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Bolsonaro nomeia interventor para universidade federal

Há alguns dias que professores da Universidade Federal da Região da Grande Dourado (UFGD) vem entrando em contato com o blog para denunciar uma intervenção autoritária, feita pelo governo Bolsonaro, contra a instituição, nomeando um reitor “biônico” não eleito pela comunidade. Eles tentam alertar toda a comunidade acadêmica brasileira que isso representa um grave atentado […]

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Há alguns dias que professores da Universidade Federal da Região da Grande Dourado (UFGD) vem entrando em contato com o blog para denunciar uma intervenção autoritária, feita pelo governo Bolsonaro, contra a instituição, nomeando um reitor “biônico” não eleito pela comunidade.

Eles tentam alertar toda a comunidade acadêmica brasileira que isso representa um grave atentado à autonomia universitária, em todo país. O governo começa por uma comunidade menor, pouco conhecida nacionalmente, e daqui a pouco estará fazendo a mesma coisa em lugares conhecidos, como a UFRJ, UNB, UFB, e por aí vai.

Os professores, alunos e servidores da UFGD estão lutando com todas as suas forças, fazendo manifestações quase diárias, e precisam do apoio e solidariedade de toda a comunidade acadêmica nacional.

***

Na Folha de Dourados

Comunidade universitária de Dourados faz novo ato contra intervenção na UFGD

Desde o início da manhã desta segunda-feira (17), professores, acadêmicos, funcionários administrativos da Universidade Federal da Região da Grande Dourados (UFGD), além de representantes do movimento sindical, estão no prédio II, na sede do município, em novo protesto contra a intervenção do MEC ao nomear, no dia 10 deste mês, a reitora pro tempore professora Mirlene Ferreira Macedo Damázio.

A nomeação da reitora temporária é tratada como intervenção da pasta na autonomia universitária da UFGD, já que a decisão foi tomada sem discussão em órgão colegiado da universidade.

O MEC ignorou a lista tríplice elaborada após consulta prévia à comunidade universitária. Formada pelos professores Etienne Biasotto, Jones Dari Goettert e Antônio Dari Ramos, a lista foi enviada em março pela UFGD, mas devolvida em seguida pelo Ministério da Educação, que apontou irregularidade na escolha dos nomes.

No mês passado, a Justiça Federal chegou a suspender a lista tríplice a pedido do MPF (Ministério Público Federal), mas duas semanas depois revogou a medida.

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