Dívida pública líquida, por sua vez, cresce 1,1 pontos e chega a 55% do PIB, em junho de 2019.
Estatísticas fiscais
1. Resultados fiscais
O setor público consolidado registrou déficit primário de R$12,7 bilhões em junho, comparativamente a déficit de R$13,5 bilhões no mesmo mês do ano anterior. O Governo Central, os governos regionais e as empresas estatais registraram, na ordem, déficits de R$12,2 bilhões, R$55 milhões e R$439 milhões.
Os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, alcançaram R$17,4 bilhões em junho, comparativamente a R$44,4 bilhões no mesmo mês de 2018. Contribuíram para essa redução o resultado favorável de R$9 bilhões das operações de swap cambial no mês, ante resultado desfavorável de R$7,1 bilhões em junho de 2018; a evolução mais benigna no período dos índices de preços que indexam parte do endividamento líquido; além do menor número de dias úteis. No acumulado em 12 meses, os juros nominais atingiram R$357,3 bilhões (5,11% do PIB), ante R$397,2 bilhões (5,95% do PIB) no período equivalente encerrado em junho do ano anterior.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$30,1 bilhões em junho. No acumulado em 12 meses, o déficit nominal alcançou R$456,9 bilhões (6,54% do PIB), reduzindo-se 0,42 p.p. do PIB em relação ao déficit acumulado nos 12 meses terminados em maio de 2019.
2. Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) e Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG)
A DLSP alcançou R$3.859,8 bilhões em junho, 55,2% do PIB, elevando-se 0,5 p.p. em relação ao mês anterior. Esse resultado refletiu, sobretudo, o ajuste decorrente da valorização cambial de 2,8% no mês (aumento de 0,5 p.p.), a incorporação de juros nominais (aumento de 0,2 p.p.), o déficit primário (aumento de 0,2 p.p.), o ajuste de paridade da cesta de moedas que integram a dívida externa líquida (redução de 0,2 p.p.) e o crescimento do PIB nominal (redução de 0,2 p.p.).
No ano, a relação DLSP/PIB aumentou 1,1 p.p., influenciada pela incorporação de juros nominais (aumento de 2,6 p.p.), pelo efeito da valorização cambial de 1,1% acumulada no ano (aumento de 0,2 p.p.), pelo déficit primário (aumento de 0,1 p.p.), pelo ajuste de paridade da cesta de moedas que integram a dívida externa líquida (redução de 0,5 p.p.) e pelo crescimento do PIB nominal (redução de 1,3 p.p.).
A DBGG – que compreende o Governo Federal, o INSS e os governos estaduais e municipais – alcançou R$5.499,0 bilhões em junho, equivalente a 78,7% do PIB, mantendo-se estável, como percentual do PIB, em relação ao mês anterior. Contribuíram para esse resultado a incorporação de juros nominais (aumento de 0,4 p.p.), o ajuste decorrente da valorização cambial (redução de 0,1 p.p.) e o crescimento do PIB nominal (redução de 0,3 p.p.). No ano, houve crescimento de 1,5 p.p. na relação DBGG/PIB, decorrente, em especial, da incorporação de juros (aumento de 3,0 p.p.), de emissões líquidas de dívida do governo geral (aumento de 0,3 p.p.), do ajuste decorrente da valorização cambial (redução de 0,1 p.p.) e do crescimento do PIB nominal (redução de 1,8 p.p.).
Antônio Ferreira
31/07/2019 - 10h30
Considerando os outros comentários, será que alguém entende o que significa o Déficit Primário no qual nos encontramos desde 2014?
Não apenas não estamos pagando absolutamente nada dos juros da dívida com o dinheiro dos tributos, mas estamos nos endividando mais para pagar além dos juros também as despesas correntes.
Uma moratória agora significaria perder nossa capacidade de endividamento (a maior parte das receitas financeiras) e não ter mais de 100 bilhões de reais para pagar algum tipo de despesa primária, como a previdência, o funcionalismo, a segurança, etc. Isso sem falar no rebaixamento do rating de crédito para todo o Brasil e nas consequências para a economia local, dado que a dívida é interna e os donos da dívida pública são pessoas nacionais.
Nossa economia se manteve estável do final do governo FHC até o começo do governo Dilma porque ainda adotávamos o modelo de Tripé Macroeconômico do Armínio Fraga: metas de inflação perseguidas pelo Banco Central, metas fiscais com o superávit primário, e câmbio flutuante.
Desde que ela e o Guido Mantega desmontaram isso em favor da Nova Matriz Econômica, recuperamos somente o controle da inflação no governo Temer, que estava já em dois dígitos ao final do governo Dilma.
Em compensação, com 5 anos de déficits primários seguidos, a rolagem da dívida pública se tornou uma bola de neve e só agora estamos fazendo algum ajuste de contas públicas sério com a reforma da previdência.
Jo
30/07/2019 - 10h03
Ioiô, ele fala besteiras para tirar o foco das coisas ruins q está fazendo, tipo privatizar, tirar a sociedade dos conselhos, tirar o foco do bozinho garoto embaixador, do Queiroz, e por aí vai :(
Ioiô de Iaiá
29/07/2019 - 18h56
Pois é. Os midiotas acham que a restituição de 1 bilhão via Farsa a jato depois de vários anos é que “salvou o Brasil”. Enquanto isso só de juros gasta-se 357 bilhões POR ANO.
A sonegação deve chegar a uns 500 bilhões.
Alguns midiotas precisam se proteger de si mesmos.
Obrigado, Redação. Esse assunto é da maior relevância. Enquanto isso, o sociopata fica a falar abobrinhas e ilegalidades. Ele e os midiotas se merecem.
Alan C
29/07/2019 - 16h36
Cafezinho, os bancos não gostam desse tipo de matéria, daqui a pouco eles mandam o capacho deles, o marreco, vir te investigar.