Uma nova pesquisa CNI/Ibope sobre o medo do desemprego e bem estar da população foi divulgada hoje.
Eu separei alguns gráficos do relatório, e fiz também um gráfico próprio (acima), usando os dados da renda familiar, para mostrar que, desde a eleição de Bolsonaro, tem havido um aprofundamento da cruel divisão social no país, com aumento do medo do desemprego entre mais pobres e queda ou estabilidade desse mesmo sentimento entre mais ricos.
No gráfico abaixo, com o índice geral do medo do desemprego, pode-se observar que o golpe de abril de 2016 acontece exatamente no momento em que o índice atinge o seu pico, o que demonstra um sentimento construído pelos agentes políticos importantes do país.
O índice é calculado de maneira muito simples: é um cálculo de 1 a 100, sendo 100 o grau máximo de medo do desemprego, e zero o grau mínimo.
A pesquisa também apura o “índice de satisfação com a vida”, em que zero é o nível mais baixo de satisfação, e 100 o nível máximo.
Segundo essa pesquisa, houve melhora no índice desde junho do ano passado, e estabilidade desde abril, mas com algumas diferenças quando se olha os números estratificados.
Entre brasileiros com renda familiar média acima de 5 salários, houve alta sutil no índice de satisfação com a vida, de 72 em abril para 73 pontos em junho.
Entre os brasileiros com renda familiar abaixo de 5 salários, houve pequena queda ou estabilidade desde abril.