Os organizadores dos atos de sexta-feira, dia 14 de junho, ao menos no Rio de Janeiro, incluíram muitas atividades na periferia, incluindo aulas públicas, na linha do que viemos discutindo aqui no blog, de introduzir formas mais instrutivas de manifestação.
Para saber os locais de manifestação em todo país, entre nessa página aqui da CUT, ou confira no quadro abaixo.
O Cafezinho fará a cobertura do ato e da greve no Rio de Janeiro e em outras cidades. Acompanhe por aqui, em nosso twitter (@ocafezinho) e em nossa página do Facebook.
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Abaixo, a nota publicada no portal da CTB:
A classe trabalhadora vai parar o Brasil contra a reforma de Bolsonaro
Sexta-feira, 14 de junho, é dia de luta contra a reforma da Previdência do governo Bolsonaro, por uma aposentadoria digna, em defesa do Emprego e da Educação. Vamos juntos parar o país com uma grande greve geral.
O que o governo propõe não é reforma, é o fim da sua aposentadoria.
A proposta encaminhada ao Congresso não combate desigualdades nem tampouco privilégios. Prejudica os mais pobres e só beneficia os ricos, sobretudo banqueiros e grandes empresários.
O governo mente quando diz que a reforma da Previdência vai resolver o problema econômico e gerar emprego. É o mesmo discurso usado para aprovar a reforma trabalhista, que não gerou empregos e precarizou o trabalho. Aumentou o desemprego e o número de trabalhadores sem carteira assinada depois que virou Lei. A informalidade (que compreende também os que trabalham por conta própria) é recorde. Atingiu 34,3 milhões de pessoas em 2018, número superior ao dos empregados formais (33,3 milhões).
Além disso, diferente do que apregoam seus defensores, a PEC nº 06/2019 (que muda as regras das aposentadorias), vai aumentar a desigualdade e agravar, em vez de resolver, o desequilíbrio fiscal. Quase todo o valor de R$ 1 trilhão que pretendem economizar, será retirado dos setores mais vulneráveis, dos trabalhadores e trabalhadoras que ganham até 2 salários mínimos. Um crime.
Além disso os recursos subtraídos dos trabalhadores vão servir apenas para cobrir os custos de transição do sistema de repartição para o modelo de capitalização que Paulo Guedes quer impor e que significa pura e simplesmente a privatização do sistema previdenciário.
A Previdência Pública é a garantia da sua aposentadoria. Ela é infinitamente melhor que o regime de capitalização, onde só os bancos lucram. Vale lembrar que, para milhões de pessoas, a aposentadoria pública é a única fonte de sobrevivência.
A reforma da dupla Bolsonaro/Paulo Guedes acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição e institui a idade mínima. Para homens, aos 65 anos e para as mulheres, 62.
Corta drasticamente o valor dos Benefícios de Prestação Continuada (BPC) para idosos (65 anos) e deficientes em situação de miséria. Uma tragédia!
Vamos juntos participar dos atos organizados pelas entidades sindicais e movimentos sociais contra esta perversa reforma que quer acabar com a dignidade do povo brasileiro.
CTB- Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil