Piti ao ser derrotado no primeiro turno e fugir para Paris ao invés de somar forças com a esquerda para evitar a catástrofe que se abateu sobre o país com esse governo psicopata que hoje está no poder. O discurso dele pode ser até bonito mas não encontra respaldo na sua biografia nem no coronelismo que o respalda na política.

Edson Narloch Filho

19/10/2019 - 21h29

Bem se vê que esse CG não viu o filme, ou se viu, não prestou atenção a essa cena ou tem sérios problemas de cognição. Ela – Fernanda Montenegro, escreve para que pessoas analfabetas possam enviar suas cartas ao correio e é paga a R$ 1,00 por isso. Esse kra é um bolha.

Alan C

19/10/2019 - 21h15

Quem assistiu ao filme com certeza pensou: “Mas que mancada do Lula”.

Miramar

19/10/2019 - 19h59

Engraçado que ontem eu pensei a mesma coisa: Lula adoraria vender o Ciro para uma gangue de tráfico de órgãos.
E ainda têm gente que espera que façamos aliança com esse tipo de gente…unidade é o cacete.

    Orlando Soares Varêda

    21/10/2019 - 16h36

    O coronelzinho do Ceará, não consegue ocultar o despeito e a raiva contra o presidente Lula. O cabra, tá igualzinho a seu antigo parceiro, o tucano FHC. Ambos, morrem de inveja, de ressentimento e despeito ao operário pernambucano.
    Por certo, não se trata apenas, de terem suas carreiras ofuscadas pelo brilhante desempenho do governante brasileiro Lula da Silva. Um mero da Silva… Isso incomoda os filhotes da elite de merda.

    Não obstante, o que mais provoca o desapontamento, ira e inveja da parelha de oriundos de Havard&Sorbone, é o enorme reconhecimento demonstrado pelas mais significativas personalidades Internacionais, que avalizam com entusiasmo a grande importância do laureado ex-Presidente Luis Inácio Lula da Silva.
    Quanto ao Povo brasileiro, para os que se julgam “pessoas do bem”, isso é um mero detalhe.

    Orlando

      Miramar

      22/10/2019 - 14h24

      Concordo plenamente. A prova disso é a concessão do Nobel da Paz ao Lula. Ansioso para ouvir seu discurso na cerimônia de recebimento.

João Lucas Trevisan

19/10/2019 - 19h48

Lamentável, primeiro nenhuma nota da redação em repúdio às declarações de Ciro Gomes aos blogs dcm e 247 e agora, de forma clara, o blog pinça manchetes de forma a amenizar ou beneficiar Ciro Gomes, pois bem, numa entrevista recente de Ciro ao EM Ciro fez um ataque baixo e covarde a Lula dizendo que este estava em uma suíte, recebia namorada e amigos, um senhor que dali só saiu pra velar dois entes queridos, se isso não é covardia não sei o que é, endossa o Poder Judiciário ao dizer que Lula tripudia da justiça, a mesma justiça que viola sistematicamente seus direitos, esse blog acusa petistas de serem sectarios e se diz democrático por postar entrevistas de outros políticos da direita e da esquerda, mas as manchetes legais e lindas só o Ciro consegue, até aí normal, só não afirme que o blog não tem preferência quando claramente tem

Alexandre Neres

19/10/2019 - 19h38

Ciro definitivamente abandonou a política e, tal qual Bolsonaro, está na ultrapolítica, surfando na onda da antipolítica e demonizando a atividade política. O aspecto que ele abordou sobre a brilhante analogia que o Lula fez com o menino birrento que só sabe estrebuchar diz mais sobre ele do que sobre Lula. Ele disse que a Fernanda Montenegro era desonesta. Esse papo de desonestidade, trazendo à tona a corrupção, é invocado por onze em cada dez moralistas, conservadores e direitistas que tratam das mazelas do país. Tal fato é recorrente na nossa história. Getúlio, JK, Jango, Brizola, Lula e Dilma, todos esses foram atacados com esse discursinho chinfrim. Para combater os desonestos, basta ser governado por um homem decente ou um cidadão de bem, de preferência bem rico ou coronel para que não precise de roubar, e que seja também um gestor competente. Sob essa ótica, o problema do Brasil não se resolve pela via política, pois é de gestão. Não há antagonismo entre classes, considerando que todos temos interesse que o Brasil melhore, só precisamos nos unir e gerir adequadamente a nação. Foi assim que a terceira via, cujos maiores exemplos foram Bill Clinton e Tony Blair que governaram de forma idêntica à direita, contribuiu sobremaneira para apagar as diferenças evidentes existentes entre esquerda e direita, gerando um desalento na população que foi fundamental para fazer ressurgir a extrema-direita mundo afora.

Oblivion

19/10/2019 - 19h07

Em minha humilde opinião, Lula queria provocar o Ciro para que ele fosse logo mandando ele ir ele pra pqp e assim poder se fazer de vitima. Se estou certo, dessa vez nao deu Lula; e pior, Ciro se saiu muito bem na resposta. Lula, apesar de lamentar muito o que você e o pt vem fazendo, gostaria de te ver livre camarada. Livre da prisao sem provas e livre dessa doença que faz o pt condenar o povo a um bolsonaro ao inves de buscar uma candidatura verdadeiramente progressista sem o pt, nem na cabeça nem de vice. Abraços sinceros.

    CezarR

    20/10/2019 - 18h30

    bravo!

