Os números do IBGE para o mercado de trabalho, divulgados hoje, ainda estão extremamente ancorados na geração de empregos sem carteira assinada e de trabalhos por conta própria sem CNPJ, que oferecem salários ou renda muito inferiores àqueles formalizados.
A deterioração da qualidade do trabalho e, sobretudo, da renda, tem sido muito acelerada.
A subutilização, que soma o desemprego propriamente dito ao subemprego (pessoas que trabalham menos que seu potencial), bateu recorde: 25 milhões de pessoas.
Taxa Composta de subutilização – trimestres de abril a junho – 2012/2019 Brasil (%)
No trimestre terminado em junho, foram gerados 671 mil empregos no setor privado (na comparação com o primeiro trimestre), mas a maior parte destes, 376 mil, ou 56%, foram empregos sem carteira, com salário médio de R$ 1.372; ainda no setor privado, foram também gerados 294 mil empregos com carteira, com salário médio de R$ 2.192.
No setor público foram gerados 299 mil empregos, mas houve um processo de desformalização porque apesar da geração de 105 mil postos com carteira, houve a destruição de 119 mil empregos no setor de militares e estatutários; o setor público apenas não ficou negativo porque contratou 312 mil trabalhadores sem carteira. Os salários médios desses trabalhadores sem carteira do setor público (R$ 1.890) é, naturalmente, muito inferior ao dos estatutários (R$ 4.134) e dos formais (R$ 3.814).
No campo dos trabalhos por conta própria, houve recuo no segmento com CNPJ e uma forte alta, de 402 mil vagas, no segmento sem CNPJ. A renda mensal média do trabalho por conta própria com CNPJ é de R$ 3.194, enquanto a do sem CNPJ é de R$ 1.320,00.
No campo do trabalho doméstico, houve estagnação no segmento com carteira assinada (com salário médio de R$ 1.264), mas alta de 136 mil postos de trabalho no sem carteira (com salário de R$ 763).
A renda média do trabalhador caiu ao menor nível em oito meses, para R$ 2.290,00.
Confira aqui a íntegra do quadro sintético do IBGE para o mercado de trabalho no país em junho de 2019.
Eu separei os trechos principais do quadro:
Confira abaixo a reportagem divulgada pelo IBGE:
No IBGE
PNAD Contínua: taxa de desocupação é de 12,0% e taxa de subutilização é 24,8% no trimestre encerrado em junho de 2019
31/07/2019 09h00 | Atualizado em 31/07/2019 09h12
No trimestre encerrado em junho de 2019, a taxa de desocupação (12,0%) recuou 0,7 pontos percentuais (p.p.) em relação ao trimestre de janeiro a março de 2019 (12,7%) e caiu 0,4 p.p. na comparação com o mesmo trimestre de 2018 (12,4%).
A população desocupada (12,8 milhões de pessoas) recuou (-4,6%, ou menos 621 mil pessoas em busca de trabalho) frente ao trimestre anterior e ficou estatisticamente estável em relação a igual período de 2018.
A população ocupada (93,3 milhões de pessoas) cresceu em ambas as comparações: 1,6% (mais 1.479 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 2,6% (mais 2.401 mil pessoas) na comparação como o mesmo período de 2018.
A população fora da força de trabalho (64,8 milhões de pessoas) recuou em ambas as comparações: -0,8%, ou menos 494 mil pessoas frente ao trimestre anterior e -1,0%, ou menos 621 mil pessoas frente ao mesmo trimestre do ano anterior.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho (24,8%) não teve variação estatisticamente significativa tanto em relação ao trimestre anterior (25,0%) quanto ao mesmo trimestre móvel de 2018 (24,5%).
A população subutilizada (28,4 milhões) não teve variação significativa frente ao trimestre anterior e subiu 3,4% (mais 923 mil pessoas) frente ao mesmo tri de 2018.
O número de pessoas desalentadas (4,9 milhões) não mostrou variação significativa em ambas as comparações. O percentual de pessoas desalentadas em relação à população na força de trabalho ou desalentada foi de 4,4%, repetindo o recorde da série e mantendo estabilidade em ambas as comparações.
O número de empregados no setor privado com carteira assinada (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 33,2 milhões de pessoas, subindo em ambas as comparações: 0,9% (mais 294 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 1,4% (mais 450 mil pessoas) frente ao mesmo período de 2018. Mas o número de empregados sem carteira assinada (11,5 milhões de pessoas) também subiu em ambas as comparações: 3,4% (mais 376 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 5,2% (mais 565 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2018.
O número de trabalhadores por conta própria (24,1 milhões) bateu novo recorde da série histórica e subiu nas duas comparações: 1,6% (mais 391 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 5,0% (mais 1.156 mil pessoas) frente ao mesmo período de 2018.
O rendimento médio real habitual (R$ 2.290) caiu 1,3% frente ao trimestre anterior e não teve variação significativa frente ao mesmo trimestre de 2018. Já a massa de rendimento real habitual (R$ 208,4 bilhões) ficou estável em relação ao trimestre anterior e cresceu 2,4% (mais R$ 4,8 bilhões) frente ao mesmo período de 2018.
