Os derivados de petróleo já representam mais de 40% das exportações dos EUA para o Brasil, segundo dados atualizados até junho pelo sistema Comexstat, do Ministério da Economia.
Olhem essa tabela.
Você vai ver o peso do petróleo na balança comercial brasileira. O produto que mais pesa é o diesel, que vem dos EUA. Mas também importamos grandes quantidades de petróleo cru (!), carvão, gasolina, ureia, e mil outros derivados de petróleo.
Considerando todos produtos da indústria do petróleo, e não apenas combustíveis (plataformas de exploração, caminhões, carros, gás), eles representaram quase US$ 13 bilhões em Jan/Jun 19, ou 15% de tudo que importamos, aumento de 19.5% sobre ano anterior.
Um detalhe, as importações brasileiras de trigo cresceram 21% nos 6 primeiros meses do ano e totalizaram US$ 773 milhões. Com toda essa terra agricultável, o Brasil ainda gasta com importação de trigo…
EUA são, de longe, maior exportador de diesel para o Brasil, respondendo por mais de 80% (tem variado de 80% a 90% nos últimos 2 anos) de tudo que importamos desse produto. Mas os EUA também nos vendem gasolina, nafta, petróleo cru, ureia, e todos os derivados finos de petróleo.
No total, os derivados de petróleo correspondem a mais de 40% dos produtos que os EUA exportam para o Brasil.
Os EUA viram suas vendas de diesel para o Brasil caírem um pouco, mas as exportações de gasolina norte-americana para nós aumentaram 26%, e a de petróleo cru americano, 56% (!).
As exportações de nafta (um dos derivados mais finos do petróleo) dos Estados Unidos para o Brasil saltaram pra US$ 231 milhões em Jan/Jun 2019, crescimento de 164% sobre ano anterior!
A exportação americana de querosene para aviação, para o Brasil, cresceu 1.372%, e totalizou US$ 74 milhões em Jan/Jun 2019.
Nos 6 primeiros meses do ano, os EUA venderam US$ 5,7 bilhões em derivados do petróleo para o Brasil. Uma comparação: a americana Boeing pagou US$ 4 bilhões para assumir o controle de 80% da Embraer.