Eu separei texto e gráficos divulgados hoje pela Secretaria do Trabalho (ex-ministério do Trabalho, extinto por Bolsonaro).
Alguns gráficos mostram situação muito preocupante para o mercado de trabalho no Brasil.
Os empregos que estão sendo criados tem salário médio bem menor que aqueles que estão sendo destruídos.
Segundo especialistas, isso é “normal” e antigo, porque é um fenômeno ligado a já longa trajetória de desindustrialização do país.
Em junho, o salário médio dos trabalhadores que foram demitidos era de R$ 1.766,67, ao passo que o salário médio daqueles que foram admitidos é de R$ 1.606,62.
Outro número preocupante é que a indústria de transformação, file mignon da economia de qualquer país que almeje se desenvolver continua demitindo mais do que contratando.
A indústria de calçado tem sido a que está demitindo mais. A indústria química, que representa um dos setores mais avançados, registrou, felizmente, saldo positivo de empregos, mas decisões recentes do governo, de rescindir contratos com laboratórios públicos que produziam insulina, talvez cause impacto negativo no setor em breve.
Confira outros gráficos. O texto da assessoria de imprensa da Secretaria do Trabalho está ao final do post.
Com 48,4 mil vagas formais, emprego tem melhor junho desde 2013
Balanço do primeiro semestre de 2019 aponta a oferta de novos 408,5 mil postos de trabalho
Publicado: Quinta, 25 de Julho de 2019, 09h59
Última atualização em Quinta, 25 de Julho de 2019, 10h49
O Brasil gerou 48.436 empregos formais em junho, o melhor resultado registrado para o mês desde 2013. Divulgados nesta quinta-feira (25), os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) representam uma alta de 0,13% em relação ao estoque do mês anterior.
No consolidado do semestre, os números de junho são os melhores desde 2014. Foram 408.500 novas vagas formais nos primeiros seis meses de 2019, resultado superior ao mesmo período do ano passado, quando foram gerados 392.461 empregos.
No acumulado dos últimos 12 meses, em período encerrado em junho de 2019, o saldo entre admissões e desligamentos ficou positivo em 524.931 novos postos formais, que representa melhoria em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram gerados 280.093 novos empregos.
As informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de junho de 2019 foram divulgados nesta quinta-feira (25) pelo secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, e pelo subsecretário de Políticas Públicas e Relações do Trabalho, Matheus Stivali.
Junho
Considerando números referentes apenas a junho deste ano, seis setores da economia tiveram resultado positivo em junho: Serviços (23.020 postos), Agropecuária (22.702 postos), Construção Civil (13.136 postos), Serviços Industriais de Utilidade Pública (2.525), Extrativa Mineral (565) e Administração Pública (483). Dois setores apresentaram resultado negativo no mês: Comércio (-3.007 postos) e Indústria de Transformação (-10.988 postos).
Destaque do mês, o setor de Serviços registrou 531.137 admissões e 508.117 desligamentos. Cinco dos seus seis subsetores apresentaram saldo positivo, com destaque para Comercialização e Administração de Imóveis (14.766 novos postos) e Serviços Médicos, Odontológicos e Veterinários (7.883 postos).
Regiões
Quatro das cinco regiões brasileiras tiveram saldo positivo em junho. Em números absolutos, o melhor resultado é do Sudeste, com 31.054 postos de trabalho criados. No período, o Centro-Oeste registrou 10.952 novas vagas, o Nordeste criou 5.142 postos formais no período e o Norte, 4.002. Apenas no Sul houve mais demissões que admissões, com saldo negativo de 2.714 postos.
Das 27 unidades da federação, 19 alcançaram variação positiva. Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso se destacaram, anotando respectivamente 18.262, 11.603 e 7.367 postos de trabalho gerados. Já Rio Grande do Sul e Espírito Santo tiveram os menores saldos.
Modernização Trabalhista
A modalidade de trabalho intermitente, prevista na modernização trabalhista em vigor desde 2017, teve saldo positivo de 10.177 empregos no mês passado. Foram 15.520 admissões e 5.343 desligamentos na modalidade, envolvendo 2.691 estabelecimentos e 1.999 empresas contratantes. Um total de 417 empregados celebrou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente.
Na modalidade de trabalho em regime de tempo parcial, houve em junho 5.922 admissões e 4.495 desligamentos em 3.411 estabelecimentos e 2.846 empresas contratantes. No mês, 38 empregados celebraram mais de um contrato em regime de tempo parcial.
No que se refere ao desligamento mediante acordo entre empregador e empregado, em junho de 2019 foram registrados 17.951 desligamentos, o que representa 1,5% do total de desligamentos no mês.