As polêmicas jurídicas e políticas envolvendo Lula prometem momentos dramáticos neste segundo semestre.
Lula terá direito a progressão de pena ao final de setembro. Alguns defendem que teria direito desde já.
O Vaza Jato divulgará, ao longo das próximas, mais informações sobre a parcialidade de Moro e outros desvios da operação Lava Jato. Há grande expectativa sobre o que virá, e quais serão seus efeitos.
A segunda turma do STF julgará, após o recesso, recurso de Lula que pede a suspeição de Moro.
O TRF4 também promete julgar em breve, em segunda instância, o processo de Lula referente ao sítio de Atibaia, pelo qual o ex-presidente já foi condenado em primeira instância pela juíza Gabriela Hardt.
Caso seja novamente condenado pelo TRF4, Hardt poderia emitir outro mandado de prisão contra Lula, impedindo-o de seguir para o regime semi-aberto (que na prática é aberto, por causa da falta de instituições adequadas) ou para a liberdade total, em caso de anulação do processo do triplex.
Como o processo de Atibaia foi iniciado por Sergio Moro, há dúvidas se a anulação do processo do triplex no STF poderia também anulá-lo. O certo seria que sim, que ambos fossem anulados, mas sabe-se lá o que as cortes dirão, em tempos tão estranhos.
Seja como for, é fato que a prisão de Lula permanecerá no centro do debate político neste segundo semestre de 2019.
Na Rádio Guaíba
TRF4 pode julgar Lula no processo do sítio de Atibaia no segundo semestre
“Não temos razão nenhuma para atropelar ou pra retardar”, disse presidente da 8ª Turma, Leandro Paulsen
Publicado por Camila Diesel –
25/06/2019 – 18:27 e atualizado em 25/06/2019 – 20:02
O presidente da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), desembargador Leandro Paulsen, estimou, nesta terça-feira, que o processo que envolve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o sítio de Atibaia possa ser julgado no segundo semestre do ano. Paulsen deu a declaração durante a cerimônia de entrega do Título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao presidente do TRF4, desembargador Thompson Flores, que ocorre no Plenário da Câmara de Vereadores de Porto Alegre.
“Não tarda muito, junto à nossa turma, mas o relator terá de trabalhar nesse processo ainda. Depois passa para mim, na condição de revisor. Então, acredito que algum tempo ainda vai levar, alguns meses quem sabe. Assim que estiver pronto para julgamento, será pautado. Não temos razão nenhuma para atropelar ou pra retardar. Será no tempo adequado, assim que nós nos sentirmos seguros, após a análise do processo como um todo, nós levaremos a julgamento. É possível que ocorra no segundo semestre deste ano, dependendo de o processo estar pronto para ser julgado”, disse Paulsen.
O presidente da 8ª Turma também comentou sobre as recentes publicações de conversas envolvendo o juiz Sérgio Moro, o procurador Deltan Dallagnol e outras pessoas responsáveis por dar andamento à operação Lava Jato, por parte do site The Intercept Brasil. Ao mesmo tempo em que questionou o vazamento de conversas sigilosas, Paulsen reconheceu que é necessário garantir a liberdade de imprensa.
“É uma pena que estas conversas, que são privadas entre agentes públicos, estejam vazando e sendo exploradas da maneira como são. De qualquer maneira eu tenho muito claro que temos que preservar a liberdade de imprensa. Acima de tudo, o direito da população brasileira a ser informada”, ponderou o desembargador, que também garantiu “absoluta lisura” do Tribunal a que pertence. Ele também disse não ter temor algum de que surjam, entre os diálogos, referências ao Tribunal, que julga em Porto Alegre parte dos processos referentes à Lava Jato.