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Estatísticas fiscais
1. Resultados fiscais
O setor público consolidado registrou déficit primário de R$13,4 bilhões em agosto, comparativamente a déficit de R$16,9 bilhões no mesmo mês de 2018. O Governo Central registrou déficit de R$16,5 bilhões, e os governos regionais e empresas estatais, superávits de R$2,7 bilhões e R$355 milhões, respectivamente.
Os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, alcançaram R$50,2 bilhões em agosto, comparativamente a R$60,1 bilhões no mesmo mês de 2018. Contribuiu para essa redução o resultado menos desfavorável das operações de swap cambial no período (perda de R$28,6 bilhões em agosto de 2018 e de R$24,5 bilhões em agosto deste ano). No acumulado em 12 meses, os juros nominais atingiram R$349,2 bilhões (4,96% do PIB), ante R$418,5 bilhões (6,22% do PIB) no período equivalente encerrado em agosto do ano anterior.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$63,6 bilhões em agosto. No acumulado em 12 meses, o déficit nominal alcançou R$444,7 bilhões (6,32% do PIB), reduzindo-se 0,21 p.p. do PIB em relação ao déficit acumulado nos 12 meses terminados em julho de 2019.
2. Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) e Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG)
A DLSP alcançou R$3.861,7 bilhões em agosto, 54,8% do PIB, reduzindo-se 0,9 p.p. em relação ao mês anterior. Esse resultado refletiu, sobretudo, o efeito da desvalorização cambial de 9,9% no mês (redução de 1,6 p.p.), a incorporação de juros nominais (aumento de 0,7 p.p.), e o crescimento do PIB nominal (redução de 0,2 p.p.). No ano, a relação DLSP/PIB aumentou 0,7 p.p., influenciada pela incorporação de juros nominais (aumento de 3,7 p.p.), pelo déficit primário (aumento de 0,3 p.p.), pelo ajuste de paridade da cesta de moedas que integram a dívida externa líquida (redução de 0,5 p.p.), pelo efeito da desvalorização cambial de 6,8% acumulada no ano (redução de 1,1 p.p.), e pelo crescimento do PIB nominal (redução de 1,6 p.p.).
A DBGG – que compreende o Governo Federal, o INSS e os governos estaduais e municipais – alcançou R$5.617,7 bilhões em agosto, equivalente a 79,8% do PIB, elevando-se 0,8 p.p. relação ao mês anterior. Contribuíram para essa evolução a incorporação de juros nominais (aumento de 0,5 p.p.), as emissões líquidas de dívida do governo geral (aumento de 0,1 p.p.), o ajuste decorrente da desvalorização cambial (aumento de 0,4 p.p.) e o crescimento do PIB nominal (redução de 0,3 p.p.). No ano, houve crescimento de 2,6 p.p. na relação DBGG/PIB, decorrente, em especial, da incorporação de juros (aumento de 4,0 p.p.), de emissões líquidas de dívida (aumento de 0,6 p.p.), do ajuste decorrente da desvalorização cambial (aumento de 0,3 p.p.) e do crescimento do PIB nominal (redução de 2,3 p.p.).
Everton Garcia
01/10/2019 - 10h06
Nos ultimos 20 anos as contas publicas foram completamente devastadas irreparavelmente.
Netho
30/09/2019 - 19h56
O que importa é a Dívida Líquida Consolidada do Setor Público.
O mais relevante não é a proporção da DLCSP mas o prazo de rolagem do endividamento e o custo de carregamento das amortizações do principal e dos juros.
Nesse sentido, o prazo de amortização do principal e do pagamento de juros já foi mais longo.
Agora é mais curto.
Essa é a razão pela qual a política monetária do BC é a razão central do estrangulamento dos investimentos e constrangedora do crédito disponível para o consumo das famílias e para que a oferta ande na frente da demanda agregada.