Os números mais preocupantes informados hoje, no relatório do Tesouro Nacional sobre as contas públicas, são o baixíssimo nível de investimento no acumulado de 12 meses até julho de 2019, de apenas 0,71% do PIB. Em valores, foram apenas R$ 49,9 bilhões de investimentos nos últimos 12 meses, queda brutal sobre os 12 meses terminados em julho de 2018.
Só não foi o “pior da história” porque 2016, ano do impeachment, foi ainda pior, apenas R$ 49,0 bilhões ou 0,70% do PIB. Entretanto, como 2016 ainda estava relativamente próximo de anos em que o investimento público no país era alto (em 2014, atingiu o pico, de 1,34% do PIB, ou R$ 102,7 bilhões), pode-se afirmar que a situação dos últimos 12 meses não tem paralelo na história.
Contas públicas têm déficit de R$ 5,9 bi, o menor em 5 anos
Publicado em 29/08/2019 – 12:17
Por Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil Localização
Agência Brasil — As contas públicas fecharam julho com o melhor resultado para o mês desde 2014. O déficit primário, que são as receitas menos as despesas, sem considerar os gastos com juros, ficou em R$ 5,995 bilhões, informou hoje (29) a Secretaria do Tesouro Nacional.
Em julho de 2018, o déficit primário do Governo Central foi maior: R$ 7,488 bilhões. “Essa melhora é explicada, pela elevação real da receita líquida em R$ 4,3 bilhões (3,9%) acima da elevação real da despesa total de R$ 2,6 bilhões (2,2%)”, diz o Tesouro.
Nos sete meses do ano, o Governo Central registrou déficit primário de R$ 35,249 bilhões. Em 2018, o déficit acumulado nos sete primeiros meses atingiu R$ 39,081 bilhões.
Segundo o Tesouro, a redução do déficit primário no acumulado até julho decorreu da “diminuição das despesas discricionárias (não obrigatórias) que, até julho de 2019, foram R$ 12 bilhões inferiores às do mesmo período de 2018”. Além disso, no acumulado, a receita líquida apresentou elevação real de R$ 2,6 bilhões.
Meta
Para este ano, a meta de déficit primário está estipulada em R$ 139 bilhões. Para atingir essa meta, o governo já contingenciou (bloqueou) R$ 31,22 bilhões do orçamento deste ano.
Edição: Maria Claudia
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Abaixo, alguns gráficos da apresentação e do relatório.