Netho

19/10/2019 - 18h20

O problema que Ciro tem pela frente é o mesmo que sempre impediu Brizola de fazer pelo Brasil tudo aquilo que Lula e Dilma não fizeram.
Lula e Dilma claudicaram na previdência (a tal ponto que o PT rachou e surgiu o PSOL).
Claudicaram na educação, porque deixaram o crédito estudantil encilhar e se tornar impagável.
Claudicaram na saúde, porque o Mais Médicos não foi regulamentado da forma necessária para se tornar suficiente.
Claudicaram na segurança, porque o crime organizado expandiu-se por todo o território nacional.
Claudicaram porque entregaram a bandeira da ética pública e do combate à corrupção à direita liderada pela extrema-direita.
Para não falar nos meios de comunicação social concessionários da União, que foram tratados à tripa forra, com a publicidade oficial de dimensões faraônica sendo derramada nas arcas da Rede Globo.
Lula e Dilma deixaram o Brasil em péssimos lençóis e a história não perdoa que atraiçoa o povo e a nação.
A tragédia brasileira reside no fato de que a extrema-direita, apesar do desastre explícito da Era Beócia sob os auspícios do Posto Ipiranga, já lidera a direita em todas as pesquisas e a suposta oposição encontra-se refém do “Lula Livre”.
Desgraçadamente, a Era Beócia veio para ficar, com a luxuosa contribuição de Lula, Dilma e do PT que, como dizia Talleyrand, “não aprenderam nada, não esqueceram nada”.
O diagnóstico desenhado por Ciro é basicamente acertado. O problema está no fato de que Ciro sempre creu no PT e em Lula, ingenuamente, porque jamais poderia levar a sério quaisquer situações que não garantissem a hegemonia, o protagonismo e a onipotência de Lula.
Lula e o PT nunca abriram mão do seu projeto partidário e político de poder, ainda que tal comportamento implicasse um prejuízo total ao país, ao povo e à nação brasileira.
Nesse sentido, Luís Inácio e Jair Messias são iguais e zelam para que a bipolarização que conquistaram entre si permaneçam alimentando a agenda política e o debate eleitoral.

Paulo Cesar Cabelo

19/10/2019 - 17h22

Outra coisa , Dilma recebeu o governo com 4% de desemprego?
Falta memória para Ciro , esse patamar foi atingido em 2014 , além de mentir Ciro finge esquecer que Lula governou por oito anos antes de Dilma.
Em 2002 a taxa de desemprego era de 12% também.
Espero que vocês do Cafezinho corrijam essa fakenews de Ciro.
Se não me falha a memória quando Dilma assumiu em 2010 o desemprego era de 8% , não o ESPETACULAR número de 4% e pouco de 2014.

Paulo Cesar Cabelo

19/10/2019 - 17h12

Desde de quando prestar o serviço de escrever cartas e cobrar por isso é errado?
Também parece esquecer que a personagem viajou milhares de km para ajudar o menino a achar sua família.
Até com personagens de ficção Ciro faz análises distorcidas e negativistas , talvez o filinho de papai do ARENA não saiba que uma pessoa pobre tem que se virar pra pagar as contas.

    adhemir martins da fonseca

    20/10/2019 - 10h21

    paulo cesar você e perfeito no seu comentário o ciro não entendeu nada o que o lula falou
    o ciro é um bolsonaro mais letrado e o que o torna pior que o bolsonaro,
    bolsonaro é burro idiota não sabe o que fala
    ciro, fala a besteiras consciente do que esta falando
    fora ciro marina da silva

Lucas Arruda

19/10/2019 - 15h55

Ciro tá muito preparado pra ser o Presidente. E que furada que o Lula deu kkkkkkkk Pelo visto, nem assistiu o filme.

    Francisco

    19/10/2019 - 22h24

    Não pelo visto, mas pelo escrito, é certo que tu não assistiu o filme.
    Lula obviamente assistiu.
    Já no caso de Ciro, tanto faz ter assistido ou não, lembra-se ou informam-lhe a síntese e a martela até o formato que deseja e estrepa-se como não deseja, pois é da natureza do distinto.

    adhemir martins da fonseca

    20/10/2019 - 10h24

    arruda você não entendeu nada toma um banho de arruda talvez você melhore

Mano

19/10/2019 - 14h55

O Ciro, já está mais do que provado, é um caso perdido. Não consegue conviver civilizadamente com ninguém, nem com àqueles que se mantém como seus amigos amigos por certo tempo. É possuidor da síndrome bolsonarista – um desagregador. Incapaz de reconhecer qualidades nos outros. Vai acabar sapateando em cima de si próprio.

SANDRO

19/10/2019 - 14h29

As atitudes do Ciro não o conduz a lugar nenhum, mesmo com traços bolsonarista, seu discurso objetivando cooptar a direita, o afastam até mesmo da esquerda. Cada vez mais, suas atitudes tresloucadas o mantém isolado, mesmo depois de tudo que está acontecendo nesse País, o Ciro continua refém e alheio politicamente e de si próprio, o Brizola deve estar se contorcendo.

    Pedro Accioli

    21/10/2019 - 09h19

    Meu caro! Deixa de ser bobo! O Brizola era muito atacado pelo PT e ele gostava do Ciro e o apoiou nas eleições de 2002!!!

SANDRO

19/10/2019 - 13h59

O caminho que conduz o Ciro não o leva a lugar nenhum, suas atitudes tresloucadas e com traços bolsanarista, com objetivos de cooptar votos da direita, o afastam não apenas da direita, como também dos votos que tinha da esquerda o que vem se isolando politicamente e a única que lhe resta é atacar o Lula.


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