A entrevista de Gleisi ao UOL

A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, concedeu entrevista ao UOL, que foi publicada hoje.

O texto da entrevista, assinado por Luiza Souto, está aqui.

Gleisi enfatiza que deseja permanecer como presidente do partido.

Abaixo, alguns trechos:

(…) Sobre a eleição da presidência do PT, em novembro, o que o partido ganha mantendo a senhora no cargo?

Como sou a primeira presidenta, a referência para as outras mulheres petistas e também para as mulheres que fazem política é muito grande. É o maior partido de esquerda do Brasil e da América Latina, e assumir essa presidência mostra que o PT tem uma política de comprometimento com a participação das mulheres nos seus processos decisórios.

Nós somos o primeiro partido a implantar cotas para as mulheres nas direções. Começamos com 30% e hoje nós temos 50%. Não tenho dúvidas de que sou consequência dessa política. Eu gostaria muito de continuar no cargo. Meu nome está à disposição.Uma ala do PT gostaria que a senhora não disputasse a presidência novamente.

Por que a senhora incomoda?

Faz parte da trajetória do PT e do nosso histórico. É muito difícil o PT ter uma unanimidade. Óbvio que tem pessoas que têm críticas à minha gestão, por eu ter sido mais afirmativa, mais combativa, mais aguerrida, mas achava que era o momento de ser assim. Nós tínhamos sido destroçados por um golpe que retirou Dilma da Presidência da República, depois prenderam o Lula, que é o maior líder político popular do Brasil. Precisava ter uma posição de mais enfrentamento.

Há setores do partido que acharam que tinha que ter um tom abaixo. Cada um colabora com a política e com o partido dentro do seu estilo. Acredito que se eu agisse diferente, não seria eu e não daria minha contribuição para política como eu acho que estou dando.

O partido pensa em uma mulher para as próximas eleições presidenciais?

Não temos nenhuma discussão para 2022. Primeiro porque nós temos a figura do Lula, e apostamos muito que o Lula saia da prisão, porque é injusta e ilegal. O Lula é uma grande liderança do partido, e tendo condições de disputar, não teria dúvidas de que o PT disputaria com ele. Obviamente, se isso não acontecer, tem o nome forte no partido que é o do Fernando Haddad, que já foi nosso candidato a presidente. Não formamos candidatos e não construímos lideranças de uma hora para outra. Obviamente, ele é um dos nossos nomes para 2022, não tenho dúvidas disso. Mas está muito cedo para discutir a eleição de 2022.

Redação:
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