Em 2008, o Brasil exportou aproximadamente US$ 31 bilhões em manufaturados, segundo números oficiais.
Em 2019, a exportação de manufaturados deve ficar em torno de US$ 24 bilhões.
Os números de 2019 são uma estimativa nossa, com base no desempenho já confirmado nos nove primeiros meses do ano.
Mesmo descontando que o aumento do consumo interno absorveu mais os excedentes industriais, ainda assim temos uma performance medíocre.
O item “máquinas e equipamentos de transporte” também viu sua exportação cair de US$ 44 bilhões em 2013 para US$ 32,5 bilhões em 2019.
Quando consideramos a participação percentual dos manufaturados, máquinas e equipamentos de transporte no total das exportações brasileiras, constata-se uma queda dramática: em 1997, os manufaturados respondiam por 21% das nossas exportações; hoje respondem por apenas 11%. As máquinas e equipamentos de transporte, que correspondiam a 23% das exportações brasileiras, hoje respondem por apenas 15%.
Enquanto isso, a participação da categoria de “matérias em bruto”, sem incluir comestíveis ou petróleo, subiu de 14% em 1997 para 31% em 2019.
Até 2010, poderíamos atribuir essa situação ao aumento das vendas de minério de ferro, petróleo, soja bruta, etc. As exportações de manufaturados também cresceram de maneira substancial até 2007. A partir daí, porém, assistimos a um processo de estagnação ou declínio nas exportações de produtos com maior valor agregado, seja em valores absolutos, seja em participação no total exportado.