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Irã ameaça cortar importações do Brasil

Bolsonaro, o presidente mais submisso a Washington da nossa história (até mesmo na ditadura militar havia mais altivez e sentido de soberania), está prejudicando severamente os interesses nacionais com sua atitude de transformar uma potência agrícola, como o Brasil, em mero joguete em mãos dos interesses geopolíticos americanos. O Brasil exporta comida para o mundo […]

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Bolsonaro, o presidente mais submisso a Washington da nossa história (até mesmo na ditadura militar havia mais altivez e sentido de soberania), está prejudicando severamente os interesses nacionais com sua atitude de transformar uma potência agrícola, como o Brasil, em mero joguete em mãos dos interesses geopolíticos americanos. O Brasil exporta comida para o mundo inteiro, não pode vender ou deixar de vender conforme as simpatias da Casa Branca.

***

No Globo:

(…) O Irã ameaçou cortar suas importações do Brasil a menos que o país permita o reabastecimento dos dois navios de bandeira iraniana parados desde o começo de junho perto do porto de Paranaguá (PR) , em um sinal das repercussões globais das sanções americanas contra a República Islâmica.

O embaixador do Irã em Brasília, Seyed Ali Saghaeyan , disse nesta terça-feira a funcionários do governo brasileiro que poderia facilmente achar novos fornecedores de milho, soja e carne se o país se recusar a abastecer os navios. O Brasil exporta cerca de US$ 2 bilhões por ano para o Irã, na maior parte commodities como milho , carne e açúcar . No caso do milho, os iranianos são responsáveis por comprar um terço de todas as exportações brasileiras do produto.

Enquanto os envios de milho para o Irã aumentaram 30% no ano passado, em comparação com 2017, as vendas de outras commodities agrícolas tiveram queda, de acordo com os dados de comércio exterior do Brasil . As vendas de carne caíram 38% — no caso do açúcar, a redução foi de 84%.

— Disse aos brasileiros que eles devem resolver a questão, não os iranianos — Saghaeyan afirmou, em uma rara entrevista na embaixada do Irã , em Brasília. — Se isso não for resolvido, talvez as autoridades em Teerã possam tomar alguma decisão porque este é um mercado livre e outros países estão disponíveis.

A Petrobras se recusa a abastecer os navios Bavand e Termeh , parados há mais de um mês perto do porto de Paranaguá, alegando que os dois aparecem em uma lista que aponta pessoas, instituições e embarcações sujeitas a sanções , elaborada pelo Departamento do Tesouro dos EUA. A estatal alega que poderia ser alvo de retaliações do governo americano caso fornecesse o combustível. Ela ainda afirmou que outras empresas podem abastecer as embarcações. A Petrobras ainda cita uma carga de ureia , trazida pelos dois navios, que também estaria sujeita às sanções dos EUA, ligadas ao programa nuclear iraniano.

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Comentários

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Alan C

25/07/2019 - 10h09

Nada como um dia após o outro…

Miguel

25/07/2019 - 08h51

Blefe do Iran. Além do Brasil, somente os Estados Unidos possui milho e carne em grande quantidade para vender.
Iran vai comprar dos EUA?

Paulo

24/07/2019 - 18h54

Se “outras empresas podem abastecer os navios”, por que isso ainda não foi feito? Incompetência…e olha que o Capitão é fã incondicional do agronegócio (até perdoou dívidas dos coitadinhos, na Reforma da Previdência)!

    Marcio

    25/07/2019 - 10h20

    Pelo mesmo medo das sançoes dos EUA.

    Tratando-se de ordem judicial nào hà razào para os Estados Unidos aplicar sançoes.


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