Governo suspende produção de insulina e mais 18 remédios distribuídos de graça
Medida atinge sete grandes laboratórios públicos nacionais; 30 milhões de brasileiros podem ser prejudicados
Brasil de Fato | São paulo (SP),
16 de Julho de 2019 às 16:17
Em mais um golpe contra a indústria nacional de ponta, desta vez na área farmacêutica, o governo Bolsonaro decidiu de maneira unilateral e sem qualquer justificativa suspender os contratos com sete grandes laboratórios públicos para produção de 19 remédios de distribuição gratuita pelo SUS– entre eles a insulina e medicamentos para câncer e transplantados. A denúncia é do jornal O Estado de S.Paulo.
Mais de 30 milhões de pessoas dependem desses remédios no Brasil. Segundo o periódico, nas últimas semanas os laboratórios receberam cartas do Ministério da Saúde comunicando a suspensão de projetos de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) – que entregam tais medicamentos ao governo a preços 30% menores do que os de mercado.
Entre os atingidos, estão laboratórios de reconhecida excelência, inclusive para os parâmetros internacionais, como Biomanguinhos, Butantã, Bahiafarma, Tecpar, Farmanguinhos e Furp. O cancelamento dos projetos geraria uma perda anual da ordem de R$ 1 bilhão.
Também devem ser encerrados contratos com laboratórios internacionais nacionais de caráter privado, que trabalham em parceria com os públicos no desenvolvimento dos remédios.
Procurado pelo jornal, o Ministério da Saúde informou que o “ato de suspensão” é por um período transitório”, enquanto ocorre “coleta de informações”.
O Estadão afirma, no entanto, ter tido acesso a um dos ofícios enviados aos laboratórios, cujos termos de encerramento seriam categóricos.
“Comunicamos a suspensão da referida PDP do produto Insulina Humana Recombinante Regular e NPH, celebrada com a Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos e solicitamos manifestação formal da instituição pública quanto à referida decisão, no prazo improrrogável de dez dias úteis”, diz o texto do ofício, segundo o jornal.
O presidente da Bahiafarma e da Associação dos Laboratórios Oficiais do Brasil (Alfob), Ronaldo Dias, afirmou que a entrega já programada continua garantida e não haverá interrupção imediata no fornecimento.
Mas no médio prazo, além de colocar em risco a saúde de milhões de pessoas, a medida destrói aindústria nacional de medicamentos. “É um verdadeiro desmonte de milhões de reais de investimentos que foram feitos pelos laboratórios ao longo dos anos, além de uma insegurança jurídica nos Estados e entes federativos. Os laboratórios não têm mais como investir a partir de agora. A insegurança que isso traz é o maior golpe da história dos laboratórios públicos.”
Edição: João Paulo Soares
luci
17/07/2019 - 17h31
segundo a fonte http://www.saude.gov.br foram suspensas 19 PDPs e lá constam os devidos esclarecimentos.
Admar
16/07/2019 - 19h10
Quem precisa desses medicamentos e votou no JegueNalro, basta fazer com a mão uma Arminha que tudo fica resolvido!??????
Marcio
16/07/2019 - 17h11
Agora a liberdade individual tem limites…??
Esses adoradores de ditaduras são o lixo da humanidade que ainda proliferam nesse fim de mundo.
Um dia a humanidade vai se livrar dessa desgraça.
Marcio
16/07/2019 - 17h59
Foi pro lugar errado
Pedro Pulha
16/07/2019 - 18h01
Não sei o que isso tem a ver com o texto.
Mas vem cá , você deve ser contra legalizar as drogas , logo você defende limites para a liberdade do indivíduo.
Então poupe esse discurso.
Marcio
16/07/2019 - 21h42
Ou você não é normal ou você mexe com droga.