IBGE: trabalho informal explode no país

Os números do mercado de trabalho divulgados hoje pelo IBGE, referente ao trimestre terminado em julho, mostram que os brasileiros estão se virando.

O desemprego caiu quase 5% em relação ao trimestre anterior, mas se manteve estável em relação ao mesmo período de 2018.

Hoje temos 11,8% da população na força de trabalho (14 anos ou mais de idade) em situação de desemprego, o que corresponde a 12,56 milhões de pessoas.

Entretanto, os empregos novos gerados, segundo o IBGE, estão extremamente concentrados no setor informal da economia: são empregos informais no setor privado, informais no setor público (!) e trabalhos “por conta própria” sem CNPJ.

A quantidade de brasileiros trabalhando no setor privado sem carteira assinada cresceu 441 mil na comparação com o trimestre anterior; hoje já são 11,6 milhões de brasileiros trabalhando no setor privado sem carteira.

Entre os trabalhadores domésticos, também houve um brutal processo de informalização; a geração de empregos neste segmento foi puxada exclusivamente por trabalhos sem carteira, que cresceram 149 mil; hoje são 4,5 milhões de trabalhadores domésticos sem carteira, contra 1,75 milhão com carteira.

No setor público, surpreendentemente, ocorre também o fenômeno do trabalho sem carteira assinada: no trimestre encerrado em julho, o número de trabalhadores no setor público sem carteira cresceu 235 mil sobre o trimestre anterior; hoje há 2,5 milhões de brasileiros trabalhando no setor público sem carteira.

Por fim, no segmento de trabalho por conta própria, o número de brasileiros cresceu expressivamente, e hoje são 24,22 milhões trabalhando por conta  própria; a maioria, porém, ou 19,4 milhões, ou 80% do total, não tem CNPJ.

 

Outros gráficos bastante ilustrativos da realidade sofrida dos brasileiros mostram a taxa de subtilização, que soma brasileiros que não trabalham número suficiente de horas, desocupados e desalentados (que desistiram de procurar emprego). Essa taxa bateu recorde de 28,1 milhões de brasileiros.

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