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Importações de derivados de petróleo crescem 55% em 4 anos

O Brasil nunca importou tanto derivado de petróleo como nos últimos anos, apesar da profunda crise econômica. Segundo o Comexstat, o serviço estatístico do governo, o Brasil importou 67,7 bilhões de reais em derivados de petróleo no acumulado de 12 meses encerrado em agosto, um aumento de 6% sobre o ano anterior, e um recorde […]

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O Brasil nunca importou tanto derivado de petróleo como nos últimos anos, apesar da profunda crise econômica.

Segundo o Comexstat, o serviço estatístico do governo, o Brasil importou 67,7 bilhões de reais em derivados de petróleo no acumulado de 12 meses encerrado em agosto, um aumento de 6% sobre o ano anterior, e um recorde histórico.

Para efeito de comparação: o lucro líquido da Petrobrás, a maior empresa do país, no primeiro semestre de 2019, foi de R$ 22,9 bilhões.

Em 4 anos, as despesas com importação de derivados cresceram 55%.

Somando os últimos 4 anos, o Brasil importou R$ 226,4 bilhões em derivados de petróleo.

Estamos considerando apenas os principais derivados importados pelo Brasil, como óleo diesel, nafta, gás natural, gasolina, ureia (usado como fertilizante) e querosene de avião.

O principal fornecedor desses derivados tem sido os Estados Unidos, cujas vendas para o Brasil cresceram 18% nos últimos 12 meses, e 205% na comparação com 4 anos atrás.

No acumulado de 12 meses até agosto, os EUA exportaram um total de R$ 33 bilhões em derivados de petróleo. Somando os últimos 4 anos, os EUA já nos exportaram, em derivados, um total de R$ 93 bilhões.

Os derivados de petróleo já são, de longe, a principal despesa da nossa balança comercial, com destaque para o óleo diesel, cuja importação nos custou US$ 6,17 bilhões ou R$ 25 bilhões nos últimos 12 meses até agosto deste ano.

As importações de gasolina americana experimentaram uma forte alta de 44%, nos últimos 12 meses; com isso a participação dos EUA no total de gasolina importado pelo Brasil atingiu o recorde de 53%.

Os EUA também responderam por 85% de todo o óleo diesel importado pelo Brasil.

Abaixo, a tabela com os principais produtos importados pelo Brasil no acumulado de 8 meses dos últimos anos. Atenção para uma coisa: a tabela abaixo corresponde a apenas 8 meses acumulados, à diferença das tabelas acima, que trazem acumulados de 12 meses.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Alan C

06/09/2019 - 18h27

Nessa parte o Pedro Parente, um dos maiores bandidos lesa-pátria que este país teve o desprazer de conhecer, um dia terá que se explicar.

A Petrobrás, sob “gestão” desse verme fez a opção de perder o mercado de derivados de petróleo, algo inédito na história do mundo capitalista!

Como se não bastasse tamanho absurdo contra o estado brasileiro (esse mesmo estado que esses animais dizem que não vale nada mas não param de parasitá-lo e não vivem sem ele) esse bandido permitiu a entrada de mais de 150 empresas estrangeiras de derivados de petróleo, ou seja, tirou de forma deliberada a Petrobrás de cena para que essas empresas ocupassem o espaço.

Peraí, não acabou não, tem mais, entre essas mais de 150 empresas, uma das maiores importadoras desses derivados é a Glencore, pertencente ao grupo Bunge.

Dou apenas uma chance pra vcs adivinharem quem foi o presidente desse grupo…

Tem golpe no Brasil não, tem não….

    NeoTupi

    06/09/2019 - 20h31

    Desse eu não sabia. Mas pode desistir da ideia de que um dia ele terá que explicar. Em 2001/2002 ele era do Conselho da Administração da Petrobras e aprovou a troca de ativos da Petrobras no Brasil por ativos da Repsol na Argentina em pleno curralito. O mercado recebeu essa operação tão mal que as ações da Petrobras cairam 7% no dia (consenso que era um péssimo e inexplicável negócio). Um mês depois a Petrobras Argentina contabilizava prejuízo de R$ 2 bilhões (em dinheiro de hoje) no balanço por causa da desvalorização do peso (totalmente prevista por todos e anunciada). Parente era réu em Ação Civil Pública por esse rombo, quando Temer o nomeou presidente da BR. Nunca poderia colocar os pés na Petrobras de novo depois desse rombo.
    Fonte: https://www.redebrasilatual.com.br/blogs/2016/03/stf-desengaveta-investigacao-do-rombo-de-us-2-3-bilhoes-na-petrobras-sob-fhc-tera-punicao-2284/

      Alan C

      08/09/2019 - 01h08

      2 bilhões significa “somente” um terço do que a farsa jato diz que foi a “corrupção do PT” na Petrobrás.
      Vejam bem, um cara foi responsável, do dia pra noite, sem fazer muito esforço, como por exemplo combinar propina em um contrato, de 1/3 de tudo que a Petrobrás perdeu em 14 anos de governo petista segundo o bandido marreco.

      Tem golpe não…..

Paulo

06/09/2019 - 16h56

E assim a tão propalada “economia” com a Previdência esvair-se-á quase “pari passu” com as compras de derivados…

NeoTupi

06/09/2019 - 15h27

Vai piorar com a BR distribuidora privatizada. Agora os postos BR poderão comprar gasolina e diesel importado de petroleiras estrangeiras. Toda vez que quiserem desovar estoques no Brasil, ou mandar capitais para fora, poderão importar, deixando a Petrobras entrar em crise para ser vendida na bacia das almas.

    Alan C

    08/09/2019 - 01h12

    A BR Distribuidora privatizada simplesmente vai fechar o ciclo de qualquer coisa derivada de petróleo para uso do povo brasileiro.

    O direitosca e seus eleitores não queriam “liberalismo”?? (como se isso fosse algo sequer parecido com liberalismo)… Então bolsominion, aproveita pra estocar gasolina agora que tá “barato” a R$ 5…

    Seus trouxas!


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