Por Eduardo Peret
22/08/2019 09h00 | Atualizado em 22/08/2019 10h15
Agência IBGE — O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,08% em agosto, próximo dos 0,09% registados em julho. Essa é a menor taxa para o mês desde 2010, quando o índice ficou em -0,05%.
Novamente, a queda nos preços dos combustíveis (-1,70%) impactou o grupo dos Transportes (-0,78%), pressionando o índice geral para baixo. Também tiveram queda as passagens aéreas (-15,57%), além dos grupos de Alimentação e Bebidas (-0,17%) e Saúde e Cuidados Pessoais (-0,32%).
Por outro lado, a maior influência positiva veio do grupo Habitação (1,42%), com destaque para a energia elétrica (4,91%), que registrou sua sétima alta mensal consecutiva. A bandeira tarifária passou da amarela (R$ 1,50 para cada 100 quilowatts-hora) para a vermelha (R$ 4,00), influenciando aumentos em todas as áreas pesquisadas. Também houve reajustes no gás encanado (0,20%) e na água e esgoto (1,01%).
A queda registrada no grupo de Alimentação e Bebidas (-0,17%) se deveu especialmente à alimentação no domicílio, que caiu 0,45%. Os principais destaques negativos do grupo foram o tomate (-14,79%), a batata-inglesa (-15,09%), as hortaliças (-6,26%) e o feijão carioca (-5,61%).
NeoTupi
22/08/2019 - 14h17
Inflação alta para um país em recessão. Note que os setores varejistas, que dependem da decisão do consumidor, estão em deflação. Praticamente só preços controlados subiram.
E uma má notícia: o dólar voltou a subir, então a queda na gasolina será revertida, além de impactar no preço de importados.
Uma curiosidade sobre a metodologia: no caso de passagens aéreas é meio complicado apurar inflação mensal, quando se compara meses de alta temporada com baixa temporada. Para o setor, é mais significativo comparar com o mesmo mês do ano anterior.