A taxa de desocupação foi estimada em 12,0% para o trimestre móvel de abril a junho de 2019 e caiu 0,7 pontos percentuais (p.p.) em relação ao trimestre de janeiro a março de 2019 (12,7%). Na comparação com o mesmo trimestre móvel de 2018, quando a taxa foi estimada em 12,4%, também houve queda (-0,4 ponto percentual).
No trimestre móvel de abril a junho de 2019, havia aproximadamente 12,8 milhões de pessoas desocupadas no Brasil. Este contingente recuou (-4,6%, ou menos 621 mil pessoas em busca de trabalho) frente ao trimestre anterior e ficou estatisticamente estável em relação a igual período de 2018.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho foi estimada em 24,8% no trimestre móvel de abril a junho de 2019 e não mostrou variação estatisticamente significativa em ambas as comparações: nem em relação ao trimestre de janeiro a março de 2019 (25,0%) quanto ao mesmo trimestre móvel de 2018 (24,5%).
O número de pessoas subutilizadas no Brasil chegou a 28,4 milhões no trimestre de abril a junho de 2019, sem mostrar variação significativa frente ao trimestre de janeiro a março de 2019. No confronto com igual trimestre de 2018, esta estimativa cresceu 3,4%, ou mais 923 mil pessoas subutilizadas.
O número de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas chegou a cerca de 7,4 milhões no trimestre de abril a junho de 2019, um recorde da série histórica. Houve um aumento de 8,7% em relação ao trimestre anterior, ou mais 587 mil subocupados. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior houve uma alta de 13,8%, o equivalente a mais 892 mil pessoas subocupadas.
O contingente na força de trabalho potencial, no trimestre de abril a junho de 2019, foi estimado em 8,3 milhões de pessoas e permaneceu estável em ambas as comparações.
O contingente fora da força de trabalho, no trimestre de abril a junho de 2019 chegou a 64,8 milhões de pessoas, com quedas em ambas as comparações: -0,8% (menos 494 mil pessoas) contra o trimestre anterior e -1,0% (menos 621 mil pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2019.
O contingente de pessoas desalentadas foi estimado 4,877 milhões no trimestre de março a maio de 2019. Houve estabilidade em ambas as comparações. Já o percentual de pessoas desalentadas em relação à população na força de trabalho ou desalentada foi estimado em 4,4% e repetiu o recorde da série histórica, ficando estável em ambas as comparações.
A força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), no trimestre de abril a junho de 2019, foi estimado em 106,1 milhões de pessoas. Esta população apresentou um incremento de 858 mil pessoas (0,8%), comparada com o trimestre anterior. Frente ao mesmo trimestre de 2018, houve alta de 2,2% (mais 2,2 milhões de pessoas).
A população ocupada foi estimada em aproximadamente 93,3 milhões. Houve aumentos em ambas as comparações: de 1,6% (mais 1.479 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 2,6% (mais 2.401 mil pessoas) contra o mesmo trimestre de 2019.
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) chegou a 54,6% no trimestre de abril a junho de 2019 e cresceu em ambas as comparações: 0,8 p.p. frente ao trimestre anterior e 0,9 p.p. comparado ao mesmo trimestre de 2018.
O contingente de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada (exclusive trabalhadores domésticos), estimado em 33,2 milhões de pessoas, cresceu em ambas as comparações: 0,9% (o equivalente a 294 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 1,4% (mais 450 mil pessoas) frente ao mesmo trimestre do ano anterior.
O número de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (11,5 milhões de pessoas) também cresceu em ambas as comparações: 3,4% (um incremento de 376 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 5,2% (mais 565 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
O contingente de trabalhadores por conta própria chegou a 24,1 milhões de pessoas, o recorde da série histórica. Houve crescimento em ambas as comparações: 1,6% (mais 391 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 5,0% (mais 1,2 milhão de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2018.
A categoria dos empregadores chegou a 4,4 milhões de pessoas, sem variações significativas em ambas as comparações.
O número de trabalhadores domésticos, estimado em 6,3 milhões de pessoas, cresceu 2,4% em relação ao trimestre anterior e ficou estável frente ao mesmo trimestre de 2018.
O grupo dos empregados no setor público (inclusive servidores estatutários e militares), estimado em 11,7 milhões de pessoas, apresentou aumento de 2,6% frente ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo trimestre de 2018, não houve variação estatisticamente significativa.
O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimado em R$ 2 290 no trimestre de abril a junho de 2019, com queda de 1,3% frente ao trimestre anterior e estabilidade em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
A massa de rendimento real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimada, para o trimestre móvel de abril a junho de 2019, em R$ 208,4 bilhões de reais. Houve estabilidade em relação ao trimestre anterior e alta de 2,4% frente ao mesmo trimestre de 2018, o que representa um acréscimo de R$ 4,8 bilhões na massa de rendimentos.
