Para 60% da população, reforma da Previdência é necessária
A maioria dos brasileiros entende ser necessária uma reforma da Previdência. Quando perguntados se, de forma geral, concordam ou não com a necessidade de se realizar uma reforma do sistema previdenciário, 60% dos brasileiros se mostram favoráveis. Entretanto, ao serem questionados sobre seu posicionamento em relação à proposta de reforma previdenciária apresentada pelo Governo Federal, 41% dos brasileiros disseram ser a favor, enquanto que 44% dizem ser contra.
Quando o grupo analisado é apenas o de pessoas que afirmam saber que o governo federal apresenta uma proposta e, além disso, ter conhecimento do seu conteúdo (35% dos entrevistados), 52% do grupo é favorável à proposta e 46% é contrário. Na pesquisa realizada em abril e divulgada em maio de 2019, o percentual favorável foi de 42%, o que mostra um aumento, em um curto período de tempo, no apoio à proposta entre os entrevistados que conhecem seu conteúdo.
Entre o total de entrevistados que são contrários à proposta de reforma previdenciária apresentada pelo governo federal, a principal justificativa, apontada por 19%, é o entendimento de que a idade mínima contida na proposta é elevada.
Vale destacar, contudo, que a maior parte da população (73%) acredita na necessidade de adoção de uma idade mínima para a aposentadoria. O ponto crítico nesse debate é exatamente a definição da idade a ser estabelecida como mínima para fins previdenciários.
É elevado o percentual de pessoas que entendem que a aposentadoria deve ocorrer até os 60 anos (80% dos respondentes). Mas, é possível perceber que tem crescido o percentual de pessoas que acredita que a aposentadoria deve ocorrer com 61 anos ou mais. Em 2007, esse percentual era de 8% e, em junho de 2019, subiu para 19%.
Embora 19% dos brasileiros entendam que a aposentadoria deve acontecer após os 60 anos, mais de um terço (36%) pretende continuar a trabalhar depois dessa idade, mesmo que já receba aposentadoria.
No que diz respeito às diferentes regras de aposentadoria para alguns grupos de pessoas, a maioria acredita que esses tratamentos especiais devem ser mantidos para trabalhadores rurais (64%), professores (62%), mulheres (60%), militares e Forças Armadas (57%) e policiais civis (56%). No sentido oposto, a população entende que os políticos (73%) e os servidores públicos (55%) devem estar sujeitos às mesmas regras que os demais trabalhadores, ou seja, não merecem um tratamento diferenciado.
Quanto às regras de pensão, 56% dos brasileiros defendem que o valor da pensão das(os) viúvas(os) cresça conforme aumente o número de filhos menores de idade. Além disso, nos casos em que há acúmulo de aposentadoria e pensão, 63% dos entrevistados acreditam que o valor recebido deve ser menor para quem tem renda familiar mais elevada e maior para quem tem renda familiar mais baixa.
Quando perguntados se estariam dispostos a pagar mais impostos para manter as regras previdenciárias atuais, 84% dos brasileiros dizem que não estão dispostos a pagar mais.
Em relação ao planejamento das pessoas para o futuro, destaca-se o fato de 69% dos brasileiros desejarem se sustentar na velhice com renda proveniente do INSS, ainda que não seja a única fonte de recursos. Entretanto, menos da metade (49%) afirma contribuir para o INSS. A falta de trabalho com carteira assinada foi a principal razão apontada por aqueles que não contribuem (39%).
Nelson
23/08/2019 - 17h07
Sabe aquela frase atribuída ao filósofo francês, Joseph-Maire de Maistre: “cada povo tem o governo que merece”. Começo a me convencer de que grande pate do povo brasileiro não merece governo melhor.
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A “reforma” da Previdência representa mais um grande roubo, um enorme roubo dos direitos do povo brasileiro e ainda aparece quem esteja a favor. É de jogar a toalha.
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Ah, tem aqueles que conhecem o conteúdo da reforma? Mas, estes mesmos conhecem como funciona a Previdência? Conhecem como é feita a arrecadação de recursos que são a ela destinados? Conhecem a imensa sonegação do empresariado privado e até mesmo de instituições públicas? Eles conhecem a monumental quantidade de recursos que diversos governos vêm surrupiando da Previdência?
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A Unafisco, a Anfip, o Sinprofaz, o Dieese e outras instituições oferecem dados completos que respondem a todas as perguntas que relacionei acima. Dados que arrasam com toda a alegação dos governos em favor da reforma. Dados que desmentem o tão alardeado déficit.
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Além disso, tivemos a CPI realizada pelo Senado Federal em 2017, durante mais de 6 meses, que só veio a confirmar o que já havia sido levantado pela instituições que citei. CPI cujo relatório final foi assinado e aprovado por todos os seus integrantes. E olha que dela participaram senadores da base de apoio do governo de MiShell Temer, governo que já queria ter feito a “reforma” e aniquilado com a Previdência.
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Basta buscar na Internet e esses dados estarão lá, disponíveis.
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Mas, o povo brasileiro, ou a maioria dele, prefere se informar na Globo, Band, SBT, Record, Veja, Quantoé, RBS, ZH e outros órgãos de imprensa “fideginos”. Orgãos que, uma vez mais, se empanturraram, seguem se empanturrando, de recursos públicos para mentirem para nós afirmando que a “reforma” vai salvar a aposentadoria de todos.
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Então, amigo. Será que merecemos algo melhor?
Paulo
23/08/2019 - 09h00
Tem burro pra tudo. Atiram no próprio pé. E grassa a desinformação. Vejam este trecho:
“No sentido oposto, a população entende que os políticos (73%) e os servidores públicos (55%) devem estar sujeitos às mesmas regras que os demais trabalhadores, ou seja, não merecem um tratamento diferenciado.”
Oras, os servidores estão sendo escorchados, por essa Reforma. Não há, precisamente, tratamento igualitário algum…