Ranking da construção traz pela primeira vez chilenos no topo e mostra crescimento de empresas europeias na região.
Fatos e Comentários / 19:48 – 17 de out de 2019
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Em duas ocasiões, recentemente, falamos dos prejuízos ao Brasil causados por uma política equivocada, de viés ideológico, que alijou as empresas brasileiras das grandes obras de engenharia, especialmente na América Latina, região em que o potencial, pela proximidade, é maior. A decisão do BNDES de paralisar o programa de financiamento de exportação de serviços levou à suspensão de repasses no valor de US$ 11 bilhões de projetos já aprovados. É mais um efeito – perfeitamente evitável – da Lava Jato e da fúria contra as empreiteiras, que fez desabar o setor no Brasil, com perda de centenas de milhares de empregos.
O resultado pode ser visto no ranking com as 50 maiores empresas de engenharia e construção da América Latina, conhecido no mercado como CLA50, publicado pela revista Construção Latino-Americana (CLA) desde 2011. Pela primeira vez, as empresas brasileiras que integram o índice não conseguiram manter o Brasil no topo. Com faturamentos somados de apenas US$ 5,44 bilhões, as companhias nacionais ficaram atrás das chilenas, que somaram US$ 6,06 bilhões na lista de 2019 (com base no faturamento do ano passado). Em 2015, a participação brasileira no CLA50 foi de US$ 36,5 bilhões.
No vácuo criado pela Lava Jato, entraram empresas europeias. A espanhola Sacyr ficou com o segundo posto, e a portuguesa Mota-Engil se colocou em quarto, três posições acima do ranking anterior. A América Latina foi a região que mais contribuiu para o faturamento do grupo (38%).
A Odebrecht que sempre liderou o levantamento, perdeu a posição para a chilena Sigdo Koppers e nem aparece entre as dez mais. Brasileiras, no Top 10, só a MRV Engenharia (terceira) e a Mendes Júnior (sétima).
Andressa
18/10/2019 - 17h07
As empresas brasileiras eram dopadas de corrupção por tanto não passaram o teste antidoping e podem competir.
A Lava Jato fez o próprio trabalho, nada mais.
Cronicantis
18/10/2019 - 17h38
Hmmm… Dopada de corrupção…. Talvez… Agora acabamos com ela a corrupção acabou, certo? Essa é uma versão piorada do “mata o doente para acabar com a doença”. Piorada pois a “doença” é incurável e mesmo matando o “paciente” ela persiste em TODOS os outros hospedeiros (estrangeiros, que agradecem, thank you very much). Ah, sim. Sente em cima dos escombros da economia e clame, lá do alto, a vitória da moral, explicando isso aos milhões de trabalhadores da construção civil que, afinal, devem se regozijar, pois afinal (quase) morreu a corrupção.