LUPE
01/08/2019 - 15h46
Caros leitores
Governo de direita é isso aí.
Compare ,
o Brasil antes de 2013 quando a direita nacional entrou em ação com a Lava Jato
e o Brasil antes da direita internacional entrar em ação
com a criminosa queda geopolítica do preço do barril de petróleo em 2014 a 2015:
Clique em
https://jornalggn.com.br/noticia/fhc-vs-lula-dilma-um-quadro-comparativo/
Depois vêm “comentaristas” dólares etc ter a cara de pau de (ainda) dizer que o culpado …… é o ……………………………………….. PT !!!!!!!
Renato
01/08/2019 - 14h56
A bosta cagada na sala pelos governos petistas continua fedendo !
maria do carmo
01/08/2019 - 13h01
Virou moda governador Doria tambem usa Deus em vao, logico pleiteando a presidencia, o povo nao e trouxa, todos que usam Deus em vao na politica, nao passam de criminosos oportunistas, vide bolsonaro tirano mentiroso, dalaghol dinheirista e outros iguais, todos charlatoes exploradores dos humildes credulos, so que o povo esta vacinado nao e mais trouxa desses bandidos criminosos!!!
Lord Joseph Weed III
01/08/2019 - 12h21
E o Mangabeira , guru de Ciro , vai fazer parte do governo do fascista , genocída , e pior , bolsonarista Witzel.
putin
01/08/2019 - 11h25
produçao industrial em 12 meses -5.9%… mas com certeza tem ainda 2 o 3 bolsotontos que acreditam que é culpa de tutankamon.
agora vamos fazer o “acordo comercial” com os ladroes unidos, assim vamos cair de vez.
que é o unico objetivo desse “governo”.
Alan C
01/08/2019 - 10h56
Quais as medidas da bozolândia pra atacar o problema mesmo???….
Marcio
01/08/2019 - 11h19
Informe-se.
Lord Joseph Weed III
01/08/2019 - 12h18
Se você tivesse algo para dizer sobre isso diria.
Hahaha
Marcio
01/08/2019 - 12h31
Eu nào tenho nada a dizer sobre isso pois nào me interessa.
Alan C
01/08/2019 - 19h39
Não tem nada a dizer pq não tem nada a dizer.
Gilmar Tranquilão
01/08/2019 - 16h11
a típica resposta de quem não tem o que dizer kkkkkkkkkk
Alan C
01/08/2019 - 19h40
eternamente
Renato
01/08/2019 - 15h02
Conceder milionárias isençoes fiscais; fazer o Estado brasileiro intervir profundamente na economias; baixar artificialmente o valor da energia elétrica; voltar a subsidiar a gasolina e o óleo díesel; fazer o brasileiro financiar obras na Venezuela; em Cuba e em países africanos; Injetar grana pública para formar campeoes nacionais. Essas; medidas que deram certo nos governos petistas ; serao as medidas adotadas pelo governo Bolsonaro !
Paulo
31/07/2019 - 23h22
E segue a pleno vapor a precarização do trabalho…
Guilherme Nagano
01/08/2019 - 12h54
No mundo inteiro esta assim! É um fenômeno global! Agora tentar colocar no colo do Bolsonaro o desastre economico do regime PT, p mim é forçar a barra!
Renato
01/08/2019 - 15h04
É mellor a precarizaçao do traballo de Bolsonaro do que o trabalho nenhum de Dilma; né !
Edibar
01/08/2019 - 17h01
pois é….
Menos muletas estatais (leia-se “direitos”) com mais trabalho ou mais muletas estatais com menos trabalho? o que é melhor??
Alan C
01/08/2019 - 19h14
Pergunta idiota de pobre de direita tosco.
Para de falar merda! Onde isso aconteceu no mundo??? Larga de ser gado!
Marcio
01/08/2019 - 19h21
Italia.
Alan C
01/08/2019 - 19h38
Obrigado pela fonte kkk
Marcio
01/08/2019 - 19h47
Vocè sabe de tudo que aconteçe no Mundo, nào precisa de fonte.
Alan C
01/08/2019 - 19h54
Não mostrou fonte pq não tem fonte, sabemos.
NeoTupi
31/07/2019 - 14h54
É o Brasil voltando a passos largos para o século XIX. Como se não bastasse, hoje o Bozo anuncia que vai legalizar o trabalho análogo a escravidão.
Marcio
01/08/2019 - 13h19
Nunca sai de lá.
Renato
01/08/2019 - 15h25
Mellor do que Lula e Dilma que legalizaram o traballo da corrupçao !
Batista
01/08/2019 - 15h57
Confessa!
Até tu anda mais que cansado por ter que ficar customizando duplos twists carpados para justificar o injustificável, né?
Gilmar Tranquilão
01/08/2019 - 16h09
Ah, melhor que Dom Pedro II tb né?? kkkkkkkkkkkkkkk
Alan C
01/08/2019 - 19h47
Melhor que Dom João VI