Cresce o apoio a Bolsonaro na classe média e nas periferias

Segundo pesquisa CNI/Ibope que acaba de ser divulgada, a aprovação à maneira do presidente Bolsonaro governar cresceu junto aos brasileiros de renda média e residentes nas periferias das grandes cidades.

Entre brasileiros com renda familiar acima de 5 salários, a aprovação à maneira de governar de Bolsonaro subiu expressivamente, de 56% em abril para 63% em junho.

Entre aqueles residentes nas periferias, a aprovação à maneira do presidente governar subiu de 46% em abril para 49% em junho.

Não se confunda, a pesquisa traz várias perguntas parecidas. Em relação à figura do presidente, há duas perguntas: uma é sobre a “maneira de governar”, outra sobre “confiança no presidente”. Vamos comentar aqui as respostas para as duas perguntas.

A confiança em Bolsonaro caiu muito expressivamente no interior, onde passou de 54% em abril para 46%. Nas periferias, porém, a confiança no presidente cresceu de 47% para 50%. Nas capitais, ficou estável em 46%.

Entre brasileiros que ganham mais de 5 salários, o presidente agora tem 61% de confiança, dois pontos a mais que em abril. Entre aqueles que ganham de 2 a 5 salários, a confiança no presidente é de 55%, dois pontos a menos que na pesquisa anterior.

O percentual de ótimo e bom do governo Bolsonaro, junto a esses brasileiros de renda familiar média para alta (mais de 5 salários), subiu de 45% em abril para 49% em junho.

Entre quem ganha de 2 a 5 salários, o percentual de ótimo e bom do governo Bolsonaro oscilou um ponto para cima: era de 41% em abril e agora é 42%.

Bolsonaro ganhou aprovação e confiança no Sul: 60% dos entrevistados da região confiavam no presidente em abril, e agora são 63%. No Sudeste, Bolsonaro tem confiança de 50%, contra 53% em abril. No Nordeste, porém, Bolsonaro tem confiança de apenas 31% da população, contra 38% em abril. No Norte/Centro-Oeste, 46% confiam no presidente, uma queda muito forte sobre os 57% que ele tinha em abril.

No total, Bolsonaro tem hoje 46% de confiança dos brasileiros, contra 51% em abril.

A rejeição ao governo Bolsonaro entre as mulheres subiu expressivamente, em todos os itens da pesquisa. No item “Combate ao desemprego”,  60% das mulheres desaprova o governo Bolsonaro, contra 52% em abril.

A rejeição a Bolsonaro, porém, também subiu entre os homens: em abril, apenas 39% diziam “não confiar” no presidente Bolsonaro; agora são 44%.

O presidente ainda tem, todavia, 50% de confiança dos brasileiros com ensino superior, e 48% entre aqueles com ensino médio; entretanto, também aí se nota alguma deterioração nesses extratos: em abril, 13% dos brasileiros com ensino superior davam “ótimo” ao governo, percentual que caiu para 9%; ao passo que, neste mesmo segmento, Bolsonaro agora tem 33% de ruim e péssimo, contra 30% em abril.

Na estratificação por renda familiar, a gente vê uma forte e acelerada deterioração da aprovação a Bolsonaro junto aos mais pobres, que ganham até 1 salário, onde a confiança no presidente caiu para 35%, contra 45% em abril.

Abaixo, os gráficos gerais. Em seguida, as tabelas estratificadas, editadas  pelo Cafezinho.

 

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