Banco Central projeta quadro dramático para 2019

Separamos algumas notas e gráficos publicados hoje no Relatório Trimestral de Junho, divulgado hoje no site do Banco Central.

É um cenário extremamente triste. Um trecho:

(…) A projeção para o desempenho da indústria foi revista de 1,8% para 0,2%, refletindo recuos nas expectativas de crescimento para todos os segmentos do setor, exceto produção e distribuição de eletricidade, gás e água. A estimativa da variação do produto da indústria de transformação passou de 1,8% para -0,3%, revisão motivada pelo desempenho abaixo do esperado no primeiro trimestre de 2019 e pela evolução de indicadores referentes à atividade fabril no início do segundo trimestre.

Mais triste ainda é que o governo federal não apresenta uma mísera ideia de como reverter este cenário de depressão econômica, desemprego e deterioração acelerada da nossa indústria de transformação.

A projeção do PIB de 2019 foi reduzida de 2% para 0,8%. Não há explicação para isso senão a série de omissões e trapalhadas do presidente Jair Bolsonaro.

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Revisão da projeção do PIB para 2019

Este boxe atualiza as projeções do Banco Central do Brasil para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, incorporando os resultados das Contas Nacionais para o primeiro trimestre de 2019 e o conjunto de indicadores disponíveis para o trimestre em curso.

A projeção central para o crescimento do PIB em 2019 é de 0,8%, ante previsão de 2,0% apresentada no Relatório de Inflação de março de 2019.

A revisão está associada à redução do carregamento estatístico para o restante do ano, refletindo o desempenho da economia no primeiro trimestre de 2019 em magnitude inferior ao esperado; à moderação no ritmo de atividade, apontada por indicadores de maior frequência divulgados até a data de corte deste Relatório; e ao recuo dos indicadores de confiança de empresas e consumidores com impactos sobre as perspectivas de consumo e investimento.No âmbito da oferta, a previsão para a variação anual do produto da agropecuária (1,1%) permaneceu praticamente estável desde o Relatório de Inflação anterior (1,0%), contrastando com reduções nas previsões de crescimento para os demais setores.

A projeção para o desempenho da indústria foi revista de 1,8% para 0,2%, refletindo recuos nas expectativas de crescimento para todos os segmentos do setor, exceto produção e distribuição de eletricidade, gás e água. A estimativa da variação do produto da indústria de transformação passou de 1,8% para -0,3%, revisão motivada pelo desempenho abaixo do esperado no primeiro trimestre de 2019 e pela evolução de indicadores referentes à atividade fabril no início do segundo trimestre.

A previsão para a indústria extrativa recuou de 3,2% para 1,5% em razão das incertezas sobre os impactos do rompimento da barragem de mineração em Brumadinho.

O prognóstico para a construção civil passou de crescimento de 0,6% para recuo de 1,0%, decorrente, sobretudo, de resultado no primeiro trimestre expressivamente abaixo das expectativas e de ausência de evidências que sugiram recuperação efetiva do setor ao longo do ano.

Em sentido oposto, a previsão de crescimento para distribuição de eletricidade, gás e água passou de 2,3% para 2,8%, devido ao maior carregamento estatístico resultante de surpresa positiva no primeiro trimestre, além de expectativa de redução na participação de usinas térmicas neste ano, em razão de cenário favorável de chuvas.

Redação:
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