O governo está batendo bumbo para a geração de emprego mostrada pelo Caged, mas eu gostaria de acrescentar alguns pontos:
- O Caged é um indicador de segunda classe para se avaliar o quadro do emprego no país. Não traz dados sobre desemprego, subocupação, renda. Por isso, as políticas públicas de emprego, e os analistas especializados nesse tema, procuram usar apenas os dados do IBGE.
- O IBGE está mostrando um cenário muito difícil para o emprego no país; no último levantamento, referente a março de 2019, a instituição estimou o número de desempregados em 13,3 milhões de pessoas, ou 12,7% da população ativa. Ou seja, o desemprego está aumentando, segundo o IBGE.
- Com a reforma trabalhista e a entrada em vigor de empregos do tipo “intermitente”, e outros casos de subemprego, é bem possível que esses números estejam distorcidos.
- Aliás, é sintomático que o governo esteja hoje atacando um dos poucos instrumentos de excelência, nível primeiro mundo, que nós temos, que é justamente a pesquisa do IBGE.
- Analisando-se os números do Caged, vê-se que os empregos gerados na indústria de transformação não contemplaram os setores mais avançados da economia, como petroquímica, química, remédios e transporte.
- Eu separei uns prints da apresenção, cuja íntegra vocês podem baixar aqui.
No site do Ministério do Trabalho
Brasil gerou 129,6 mil novos postos de trabalho em abril
Este foi o melhor resultado para o mês desde 2013. Estoque alcançou 38,7 milhões de postos de trabalho
Publicado: Sexta, 24 de Maio de 2019, 14h04
O Brasil registrou a abertura de 129.601 novas vagas de emprego com carteira assinada em abril, resultado de 1.374.628 admissões e 1.245.027 desligamentos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta sexta-feira (24) pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
Este foi o melhor resultado para abril desde 2013. Na época, o Caged registrou a criação de 196.913 vagas. Terceiro ano consecutivo de saldos positivos e crescentes no mês, o número reflete a recuperação do contingente de empregos formais em abril desde 2017. No acumulado do ano, de janeiro a abril, foram gerados 313.835 postos de trabalho e o estoque de empregos chegou a 38,7 milhões.
O resultado de abril de 2019 está diretamente relacionado aos setores de Serviço, Indústria de Transformação e Construção Civil, responsáveis pela maior parte da geração de empregos no mês. Destaca-se ainda que o saldo de emprego foi positivo nos oito setores econômicos.
Em abril, o setor de Serviços abriu 66.290 vagas de emprego e apresentou saldo positivo em todos os seis subsetores, com crescimento de 0,38% em relação ao mês anterior. A Indústria de Transformação gerou 20.479 novos postos formais, saldo positivo em sete dos 12 subsetores. Na Construção Civil foram criados 14.067 postos de trabalho, impulsionado pelo subsetor de construção de edifícios, que abriu 5.365 vagas, e pela construção de rodovias e ferrovias que criou 2.148 postos de trabalho.
Comparando-se com o mesmo mês de 2018, o saldo em abril de 2019 foi superior em 13,7 mil postos de trabalho. Nessa comparação, os saldos foram maiores principalmente nos setores da Agropecuária (12,3 mil), Comércio (três mil) e Serviços (dois mil) e menores nos setores da Indústria de Transformação (3,6 mil) e Construção Civil (0,3 mil).
Emprego regional – Em âmbito regional, todas as regiões apresentaram melhora na geração de empregos, com destaque para o Sudeste, que criou 81.106 postos formais. Na sequência aparecem as regiões Nordeste (15.593), Centro-Oeste (15.240), Sul (14.570) e Norte (3.092).
O emprego foi positivo em 23 unidades federativas. Os maiores saldos positivos ocorreram em São Paulo (50.168), Minas Gerais (22.348), Paraná (10.653), Bahia (10.093) e Maranhão (6.681). Entre os quatro estados que apresentaram saldo negativo, o maior recuo ocorreu em Alagoas, com o fechamento de 4.692 vagas de emprego, seguido do Rio Grande do Sul (-2.498), Rio Grande do Norte (-501).
Modernização Trabalhista – Pela modalidade de trabalho intermitente foram gerados 5.422 empregos, envolvendo 2.491 estabelecimentos e 1.980 empresas contratantes.
Esse resultado representa um aumento de 1.439 empregos (36,1%) na comparação com abril de 2018, quando o saldo foi de 3.983 empregos intermitentes. Foram registradas ainda 7.419 admissões em regime de tempo parcial e 4.592 desligamentos, gerando um saldo positivo de 2.827 postos de trabalho. Em abril, ocorreram 17.513 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, 38,1% a mais que os 12.677 casos registrados em igual período de 2018. Os dados do Caged estão disponíveis em http://pdet.mte.gov.br/caged.
Zantiro
25/05/2019 - 15h07
Existe alguma chance do governo ter alterado os dados para positivo? Falo sério, visto que o governo quer interferir em métricas técnicas do IBGE.
lucio
25/05/2019 - 11h28
quando sai um dado negativo “é culpa dos governos anteriores!”
quando sai um dado positivo “é merito desse governo!”
eu nao disse que os bolsotontos nazistas tem a cabeça só para dividir as orelhas?
Paulo
25/05/2019 - 10h56
Estranhos esses sinais, ora positivos, ora negativos, vindos da economia. Visivelmente, a coisa não está nada bem. Mas é sempre um alento qualquer número positivo…vamos aguardar os próximos meses! Sempre ouvi dizer que o Brasil é maior do que qualquer crise…
Alan C
25/05/2019 - 10h21
Quantos desses empregos são com salário justo? Com carga horária justa sem fazer o trabalho de dois ou três? Com condições justas de trabalho? Essa é a questão.
Jeferson
25/05/2019 - 10h46
kkkkkkkkkk a pelegada pira. Procure os 129 mil novos trabalhadores e pergunte a cada um. Simples assim… Chora mais rataiada…
Alan C
25/05/2019 - 12h43
A culpa deve ser de Dom João VI
rs
Marcio Dantas
25/05/2019 - 12h22
Fanfarrão.
Alan C
25/05/2019 - 12h38
fuck it
Justiceiro
25/05/2019 - 09h43
Venham cá, petistas, venham comentar essa notícia.
lucio
25/05/2019 - 11h25
seu pedaço de merda, se quando saem dados negativos “é culpa do governo de N anos atrast”, este dado positivo tambem é… certo?
Jeferson
25/05/2019 - 12h23
Vixe!!! A biba ficou nervosa, kkkk. Senta que dói menos menina…
Jeferson
25/05/2019 - 07h17
“Este foi o melhor resultado para abril desde 2013″… Rasga o toba com as unhas petralhada imunda!! Aos poucos e contra toda a esquerda fraca, ultrapassada e corrupta, Bolsonaro, Guedes e Moro estão corrigindo as cagadas realizadas nos últimos 16 anos pelos desgovernos da dupla maldita PT/PMDB.