O final da entrevista do Ministro da Educação para o programa Morning Show da Jovem Pan é um exemplo primoroso de como funciona o método baixo de provocação e desrespeito da extrema direita brasileira.
O sadismo presente na fala do ministro Abraham Weintraub (com eco nas risadas do astro governista Caio Coppola), por exemplo, representa bem o fortalecimento do bolsonarismo radical e exacerbado.
Não à toa, os ataques violentos aos inimigos do governo (atualmente, qualquer pessoa que defenda os direitos humanos) aumentam cada dia mais.
Além disso, vale observar como essa galera ama bater no Lula, mesmo com a lista de inimigos do governo crescendo exponencialmente – temos aí um grupo seleto que vai de Felipe Neto até Reinaldo Azevedo.
Vejam que Weintraub não consegue sequer esconder o prazer com as dores do petista e dos seus milhões de apoiadores (como já dizia Freud, quando Pedro fala de Paulo…).
Aliás, convenhamos: o ministro da educação usar uma entrevista chapa branca para tripudiar do Lula nos faz lembrar aqueles vilões clássicos, que só destilam sua alegria tóxica quando sabem que não receberão o contra ataque.
Ou seja, nem na dialética “vilão x herói” o bolsonarismo conseguiu reproduzir antagonistas mais completos e interessantes como o cinema nos apresentou o Thanos, o Bane ou o Killmonger.
Por fim, vale lembrar pra aqueles que apostam na falsa simetria dos extremos no Brasil (Djonga já tá no terceiro álbum e a galera ainda está enxergando em 2D) que não contrapor esse governo, por medo de alimentar o petismo, é um erro crasso.
O sadismo que Bolsonaro sempre apresentou a falar da esquerda brasileira, inclusive para homenagear torturadores e assassinos como Ustra e
Stroessner, está se institucionalizando cada vez mais. A farsa está em andamento.
E o final dessa história a gente já conheceu, algum bocado de vezes, como tragédia.