Após alguns senadores cobrarem dos procuradores que divulgassem a íntegra dos diálogos travados pelo Telegram, para que pudessem rebater as acusações de conluio com o judiciário em detrimento de réus, a Lava Jato divulga que apagou as contas e destruiu as evidências.
Em abril deste ano, identificamos ataques virtuais às nossas contas no Telegram. Por razões de segurança pessoal e pelo risco de comprometimento de investigações em curso, a decisão na época foi de desativar a conta – o que exclui o histórico tanto na nuvem quanto no celular.
— Deltan Dallagnol (@deltanmd) June 19, 2019
Força-tarefa divulga esclarecimento sobre ataques criminosos
Após constatação de invasão criminosa, procuradores descontinuaram o uso das contas do aplicativo nos celulares
Diante de questionamentos apresentados em sessão da CCJ do Senado Federal e de matérias veiculadas na imprensa nesta quarta-feira, 19 de junho, a força-tarefa do Ministério Público Federal no Paraná (MPF/PR) informa que desde abril vários de seus integrantes vêm constatando ataques criminosos às suas contas no aplicativo “Telegram”, inclusive com sequestro de identidade virtual.
Tendo em vista a continuidade, nos dias subsequentes, das invasões criminosas e o risco à segurança pessoal e de comprometimento de investigações em curso, os procuradores descontinuaram o uso e desativaram as contas do aplicativo “Telegram” nos celulares, com a exclusão do histórico de mensagens tanto no celular como na nuvem.
Houve reativação de contas para evitar sequestros de identidade virtual, o que não resgata o histórico de conversas excluídas. Também imediatamente após as constatações, e antes que houvesse notícia pública sobre a investida hacker, a força-tarefa comunicou os ataques à PGR e à Polícia Federal em Curitiba, que, uma vez que não prejudicaria as linhas investigatórias em curso, orientou a troca dos aparelhos e dos números de contato funcionais dos procuradores.
Ainda, conforme divulgado em 14 de maio, a PGR determinou a instauração de um procedimento administrativo para acompanhar a apuração de tentativas de ataques cibernéticos a membros do Ministério Público Federal.
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